Os investidores gostaram da primeira vitória do presidente interino Michel Temer junto ao Congresso com a aprovação dos parlamentares da nova meta fiscal para 2016 e, às 11 horas, o Índice Bovespa tinha ganhos de 1,35%, para 50.011 pontos. A revisão das contas públicas autoriza o governo federal a fechar o ano com um déficit primário de até R$ 170,5 bilhões.

No horário, as ações dos bancos se recuperavam das perdas de ontem. Os papéis preferenciais (PN, sem voto) do Itaú Unibanco subiam 1,13%, Bradesco PN (BOV:BBDC4), 1,51%, as ações ordinárias (ON, com voto) do Banco do Brasil, 4,32%, e as units (recibos de ações) do Santander, 0,11%. BB caiu forte no pregão anterior com o fim do fundo soberano. O fundo tem R$ 2,3 bilhões em papéis da instituição estatal e uma venda apressada derrubaria suas cotações. Além disso, o mercado está atendo à possibilidade de o BNDES também vender parte de sua carteira, o que teria impacto sobre diversos papéis.

Ainda no setor bancário, o Diário Oficial da União publicou a exoneração de Miriam Belchior da presidência da Caixa Econômica Federal. Assume o cargo interinamente o vice-presidente de Tecnologia da Informação da Caixa, Joaquim Lima de Oliveira, funcionário de carreira do banco.

No mesmo sentido, Vale ON (BOV:VALE3) e PNA avançavam 3,07% e 2,11%, respectivamente. Com a ajuda do petróleo em alta lá fora, Petrobras ON (BOV:PETR3) também ganhava 1,89%, como Petrobras PN (BOV:PETR4), 3,40%.

Rumo bate 7% e Ibovespa tem apenas três quedas

Os maiores ganhos do Ibovespa estavam com Rumo Logística ON (BOV:RUMO3), 7,37%, Estácio ON (BOV:ESTC3), 6,38%, BB ON (BOV:BBAS3), e  Qualicorp ON (BOV:QUAL3) (BOV:QUAL3), 4,16%. Já as baixas do índice eram de apenas três companhias: MRV ON (BOV:MRVE3), 0,87%, Hypermarcas ON (BOV:HYPE3) (BOV:HYPE3), 0,45%, e Embraer ON (BOV:EMBR3) (BOV:EMBR3), 0,31%.

Bolsas estrangeiras ganham e petróleo mantém avanços

No mercado americano, o Dow Jones subia 0,73%, seguido pelo S&P 500, 0,71%, e o pelo índice da Nasdaq, 0,55%. Por lá, os pedidos de hipotecas cresceram 2,3% na semana até 20 de maio, contra uma queda de 1% na semana anterior. À espera dos dados sobre os estoques de petróleo nos Estados Unidos e da balança comercial local, a commodity do tipo WTI, negociada em Nova York, ganhava 1,23%, para US$ 49,22, acompanhada pelo barril do Brent, de Londres, que tinha ganhos de 1,42%, para US$ 49,30.

Com a melhora do Índice de Clima de Negócios do Instituto Ifo na Alemanha, 106,7 pontos para 107,7 pontos em maio, acima das estimativas dos analistas, as bolsas europeias avançavam. O Stoxx 50, dos 50 papéis mais líquidos do bloco, registrava alta de 1,46%, assim como o britânico Financial Times, 0,56%, o alemão DAX, 1,27%, e pelo francês CAC, 0,96%.

Juros têm sentidos mistos; dólar registra leve baixa

Em meio à repercussão das gravações do presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL) sobre mudanças nas regras da delação premiada da Lava Jato, os juros futuros válidos até janeiro de 2017 permaneciam a 13,48% ao ano. Para 2018, as projeções subiam de 12,82% para 12,84%, enquanto as taxas com vencimento em 2021 caíam de 12,60% para 12,57%.

Os juros também eram pressionados pela manhã pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC), medido pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) na cidade de São Paulo, que atingiu 0,5% na terceira quadrissemana de maio, acima do resultado da segunda prévia do mês, de 0,41%. Sem leilão de swap cambial reverso do Banco Central (BC) previsto para hoje, o dólar comercial recuava 0,43%, para R$ 3,56, como o dólar turismo, que marcava perdas de 0,40%, vendido a R$ 3,70.

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