A economia de mercado, enfim, é a regra na Petrobras
08 Junho 2017 - 03:30PM
ADVFN News
A economia de mercado, enfim, parece ser a regra para a
Petrobras (BOV:PETR4) e para o setor de combustíveis e derivados no
Brasil.
A decisão da estatal na quarta-feira (7) em adotar uma
nova política de preços para a venda às
distribuidoras do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), o gás de
cozinha, e que terá como base a média mensal das cotações do butano
e do propano no mercado europeu convertida em reais pela média
diária das cotações de venda do dólar, acrescida de uma margem de
5%, reforça a disposição de abrir o mercado.
“Nós gostamos da nova política no sentido de que ela acrescenta
volatilidade aos preços domésticos do GLP. Em nossa opinião, isso
contribui para a criação de um petroquímico mais competitivo.
Lembramos aos investidores que, antes das novas políticas de preços
de combustíveis e GLP, uma porcentagem significativa do mix de
produtos da Petrobras não seguia o esquemas de preços voláteis
(nafta petroquímica e combustível de aviação estavam entre as
poucas exceções)”, lembram os analistas do Credit Suisse André
Natal e Régis Cardoso.
Gasolina
No dia 5, a estatal também
revelou que analisa a possibilidade de elevar
a frequência de alterações nos preços dos combustíveis. A notícia
foi bem recebida por analistas do mercado. Primeiro, porque torna a
empresa mais próxima da realidade de uma companhia privada. Em
segundo lugar, porque eleva a previsibilidade para os
investidores.
O analista da Lerosa Investimentos, Vitor Suzaki, avaliou que,
neste momento, marcado por bastante volatilidade dos preços do
petróleo e do câmbio, faz sentido as avaliações de preços serem
mais frequentes. “É positivo, porque traz previsibilidade maior
para os investidores e reduz ainda mais o risco de possibilidade de
interferência política”, opinou.
A estratégia está em linha com a necessidade de a Petrobras
encontrar novos investidores e parceiros no refino, onde detém 100%
do mercado. “A liberdade na política de preços é uma questão
crucial na meta de fechar parcerias no refino. É a mais importante
discussão no âmbito desse processo”,
afirmou o CEO da estatal, Pedro Parente.
“Esperamos ter uma resposta adequada que traga a visão de que a
questão foi endereçada. Mas neste momento, só posso afirmar que é
uma questão crucial”, disse.
(Com Agência Estado)
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