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Berkshire Hathaway: lucros do segundo trimestre e redução de participação na Apple

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A Berkshire Hathaway (NYSE:BRK.A), conglomerado de Warren Buffett, alcançou um lucro operacional de US$ 11,6 bilhões no segundo trimestre de 2024, um aumento significativo de 15% em relação ao mesmo período do ano anterior. Este crescimento foi impulsionado principalmente pelos maiores lucros com subscrição de seguros e pelo aumento da receita gerada pela vasta reserva de dinheiro da empresa. A Geico, sua principal seguradora de automóveis, foi um dos principais contribuintes, triplicando seus lucros de subscrição antes dos impostos para cerca de US$ 1,8 bilhão.

A empresa, no entanto, optou por recomprar apenas US$ 345 milhões em suas próprias ações durante o segundo trimestre, um dos menores totais trimestrais em vários anos. Este valor é bem abaixo dos US$ 2,6 bilhões recomprados no primeiro trimestre de 2024 e dos US$ 2,2 bilhões no quarto trimestre de 2023, refletindo uma estratégia mais conservadora em meio ao ambiente econômico atual.

O caixa da Berkshire Hathaway (NYSE:BRK.B) atingiu um recorde impressionante de US$ 276,9 bilhões no final de junho, após a venda de grandes quantidades de ações, incluindo a redução quase pela metade de sua participação na Apple. Esta venda contribuiu para um aumento substancial em sua pilha de dinheiro, superando o recorde anterior de US$ 189 bilhões registrado no início do ano. A decisão de Buffett de vender parte significativa da posição na Apple (NASDAQ:AAPL) ocorreu em um período em que as ações da gigante de tecnologia estavam em alta.

Buffett e sua equipe têm reduzido sua posição em ações por sete trimestres consecutivos, mas o ritmo das vendas se acelerou no segundo trimestre, resultando na venda de mais de US$ 75 bilhões em ações. Isso elevou o total de vendas no primeiro semestre de 2024 para mais de US$ 90 bilhões. A venda das ações da Apple foi uma das mais notáveis, refletindo a estratégia de Buffett de ajustar o portfólio em resposta a mudanças no mercado.

Apesar da redução na participação na Apple, a empresa continua sendo a maior posição individual da Berkshire Hathaway. O CEO Warren Buffett afirmou que a redução foi uma medida de gerenciamento de risco e não uma indicação de falta de confiança no crescimento futuro da Apple. Ele acredita que o mercado está superestimando o impacto da inovação em inteligência artificial e que a empresa ainda possui um potencial significativo.

No segundo trimestre, os lucros operacionais da Berkshire Hathaway, excluindo ganhos de investimentos, foram de US$ 8.072 por ação classe A, superando a estimativa de US$ 6.520. O valor contábil por ação classe A também atingiu um recorde de US$ 419.000, refletindo a valorização dos ativos e os sólidos lucros operacionais. As ações classe A da Berkshire foram negociadas a cerca de 1,5 vezes o valor contábil.

Além das ações da Apple, a Berkshire Hathaway também reduziu sua posição no Bank of America (NYSE:BAC), sua segunda maior participação. A empresa cortou a posição em 8,8% desde meados de julho, em um sinal de reavaliação de suas estratégias de investimento à medida que as preocupações com a economia americana aumentam.

O aumento no caixa da Berkshire Hathaway reflete uma estratégia de precaução de Buffett em relação ao mercado. Ele indicou que a empresa está disposta a investir quando surgirem oportunidades atraentes, mas está aguardando condições de mercado mais favoráveis para fazer novas aquisições. A aversão ao risco e a prudência em relação a altas avaliações de mercado têm sido características marcantes de sua abordagem.

A Geico desempenhou um papel crucial no desempenho financeiro da Berkshire Hathaway, com uma melhora substancial em seus lucros de subscrição. No entanto, o índice combinado da Geico ainda é um ponto de atenção, pois uma redução nas apólices em vigor pode indicar desafios para o futuro crescimento da unidade.

A Berkshire Hathaway continuou a expandir seus investimentos em títulos do Tesouro dos EUA, que somaram US$ 235 bilhões no final de junho. A empresa tem obtido rendimentos atrativos de mais de 5% em seus investimentos em títulos, aproveitando o ambiente de taxas de juros mais altas.

Os resultados financeiros da Berkshire Hathaway refletem um desempenho sólido, mas também destacam o desafio de encontrar investimentos atraentes em um mercado com altas avaliações. A estratégia de Buffett de ajustar seu portfólio e acumular caixa pode estar preparando a empresa para futuras oportunidades de compra, especialmente se uma desaceleração econômica se materializar.

O mercado tem reagido com cautela às mudanças na carteira da Berkshire Hathaway e ao ambiente econômico mais amplo. Dados recentes indicam uma possível desaceleração econômica, com o S&P 500 e outros índices enfrentando volatilidade. A abordagem conservadora da Berkshire em relação à recompras de ações e à redução de participações pode ser uma resposta estratégica a essas condições desafiadoras.

A Berkshire Hathaway, Apple, e Bank of America também são negociadas na B3 através das BDRs (BOV:BERK34), (BOV:AAPL34) e (BOV:BOAC34), respectivamente.

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