O Itaú revela seus números do segundo trimestre de 2024 (2T24) após o fechamento da sessão desta terça-feira (6), com projeções de que a instituição financeira manterá suas tendências consideradas bastante sólidas, com ganhos contínuos de eficiência.
Por mais um trimestre consecutivo, a XP espera que o Itaú (BOV:ITUB3) (BOV:ITUB4) reporte crescimento de um dígito em sua carteira de crédito. No entanto, neste trimestre, projeta que as taxas de crescimento anual permanecerão dentro da faixa de orientação (guidance). Espera-se que esse crescimento seja impulsionado por um crescente apetite ao risco nos segmentos de Pessoas Físicas e PMEs (pequenas e médias empresas). Como resultado, projeta um aumento de 5,6% na base anual e um aumento de 2,0% trimestre a trimestre no NII (margem financeira).
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A expectativa da XP é de que as taxas de inadimplência ficarão estáveis no trimestre em 2,7%, acompanhadas por um sólido índice de cobertura de 209% (uma redução de 500 bps, ou pontos-base, ante o 1T24). Espera-se que os custos de crédito continuem sua tendência de queda, com uma redução de 4,1% ante o 2T23 e um aumento de 3,0% frente o 1T24. O lucro líquido deve manter sua tendência positiva, com um sólido crescimento de 13% anualmente e um aumento de 1,1% na base trimestral, para , para R$ 9,88 bilhões.
O JPMorgan aponta que o Itaú deve registrar mais um trimestre sólido com 22% de rentabilidade e continua sendo sua principal escolha no Brasil, dada sua consistência de resultados, forte posição de capital e atrativo Preço/Lucro de 7,0 vezes com rendimentos de 8% a 10%. Segundo as estimativas do banco, o lucro deve atingir R$ 9,9 bilhões, alta anual de 13% na base anual.
Na mesma linha, o Goldman espera que o impulso de lucros sólidos deve persistir. A projeção é de R$ 10,0 bilhões (+3% no trimestre, +15% no comparativo anual) em lucros recorrentes no 2T24, embora ainda espere um crescimento dos empréstimos um tanto moderado, dada a redução de risco da carteira.
“Ainda assim, acreditamos que o Itaú poderá convergir para o guidance da carteira de empréstimos até o final do ano (6,5-9,5%). O NII de clientes e de mercado pode seguir tendências semelhantes ao 1T24, levando a NIMs [margens de lucro líquidas] estáveis”, aponta o banco. Assim, o ROE (retorno sobre o patrimônio) deve chegar a 22,4% (ante 21,9% no 1T24 e 20,9% no 2T23).
A Genial espera que o Itaú se destaque novamente com o melhor desempenho entre os bancos incumbentes do setor. “Estimamos um lucro líquido recorrente de R$ 10,1 bilhões para o 2T24, um aumento de 3,3% na base trimestral e 15,4% anualmente. Projetamos uma rentabilidade robusta (ROE) de 22,5%, um crescimento de 0,6 pp (ponto percentual) trimestre a trimestre e 1,6 pp na base anual, superando significativamente outros bancos privados como Santander e Bradesco”, avalia a casa de análise.
Para o trimestre, acredita que o lucro deve ser impulsionado pela evolução contínua da receita líquida de juros (ou NII), além de uma melhora no custo de crédito decorrente da estabilização da inadimplência e da expansão mais controlada das despesas administrativas. A projeção LSEG para o lucro é de R$ 10 bilhões.