No dia 30 de Junho de 2015, a Souza Cruz
divulgou relatório sobre seus resultados operacionais e financeiros
durante o primeiro semestre de 2015. As informações financeiras e
operacionais contidas nesse relatório, exceto quando indicado de
outra forma, são apresentadas em bases consolidadas, em reais
brasileiros, de acordo com as práticas contábeis adotadas no
Brasil, incluindo a Legislação Societária e a convergência às
normas internacionais do IFRS. As comparações realizadas neste
comunicado levam em consideração o primeiro semestre de 2014,
exceto quando especificado em contrário.
A Souza Cruz (BOV:CRUZ3)
possui seis das dez marcas mais vendidas no Brasil e produz cerca
de 80 bilhões de cigarros por ano. Suas principais marcas são
Derby, Hollywood, Free, Dunhill, Lucky Strike e Vogue. A empresa
está envolvida em todo o ciclo de produção, desde a plantação e
processamento do tabaco até a industrialização e distribuição dos
cigarros. A empresa possui vários centros de distribuição
localizados nas cidades do Rio de Janeiro, São Paulo, Contagem,
Curitiba, Porto Alegre e Recife.
A Souza Cruz possui duas subsidiárias
integrais: a Yolanda Participações S/A e a Souza Cruz Trading
S/A. A empresa exporta tabaco para mais de 40 países em cinco
continentes.
Conjuntura Econômica da Souza Cruz no 1° Semestre de
2015
Depois de apresentar um baixo desempenho nos últimos anos a
economia brasileira entrou em período de contração na primeira
metade 2015. O cenário econômico é mais negativo do que era
esperado no início do ano. Segundo o Boletim Focus divulgado pelo
Banco Central do Brasil, os números mais recentes apontam para uma
redução do PIB em torno de 1,7%, com inflação (IPCA) acima de 9% e
taxa Selic atingindo 14,5% ao final do ano. Além disso, o
crescimento do desemprego e a retração na renda disponível reduziu
a confiança do consumidor levando a um consumo mais seletivo em
todas as categorias de bens de consumo. Dados recentes do Instituto
Nielsen apontam que o índice de confiança do consumidor brasileiro
é o mais baixo desde 2009. Neste contexto, o cenário de negócio tem
se mostrado extremamente desafiador para as indústrias de consumo
no país.
O volume total de cigarros comercializados no mercado formal
brasileiro até junho de 2015 apresentou uma queda maior do que a
expectativa original. Tal contração se deve principalmente ao
contínuo crescimento do mercado ilegal no Brasil, o qual tem sido
beneficiado pela mudança do sistema de IPI implementado em 2012, o
qual trouxe aumento desproporcionalmente alto do imposto (superior
a 140% desde 2012) para os produtos de baixo preço, quando
comparado ao aumento de imposto de produtos de preço mais alto
(premium). Isto forçou a indústria a ter que elevar os seus preços
em mais de 80% entre 2012 e 2015, o que gerou enorme incentivo à
migração de consumidores para o consumo de produtos
contrabandeados. O volume de vendas totalizou 24,9 bilhões de
unidades no acumulado do ano, 9,2% menor que o mesmo período de
2014. Cabe ressaltar que no segundo trimestre de 2015 a
Souza Cruz (CRUZ3)
registrou queda no volume de vendas de 6,9%, apresentando uma
desacelaração frente à contração de volume observada no primeiro
trimestre de 2015 (-11,4%), porém com uma velocidade de recuperação
ainda abaixo do esperado em função do cenário econômico e
regulatório. Em função do plano de embarque dos clientes, o volume
total de exportação de tabaco no primeiro semestre de 2015
totalizou 51,4 mil toneladas, 15,3% superior em relação ao mesmo
período de 2014. A expectativa é que haja crescimento do volume de
tabaco exportado no ano de 2015 quando comparado com 2014.
A Receita Líquida da Souza Cruz no 1° Semestre de
2015
A receita líquida consolidada até junho de 2015 foi de R$
3.059,0 bilhão, 5,22% superior quando comparada com o mesmo período
de 2014 (R$ 2.907,3 bilhões).
O negócio de cigarros apresentou uma redução de 4,70% em relação
do primeiro semestre de 2015 (R$ 2.098,8 bilhões) com o primeiro
semestre de 2014 (R$ 2.202,3 bilhões), principalmente em função da
queda do volume e da deterioração do mix de vendas conforme já
mencionado neste relatório.
Em relação à linha de tabaco exportação observou-se um
crescimento de 27,72% na receita líquida do primeiro semestre de
2015 (R$ 627,9 milhões) em relação ao primeiro semestre de 2014 (R$
491,6 milhões), principalmente em função do maior volume de
exportação e maior preço de embarque.
O Lucro da Souza Cruz no 1° Semestre de
2015
O lucro operacional consolidado no primeiro semestre de 2015
atingiu R$ 1.173,1 bilhão, registrando redução de -6,83% versus o
primeiro semestre de 2014 (R$ 1.259,1 bilhão). Em que pese o
crescimento de 97% na linha de tabaco exportação em função de maior
volume e preço de embarque, o mesmo não foi suficiente para
compensar a redução do lucro no negócio cigarros, que foi
principalmente impactado por menor volume e deterioração do mix de
vendas, combinado com o efeito fluxo a maior de despesas gerais no
período. Cabe destacar que o negócio cigarros está positivamente
impactado pelo resultado da transação de venda do departamento
gráfico que impactou o lucro operacional no valor de R$ 71 milhões
no primeiro trimestre de 2015.
O lucro líquido da Souza Cruz
(CRUZ3)
no primeiro semestre foi de R$ 831,3 milhões, uma redução de -2,00%
quando comparado com o mesmo período de 2014 (R$ 848,3 milhões),
essencialmente influencia do pela performance operacional, a qual
foi parcialmente compensada pelo melhor resultado financeiro e uma
menor taxa efetiva de imposto de renda em razão do efeito positivo
de incentivo fiscal vinculado à operação de terceirização de seu
parque gráfico realizado no primeiro trimestre de 2015.
O EBITDA da Souza Cruz no 1° Semestre de
2015
O EBITDA da Souza Cruz (CRUZ3)
foi de R$ 1.244,8 bilhão no primeiro semestre de 2015. No primeiro
semestre de 2014, havia sido de R$ 1.340,1 bilhão. A variação foi
de -7,11%.
A margem EBITDA no primeiro semestre de 2015 foi de 40,7%, uma
diferença de -5,4 pontos porcentuais na comparação com o mesmo
período do ano anterior (46,1%).
As despesas da Souza Cruz no 1° Semestre de
2015
A despesa operacional consolidada da Souza Cruz
(CRUZ3)
no primeiro semestre de 2015 foi -R$ 758,9 milhões, 10,80% superior
ao mesmo período de 2014 (-R$ 684,9 milhões).
Os Ativos da Souza Cruz no 2° Trimestre
de 2015
Os ativos da Souza Cruz (CRUZ3)
totalizaram R$ 5.662.350 bilhões no segundo trimestre de 2015. No
quarto trimestre de 2014, haviam sido de R$ 6.596.603
bilhões. A variação foi de -14,16%.
O Patrimônio Líquido da Souza Cruz no 2° Trimestre de
2015
O patrimônio líquido da Souza Cruz
(CRUZ3)
totalizou R$ 2.369.751 bilhões no segundo trimestre de 2015. No
quarto trimestre de 2014, havia sido de R$ 2.515.241
bilhões. A variação foi de -5,78%.
Remuneração aos acionistas da Souza Cruz no 2° Trimestre
de 2015
Em reunião realizada em 22 de junho de 2015, o Conselho de
Administração aprovou o pagamento de juros sobre o capital próprio
no valor de R$ 29,4 milhões (R$ 0,019220 por ação), a serem pagos a
partir do dia 19 de agosto de 2015, atualizados pela variação da
taxa SELIC calculada entre 1 de julho e 18 de agosto de 2015.
A Souza Cruz no mercado de capitais
Negociada no Mercado Bovespa desde 18
Setembro de 2009, a CRUZ3 garante
aos seus investidores o direito a dividendos (100%, dado que todas
as ações da empresa são do tipo ordinária) e o direito a voto
pleno. A Souza Cruz não garante aos seus
acionistas o direito de tag along; o direito a reembolso de
capital; e o direito a conversibilidade.
A empresa também não restringe o número de ações em circulação
no mercado (free float mínimo). Atualmente, das
1.528.450.500 ações ordinárias que compõem o capital
social da Souza Cruz, 377.954.783 estão
em circulação no mercado.
A Souza
Cruz S/A não possui valores
mobiliários disponíveis para negociação no exterior.
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Relatório sobre os resultados operacionais e financeiros da Souza
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