• O jornal Folha de S.Paulo informa que o egípcio Naguib Sawiris
virá ao Brasil para convencer o Governo de que sua proposta para
salvação da Oi (BOV:OIBR4) é a melhor opção para a companhia.
Segundo a reportagem, Sawiris pretende injetar US$ 250 milhões na
Oi, e credores da companhia, associados ao empresário egípcio,
colocariam mais US$ 1 bilhão.
• Relatório Focus do Banco Central: PIB deve registrar
crescimento de 0,5% em 2017, com inflação de 4,81% ao final do
ano.
• Os controladores da Prumo Logística (BOV:PRML3) irão reavaliar
os termos da oferta pública de aquisição para saída da Bolsa, ou
até mesmo seu cancelamento, após um laudo avaliar o preço das ações
da companhia bem acima do proposta na oferta (laudo: faixa entre R$
9,98 a R$ 11,03, e oferta: R$ 6,69 por ação.
• O Banco do Brasil (BOV:BBAS3) revisou para baixo suas
projeções para o resultado do ano passado, com o retorno sobre o
patrimônio líquido entre o intervalo de 7% a 8%, após revisar o
crescimento da renda com tarifas e o aumento da provisão para
créditos com liquidação duvidosa.
• A BRF (BOV:BRFS3) considera a realização de uma oferta pública
inicial (IPO) da OneFoods na Bolsa de Londres, sem descartar outras
alternativas. No entanto, não há, no presente momento, qualquer
decisão tomada.
• A Raízen, joint-venture da Cosan (BOV:CSAN3) e Shell, iniciará
hoje processo de reunião com investidores para uma potencial
emissão de instrumento de dívida no mercado internacional. O volume
e prazo da potencial desta emissão ainda não foram
determinados.
• A Fibria (BOV:FIBR3) protocolou prospecto preliminar de oferta
de distribuição de títulos de dívida, com vencimento em 2017, no
órgão regulador do mercado de capitais norte-americano e anunciou o
início reuniões com investidores. Uma possível emissão poderá
ocorrer caso as condições de mercado sejam favoráveis.
• A Brasilprev, empresa coligada e que concentra os negócios de
previdência privada da BB Seguridade (BOV:BBSE3), atingiu a marca
de R$ 200 bilhões em ativos sob gestão.
• Em destaque, o Barclays elevou a recomendação para os
ADRs (American Depositary Receipts) da Vale (BOV:VALE3) (BOV:VALE5)
de equalweight (exposição em linha com o mercado) para overweight
(exposição acima do mercado), equivalente à compra, elevando o
preço-alvo de US$ 6 para US$ 9,50 por papel. Além disso, outra
notícia pode mexer com a Vale na sessão de hoje: o minério spot
negociado em Qingdao fechou em alta de 1,94%, a US$ 77,73 a
tonelada métrica.
• O BTG Pactual elevou a recomendação das ações da MRV
(BOV:MRVE3) Engenharia para compra com um preço-alvo de R$ 14,
destacando o valuation mais atrativo (com uma alta menor do que a
registrada pelas outras construtoras) e com a redução do risco
regulatório com o ajuste da remuneração do FGTS.
• A Marcopolo (BOV:POMO4) estaria mirando expandir negócios para
África e Oriente Médio para aumentar as exportações em cerca de
50%. Conforme conta reportagem da Bloomberg, dois dos principais
alvos seriam os mercados de Gana e Camarões, em uma estratégia para
driblar a recessão doméstica. Apesar de a notícia ser considerada
uma boa surpresa pelo mercado, os analistas mantêm-se céticos com o
desempenho da ação no futuro próximo, sobretudo por conta da piora
das projeções para a economia brasileira.
• O conselho de administração da CCR (BOV:CCRO3) aprovou a 7ª
emissão de debêntures simples não conversíveis em ações com prazo
de vencimento de cinco anos, no valor de 800 milhões de reais,
segundo ata de reunião realizada na última sexta-feira e divulgada
neste domingo.
A operadora de concessões de infraestrutura emitirá em 15 de
fevereiro 800 mil debêntures ao valor unitário de 1 mil reais, de
acordo com o documento. O vencimento dos papéis está previsto para
15 de fevereiro de 2022. A emissão poderá ser acrescida de um lote
adicional de até 15 por cento, ou 120 mil debêntures. Em caso de
demanda excedente, outro lote suplementar de até 20 por cento, ou
160 mil debêntures, pode ser emitido nas mesmas condições. A
operação é coordenada por Itaú BBA e Bradesco BBI.
De acordo com a ata, os recursos provenientes da emissão serão
destinados ao resgate antecipado da totalidade das 4ª emissão de
Notas Promissórias Comerciais, emitidas em 17 de novembro de
2016.
• No mês que vem, quando o Magazine Luiza (BOV:MGLU3), a segunda
maior varejista de eletrodomésticos e móveis do País, divulgar os
resultados do último trimestre de 2016, o desempenho será no
sentido oposto da mais profunda e longa recessão que a economia
brasileira enfrenta.
“Posso afirmar que fechamos 2016 muito bem e o nosso último
trimestre foi melhor do que o último trimestre de 2014, que foi um
momento pré-crise”, afirmou o presidente da rede varejista,
Frederico Trajano ao jornal O Estado de S. Paulo. Ele destaca que
era “fácil” crescer em relação ao 4º trimestre de 2015, porque a
economia já estava mergulhada na recessão. A empresa, segundo ele,
em parte foi beneficiada porque a concorrência foi muito machucada
pela crise. “Há muitos concorrentes menores, que perderam mercado
porque não tinham liquidez ou condição de compra de produtos”,
contou.
• A Usiminas (BOV:USIM5) informou nesta segunda-feira que
fez acordo com a Salus Infraestrutura Portuária para recuperar
profundidade mínima do canal Piaçaguera, que dá acesso aos
terminais privados da empresa e da Ultrafertil, próximos do porto
de Santos.
A empresa não informou os termos do contrato, que foi acertado
com base em contraprestação e volumes que a Usiminas vier a
movimentar no canal.
Segundo o grupo siderúrgico, o contrato vai aprimorar a
infraestrutura portuária da Usiminas.
• A Transnordestina aprovou em AGE (Assembleia Geral
Extraordinária) a conversão das ações PNA da CSN (BOV:CSNA3) em
ordinárias.
• A Unipar (BOV:UNIP6) confirmou, por meio de comunicado ao
mercado, que a CNV (Comisión Nacional de Valores), regular do
mercado argentino, aprovou valor de 3,47 pesos argentinos para o
preço a ser adotado por ação na oferta pública de até todas as
ações em circulação da Unipar Indupa, atualmente negociadas na
Bolsa de Comercio de Buenos Aires.
O preço das ações adquiridas no âmbito da OPA será pago pela
companhia e pela Solvay S.A., antiga controladora indireta da
Unipar Indupa. A Comisión Nacional de Valores aprovou ainda que a
OPA deverá permanecer aberta para aceitação durante um período de
25 dias após o seu lançamento. O efetivo lançamento da oferta está
sujeito a formalidades adicionais, incluindo a finalização do
prospecto.
Bolsas mundiais
Enquanto a maior parte das bolsas europeias registram queda, os
mercados da China começaram a semana em alta, liderados por ações
do setor de defesa, à medida que mais empresas estatais avaliam os
planos para promover reformas de propriedade mista. A reforma das
empresas estatais tem direcionado os mercados nas últimas semanas,
já que a China prometeu impulsionar reformas de propriedade mista
nos principais setores, incluindo aviação, defesa, petróleo e
telecomunicações. Por sua vez, o dólar tem leve alta ante as
principais moedas mundiais. Vale destacar que os potenciais novos
presidentes do Fed no governo Trump, Glenn Hubbard, John Taylor e
Kevin Warsh sinalizam que política seria mais dura caso um deles
seja o escolhido.
Voltando à Europa, o destaque fica com a fala da primeira
ministra britânica, Theresa May, que fez o FTSE subir e a libra
cair. May afirmou que definirá sua estratégia para o Brexit nas
próximas semanas, negando sugestões de que estaria “confusa” na
busca pelo que chamou de relação certa com a União Europeia (UE)
(veja mais no tópico 4). Atenção ainda para os dados econômicos do
continente: as exportações da Alemanha saltaram mais do que o
esperado em novembro, registrando o maior aumento mensal em quatro
anos e meio e elevando a produção industrial, o que direcionou o
crescimento da maior economia da Europa no quarto trimestre do ano
passado.
No mercado de commodities, o petróleo recua após 3 altas
seguidas com alta das perfurações nos EUA; os metais como cobre,
níquel e minério de ferro avançam após província produtora da China
anunciar meta de corte da capacidade. Contudo, atenção para o
Departamento da Indústria, Inovação e Ciência australiano, que
prevê que o preço do minério de ferro vai ficar em 51,60 dólares a
tonelada em média neste ano e cair para 46,70 dólares em 2018. O
nível atual do preço no mercado à vista é de cerca de 80 dólares, o
dobro de um ano atrás. O departamento previu preço de 44,10 dólares
em 2016.
Desempenho dos principais índices:
* FTSE 100 (Reino Unido)+0,16%
* CAC-40 (França) -0,69%
*DAX (Alemanha) -0,45%
* Xangai (China) +0,55% (fechado)
*Hang Seng (Hong Kong) +0,25% (fechado)
* Nikkei (Japão) -0,34% (fechado)
*Petróleo brent -1,47%, a US$ 56,26 o barril
*Petróleo WTI -1,54%, a US$ 53,16 o barril
Agenda da semana
Os destaques domésticos da semana são a inflação de dezembro e a
decisão da taxa de juros, ambos divulgados na quarta-feira (11). O
último dado do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo)
referente a 2016 será conhecido às 9h. A mediana das expectativas
do mercado é que o IPCA tenha avançado 0,35% em dezembro e que
tenha encerrado o ano em 6,65%, abaixo, portanto, do teto da meta
do governo, de 6,5%, segundo levantamento da Bloomberg. Mais tarde,
depois do fechamento dos mercados, o Copom anunciará a decisão da
taxa de juros. A expectativa majoritária do mercado é que o ritmo
de alta dos juros suba para um corte de 50 pontos-base, mas há quem
não descarte uma redução de 75 pontos-base.
Na quinta-feira (12), o Tesouro Nacional publica o Prisma Fiscal
de dezembro, com as expectativas do mercado para os indicadores
fiscais. Na sexta-feira, às 8h30, o Banco Central divulga o IBC-Br
de novembro, tido como uma prévia do PIB (Produto Interno Bruto).
Nos Estados Unidos, foco nos diversos discursos dos presidentes dos
Feds regionais ao longo da semana. Nesta segunda, falam Eric
Rosengren, de Boston, e Dennis Lockhart, de Atlanta, às 12h e
15h45, respectivamente. Na Ásia, as atenções se voltam para o CPI e
o PPI da China, os índices de inflação ao consumidor e ao produtor,
respectivamente, que serão anunciados às 23h30 desta segunda-feira
(horário de Brasília), e para os dados da balança comercial
chinesa, que serão conhecidas ao longo da semana, mas sem data
conhecida.
Agenda política
O presidente Michel Temer se reuniu no último sábado com a
presidente do STF Cármen Lúcia. Na pauta, dois assuntos de destaque
para o governo: a crise penitenciária e da dívida dos estados.
Segundo informou a Folha de S. Paulo, sobre a dívida dos estados, o
presidente ficou bastante irritado com o que considerou uma
interferência da Suprema Corte na polêmica envolvendo o assunto. Na
semana passada, a presidente do STF concedeu duas liminares que
evitaram bloqueios -de R$ 181 milhões e de R$ 192 milhões- das
contas do Estado do Rio em função de dívidas com a União. Quem
teria ficado mais insatisfeito com a decisão do Supremo foi o
ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Na agenda do ministro, por
sinal, consta às 10h uma reunião com o governo do Rio de Janeiro
Luiz Fernando Pezão. Às 17h30, ele participará de seminário na Casa
das Garças.
Já na agenda do presidente, Temer participa de cerimônia de
anúncio de renovação da frota de ambulâncias do SAMU, em Esteio
(RS), às 10h30, e retorna a Brasília às 12h40. Vale ressaltar que
Temer viaja a Lisboa para participar, na terça-feira (10), do
funeral do ex-presidente de Portugal, Mário Soares. A previsão é
que o presidente embarque para Portugal no início da tarde de hoje.
Em nota, Temer disse ainda ter recebido com tristeza a notícia da
morte de Soares e afirmou que ele foi “ figura-chave do Portugal
moderno” e “amigo do Brasil”.
Destaques internacionais
O grande destaque internacional ficou para a fala da primeira
ministra britânica, Theresa May, sobre os planos para o Brexit,
negando sugestões de que estaria “confusa” na busca pelo que chamou
de relação certa com a União Europeia. Segundo ela, a questão
crucial para ambos os lados do debate – priorizar o controle da
imigração para a Grã-Bretanha ou o acesso preferencial ao mercado
comum europeu – não se trata de uma escolha binária. “Mas o que eu
estou dizendo é que eu acho errado olhar para isso como apenas uma
questão binária, como ou você tem controle da imigração ou você tem
um bom acordo comercial – eu não vejo como uma questão
binária.”
Já o presidente eleito dos EUA Donald Trump aceitou a conclusão
da investigação das agências norte-americanas de inteligência de
que a Rússia apoiou ataques virtuais com a finalidade de tumultuar
as eleições presidenciais e agora deverá anunciar ações em
resposta, afirmou seu futuro chefe de gabinete no domingo. Reince
Priebus, ex-presidente do Comitê Nacional Republicano, afirmou que
Trump agora admite que Moscou estava por trás dos ataques a
organizações do Partido Democrata. “Ele aceita o fato de que neste
caso particular entidades da Rússia tiveram participação”, disse
Priebus em entrevista ao “Fox News Sunday”. Os comentários de
Priebus marcam uma mudança significativa na postura do futuro
presidente.