Às 10h55, o Índice Bovespa recuava uma vez mais pressionado pelos papéis da Vale e da Petrobras. O índice brasileiro caía 0,19%, para 50.745 pontos, também em meio ao aumento da percepção de que os EUA aumentarão seus juros ainda este ano. Com forte peso do indicador, as ações dos bancos ensaiavam alguma melhora.

Os papéis preferenciais da série A (PNA, sem voto) da mineradora caíam 1,69%, como os ordinários (ON, com voto), 1,59%. No mesmo sentido, Petrobras ON (BOV:PETR3) e PN perdiam 1,13% e 1,37%, respectivamente, enquanto o petróleo segue fraco lá fora. Ontem, a petroleira anunciou a captação de US$ 6,75 bilhões com o lançamento de bônus no mercado internacional de cinco e dez anos.

Entre as instituições financeiras, Itaú Unibanco ganhava 0,75%, seguido por Bradesco PN (BOV:BBDC4), 0,88%, e Banco do Brasil ON (BOV:BBAS12), 1,93%. As units (recibos de ações) do Santander, por sua vez, tinham perdas de 0,28%.

Os investidores repercutem hoje as previsões do governo do presidente interino Michel Temer, de um rombo nas contas públicas de R$ 150 bilhões em 2016, ante estimativa de R$ 120 bilhões feita pelo governo de Dilma Rousseff. Do noticiário político, Temer nomeou o deputado André Moura (PSC-SE) como líder da bancada governista na Câmara dos Deputados, um aliado do presidente afastado da casa Eduardo Cunha.

Rumo cai 5% e JBS perde quase 2%

As piores quedas do Ibovespa estavam com Rumo Logística ON (BOV:RUMO3), 5,76%, Cielo ON (BOV:CIEL3) (BOV:CIEL3), 2,61%, MRV ON (BOV:MRVE3), 2,54%, e Cyrela ON (BOV:CYRE3), 2,40%. Na contramão, as maiores altas do índice ficavam com apenas três ações: JBS ON (BOV:JBSS3), 2,23%, Fibria ON (BOV:FIBR3) (BOV:FIBR3), 0,54%, BR Foods ON (BOV:BRFS3), 0,41%. Todas exportadoras que se beneficiavam da valorização da divisa americana.

EUA e Europa caem; petróleo tem leve recuo

Diante dos boatos de que os juros americanos serão elevados na próxima reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) em junho, no mercado futuro, o Dow Jones recuava 0,31%, acompanhado pelo S&P 500, 0,29%, e pelo índice da Nasdaq, 1,25%. Mais tarde, os investidores conhecerão a ata da última reunião do Comitê de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) dos dias 26 e 27 de abril.

Na zona do euro, a taxa de desemprego britânica ficou estável em 5,1% no trimestre, na comparação com o trimestre anterior, a menor desde 2005. Já os dados de inflação da região recuaram o,2% em abril, na base anual. O Stoxx 50, das 50 ações mais líquidas do bloco, perdia 0,55%, assim como o britânico Financial Times, 0,82%, o francês CAC, 0,59%, e o alemão DAX, 0,54%.

O petróleo WTI, negociado em Nova York, caía 0,12%, para US$ 48,25, seguido pelo barril do tipo Brent, de Londres, 0,51%, para US$ 49,03. O mercado aguarda para hoje o relatório de estoques da commodity nos EUA.

Juros sobem e dólar bate R$ 3,54 com BC

No horário, os juros válidos até 2017 permaneciam estáveis a 13,47% ao ano. Para 2018, as projeções subiam de 12,76% para 12,86%, assim como os contratos com vencimento em janeiro de 2021, que tinham taxas de 12,57%, ante 12,39% ontem. Os juros refletiam a alta de 0,38% para 0,41% do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), medido pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), entre a primeira e a segunda quadrissemana de maio. Além disso, o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), registrou avanço de 0,68% na segunda prévia de maio.

Impulsionado pela volta do Banco Central (BC) ao mercado, com leilão de 20 mil contratos de swap reverso para 1º de setembro, 3 de outubro, 1º de novembro e 1º de dezembro, o dólar comercial avançava 1,40%, para R$ 3,54 na venda.

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