• O lucro líquido da Cemig (BOV:CMIG4) caiu 86,4% em 2016, para
R$ 334,75 milhões. A companhia destacou a perda de R$ 1,07 bilhão
com a desvalorização em investimentos na Renova e Guanhães
Energia.
• O mercado também ficará de olho na CSN (BOV:CSNA3) após
ser revelado que, em delação premiada, Marcelo Odebrecht afirmou
que, a pedido do empresário Benjamin Steinbruch, da companhia
siderúrgica, repassou R$ 14 milhões ao ex-ministro Antonio Palocci
e outros R$ 2,5 milhões para Paulo Skaf, atual presidente da Fiesp
(Federação das Indústrias de São Paulo). Segundo Odebrecht, os
pagamentos foram feitos em razão de compromisso assumido por
Steinbruch com o Partido dos Trabalhadores (PT). As informações
constam em pedido analisado por Edson Fachin.
• O Credit Suisse reiniciou a cobertura para as ações da Fleury
(BOV:FLRY3) com recomendação neutra e preço-alvo de R$ 50,00. “As
nossas novas estimativas consideram que a Fleury deve entregar um
crescimento sólido de 23% de CAGR (Taxa composta anual de
crescimento real) de lucros no período de 2016-2018”. Os analistas
aproveitaram a revisão para baixo do custo de capital de 12,8% para
refletir um menor diferencial de inflação entre o Brasil e os
EUA.
• As ações da Gol (BOV:GOLL4) e Azul (BOV:AZUL4) registraram
fortes ganhos no pregão de ontem (ambas +6,6%) após a movimentação
do Governo para a elevação, de 20% para 100%, do limite de
participação de capital estrangeiro nas companhias aéreas
brasileiras.
• O Société Mondiale Fundo de Investimento em Ações, segundo
maior acionista da Oi (BOV:OIBR4) que tem o empresário Nelson
Tanure como um dos sócios, busca potenciais parceiros para investir
US$ 2 bilhões após a companhia emergir do processo de recuperação
judicial, de acordo com uma fonte ouvida pela Bloomberg. A
Société Mondiale busca reuniões em Nova York nesta semana com a
PointState Capital, quarto maior acionista da Oi, e outros fundos
de investimento como a Solus Alternative Asset Management,
Discovery Capital e Centerbridge Partners, disse a pessoa, que
pediu anonimato porque não está autorizada a falar
publicamente sobre o assunto. A Société Mondiale, PointState e
Discovery não quiseram comentar. Centerbridge e Solus não
responderam imediatamente aos pedidos de comentários.
• O laudo de avaliação para cancelamento do registro e saída do
Paraná Banco (BOV:PRBC4) da Bolsa, apurou o valor econômico das
ações de emissão da companhia no intervalo entre R$ 10,88 e R$
11,59.
• O Santander prevê para maio ou junho a conclusão das
negociações sobre a cessão onerosa, considerado como o mais
importante catalisador potencial de curto prazo da Petrobras
(BOV:PETR4). Os analistas mantêm recomendação de compra para os
papéis da estatal, com preço-alvo de US$ 12,60 para cada ADR.
• O volume de distratos da Rodobens (BOV:RDNI3) atingiu R$ 41
milhões no primeiro trimestre deste ano, queda de 25% em comparação
anual. Das 224 unidades distratadas, 48% já foram revendidas. A
construtora afirma que o percentual dos distratos em relação às
vendas brutas vem caindo ao longo dos trimestres, passando de 84%
no segundo trimestre de 2016 para 41% um ano depois.
• As ações da Vale (BOV:VALE5) operam em queda de quase 4% no
pre-market da bolsa de valores de Nova Iorque após a forte
desvalorização de mais de 8% no preço do minério de ferro no
mercado chinês.
Bolsas mundiais
As bolsas europeias registram um dia de leve alta, acompanhando o
movimento do preço do petróleo, que avança em meio à expectativa de
um corte de oferta pela Opep. Por outro lado, os investidores
monitoram com atenção o encontro de Rex Tillerson, secretário de
Estado dos EUA, e Sergey Lavrov, chanceler russo, que iniciam
conversações em Moscou em meio a tensões sobre a Síria. As tensões
continuam, com o presidente da Rússia Vladimir Putin apontando que
o nível de confiança entre EUA e Rússia se deteriorou e Trump
afirmando que o russo está apoiando uma pessoa “maquiavélica”, em
alusão a Bashar Al-Assad.
Já na Ásia, os mercados acionários da China caíram nesta
quarta-feira, uma vez que os dados mais fracos de inflação ao
produtor levantaram questões sobre a sustentabilidade da
recuperação econômica do país e com algumas ações que tiveram alta
com os planos de uma nova zona econômica perdendo força. A inflação
dos preços ao produtor da China desacelerou pela primeira vez em
sete meses em março, com queda dos preços do minério de ferro e do
carvão, pressionados pelos temores de que a produção de aço do país
esteja superando a demanda e ameaçando um excesso de metal neste
ano. O minério de ferro estende forte queda em Dalian com
expectativa de aumento da oferta, enquanto cobre e níquel
recuam.
Desempenho dos principais índices:
Ibovespa (Brasil) -0,40%
Dow
Jones (Estados Unidos) -0,15%
Nasdaq
Composite (Estados Unidos) -0,15%
FTSE
100 (Reino Unido) -0,04%
DAX
Index (Alemanha) +0,07%
Cac
40 (Reino Unido) +0,2%
Nikkei
225 (Japão) -1,04%
Commodities:
Ouro -0,05%
Prata -0,03%
Cobre -1,30%
Petróleo +0,32%
Petróleo
Brent Crude +0,25%
Um pouco de política
O mundo político reage à divulgação da “Lista do Fachin”. Na
véspera, o relator da Lava Jato no STF determinou a abertura de
inquérito contra oito ministros do governo Michel Temer, 24
senadores e 42 deputados federais, entre outros (veja a lista
completa clicando aqui) A informação tumultuou o mundo político e
azedou o humor dos mercados no fim do pregão e o Ibovespa fechou em
queda de 0,45%, a 64.360 pontos.
Nesta quarta-feira, novos desdobramentos seguem no radar dos
investidores. A expectativa é de que a lista possa contaminar, pelo
menos em um primeiro momento, a negociação para as reformas, com
destaque para a Previdência. Por outro lado, há a expectativa de
que a lista de Fachin acelere até mesmo as reformas, de forma a
minimizar o desgaste da classe política (veja mais clicando aqui).
Por enquanto, a ordem no Planalto é concentrar a atenção nas
reformas e esquecer lista da Fachin.
A Câmara dos Deputados adiou ontem, mais uma vez, a votação do
Projeto de Lei Complementar 343/17, que trata da recuperação fiscal
dos estados superendividados. Desde a semana passada, deputados da
base aliada insistem na aprovação do projeto, mas a oposição atua
firme na obstrução.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, foi surpreendido pela
enorme resistência dos parlamentares ao projeto da dívida dos
Estados. Maia tentará aprovar a proposta na próxima semana, mas
está pessimista, informa o jornal O Estado de S. Paulo.
Em função dos feriados da Semana Santa, o presidente da Câmara
convocou sessões da Casa para segunda-feira (10) e para ontem
destinadas à apreciação do projeto. No entanto, usando dispositivos
regimentais como requerimentos de adiamento de votação, a oposição
conseguiu impedir a votação do projeto ontem e nesta terça-feira e
a apreciação ficou para a próxima semana. O vazamento de nomes de
políticos citados na chamada “lista do Janot” também contribui para
o esvaziamento do plenário da Câmara e o adiamento da votação.
Agenda de indicadores
O destaque o dia é a decisão de política monetária do Copom, que
será anunciada a partir das 18h. A expectativa majoritária é de um
corte de 100 pontos-base, mas os mercados de juros futuros
precificam 20% de chances de uma diminuição mais agressiva, de 125
pontos-base. (Veja mais clicando aqui). Ainda nesta quarta, saem o
resultado das vendas do varejo de fevereiro, às 9h, o fluxo cambial
semanal, às 12h30, e o relatório Prisma Fiscal, do Tesouro, sem
horário previsto.
Nos Estados Unidos, destaques para os estoques de petróleo, às
11h30, e para o resultado fiscal de março, às 15h. Na Europa,
atenção à taxa de desemprego do Reino Unido, às 5h30.
OI PN (BOV:OIBR4)
Gráfico Histórico do Ativo
De Fev 2024 até Mar 2024
OI PN (BOV:OIBR4)
Gráfico Histórico do Ativo
De Mar 2023 até Mar 2024