No último pregão desta semana mais curta por conta do feriado de Corpus Christi ontem, por volta das 11h40, o Índice Bovespa subia 0,40%, para 49.565 pontos. O principal indicador brasileiro era puxado para baixo pela instabilidade das ações dos bancos e pelas quedas dos papéis da Petrobras. O mercado aguarda atento o pronunciamento da presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Janet Yellen, hoje às 14 horas. Ela pode dar alguma pista sobre os juros americanos.

No horário, os papéis preferenciais (PN, sem voto) do Itaú Unibanco, o maior peso do índice, ganhavam 0,10%, assim como Bradesco PN, 0,49%, as ações ordinárias (ON, com voto) do Banco do Brasil, 0,12%, e as units (recibos de ações) do Santander, 0,34%. O banco espanhol estaria planejando a venda de R$ 1,77 bilhão em créditos vencidos, segundo informações da Bloomberg.

Já Petrobras ON e PN perdiam 3,69% e 4,04%, respectivamente, sob pressão do petróleo mais fraco no mercado internacional. A expectativa é que o novo presidente da estatal, Pedro Parente, assuma o cargo na quinta-feira da semana que vem, segundo o Estadão. Em meio aos novos desentendimentos entre siderúrgicas americanas e chinesas na Organização Mundial de Comércio (OMC), Vale ON recuava 1,64%, seguida por Vale PNA, 1,55%.

Marfrig sobe 2% e Qualicorp cai 5%

Resistiam como maiores avanços do Ibovespa Marfrig ON (BOV:MRFG3), 2,02%, Suzano Papel PNA (BOV:SUZB5), 2,02%, Kroton ON (BOV:KROT3), 2,02%, e Bradespar ON (BOV:BRAP3), 2,01%. A exportadora Suzano se beneficiava das notícias de que a empresa elevará o preço da celulose em US$ 30 por tonelada a partir de junho. Na contramão, as piores quedas do índice ficavam com Qualicorp ON (BOV:QUAL3), 4,91%, Petrobras PN (BOV:PETR4), Petrobras ON (BOV:PETR3), e Gerdau Metalúrgica PN (BOV:GOAU4), 2,44%.

EUA ganham e Europa tem trajetórias mistas; petróleo recua mais de 1%

No mercado futuro americano, enquanto Yellen não fala, o Dow Jones ensaiava ganhos com alta de 0,08%, acompanhado pelo S&P 500, 0,11%, e pelo indicador da Nasdaq, 0,22%. Por lá, o Departamento do Comércio informou um crescimento anual de 0,80% do Produto Interno Bruto (PIB) do país neste primeiro trimestre de 2016, na segunda estimativa do indicador, ante 0,5% abril. O mercado aguardava uma melhora de 0,90%. Além disso, o indicador de atividade manufatureira do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) de Kansas passou de -4 para -5 em maio.

Na zona do euro, o Stoxx 50 avançava 0,09%, como o alemão DAX, 0,14%, enquanto o britânico Financial Times tinha recuo de 0,12%, seguido pelo francês CAC, 0,15%. Entre as commodities, o petróleo WTI, negociado em Nova York, tinha desvalorização de 1,39%, para US$ 48,79, e o barril do tipo Brent caía 1,65%, para US$ 48,77.

Na China, o lucro das indústrias aumentou 4,2% em abril, para US$ 76,6 bilhões, ante alta de 11,1% em março. O resultado reflete o aumento de crédito para o investimento em infraestrutura disponibilizado pelo governo, de acordo com relatório da XP Investimentos.

Juros avançam e dólar vai a R$ 3,62

Pela manhã, os juros futuros na BM&FBovespa válidos até janeiro de 2017 passavam de 13,675% ao ano para 13,69%. Para janeiro de 2018, as projeções subiam de 12,89% para 12,92%. No longo prazo, os contratos com vencimento em janeiro de 2019 tinham taxas de 12,82%, contra 12,75% na última terça-feira. Por fim, os juros para 2021 avançaram de 12,72% para 12,82%. No mercado cambial, o dólar comercial tinha alta de 0,69%, para R$ 3,62, no mesmo sentido que o dólar turismo, que tinha ganhos de 1,07%, vendido a R$ 3,77. Com a moeda em alta, o BC suspendeu os leilões de swap cambial reverso, que equivalem à compra de moeda.

GERDAU MET PN (BOV:GOAU4)
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