Futuros para o preço do barril de Petróleo (WTI) caíram abaixo de US$ 39,00 por barril nesta segunda-feira, o menor nível desde 2009.

A queda atual é uma aceleração no colapso dos preços da energia, que começou no ano passado, enquanto em junho o preço do barril de petróleo estava acima de US$ 100,00.

A recente queda no preço do petróleo é um sinal de que o mundo possui uma oferta grande da commodity ainda mais num momento de incerteza sobre o crescimento global.

Um excesso de oferta, que tem sido liderado pelo aumento da produção dos produtores de petróleo de xisto americanos, tem surpreendido alguns analistas

Apesar dos preços deprimidos, avanços na tecnologia de extração recentes e despesas menores tornaram rentável produzir até mesmo a preços mais baixos.

Num passado não tão distante, a OPEP avançaria e cortaria sua produção em momentos como esse. No entanto, desta vez, o cartel recusa-se a cortar sua produção de petróleo.

Alguns analistas acreditam que esta seja uma estratégia para pressionar os produtores de petróleo de xisto americano e tirá-los do negócio.

É também uma forma de resgatar parte do mercado global de petróleo, que hoje se encontra em 40%, ante a um pico de 60%.

A geopolítica também podem estar desempenhando um papel. O acordo nuclear dos EUA com o Irã pode inundar o mercado com mais petróleo e piorar o excesso de oferta.

A Arábia Saudita, um rival de longa data do Irã, pode continuar a bombear o óleo apenas para enfraquecer o Irã. Os sauditas possuem flexibilidade de caixa para enfrentar a turbulência, algo que o Irã não tem.

O problema não tem sido apenas o excesso de oferta, mas também de demanda. As economias desenvolvidas da Europa e Ásia estão crescendo muito pouco e os mercados emergentes estão indo de mal a pior.

A queda no petróleo também está pesando fortemente no mercado de ações. O setor de energia do S&P 500 perdeu quase um terço de seu valor em relação ao ano passado. As ações da Petrobras (PETR4) já perderam mais de 50% do valor de mercado em um ano.

A queda do petróleo também assusta alguns investidores, que temem que isto seria um sinal de alerta sobre a economia global.

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