Rumo, do conglomerado Cosan, reportou lucro líquido de R$ 309 milhões no terceiro trimestre, ante R$ 51 milhões um ano antes, informou a companhia em balanço enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

A receita operacional líquida saltou 50,1%, para R$ 2,95 bilhões – em parte por conta do maior volume transportado total, que pulou de 16,3 bilhões de toneladas por KM para 20,2 bilhões de toneladas por KM.

“A melhora da receita se deu em todas as operações, sendo 58,8% na Operação Norte, 21,2% na Operação Sul e 49,5% na Operação de Contêineres”, explica a Rumo no documento publicado na noite desta quinta-feira (10). “Como consequência do aumento de 23,8% no volume e da alta de 23,2% da tarifa”.

O ebitda – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – alcançou R$ 1,42 bilhão, alta de 58,2% sobre igual período do ano passado. Com isso, a margem Ebitda atingiu 48,4%, avanço de 2,4 pontos na comparação anual.

O volume transportado pela Rumo alcançou 20,3 bilhões de TKU, 23,8% acima do mesmo período do ano anterior.

Este resultado é consequência de uma maior safra de milho, de uma sazonalidade de exportação cadenciada, do ramp-up da Malha Central e da melhor performance operacional, que permitiu ganhos de capacidade. Com isso, houve crescimento de 27,4% no segmento de produtos agrícolas no consolidado, principalmente do milho, que subiu 60,2%. A performance da Operação Norte evoluiu 32,5%, impulsionada pela melhora de 34,2% em produtos agrícolas, que cresceram 20,4% nas Malhas Norte e Paulista, e mais do que dobraram na Malha Central, que se destacou em produtos agrícolas e iniciou o transporte de açúcar e fertilizantes. A Operação Sul apresentou estabilidade, ainda impactada pela quebra de safra de soja, que foi compensada pela recuperação do volume de milho frente ao ano anterior.

O resultado financeiro teve um incremento de R$ 253 milhões quando comparado ao 3T21. O custo da dívida abrangente líquida foi maior principalmente pelo reflexo no aumento do CDI e índices de inflação, principais indexadores das dívidas, bem como um pequeno incremento na dívida líquida.

O custo fixo e as despesas gerais, comerciais e administrativas subiram 17,2%, principalmente em função da ampliação da operação na Malha Central e do rateio de custos operacionais corporativos, que segue a representatividade de cada operação no volume. O custo variável cresceu 90%, em razão do maior volume transportado e do aumento do preço do combustível, de 73%, que foi parcialmente mitigado pela melhora de 4% da eficiência energética.

“O ganho de 5% em eficiência energética mitigou parcialmente o aumento de 68% do custo de combustível, que juntamente com o maior volume transportado no trimestre elevaram o custo variável em 76%. Os custos fixos e despesas gerais e administrativas subiram 8,1%, em linha com a inflação no período”, explica a empresa.

O endividamento líquido manteve-se em R$ 9,7 bilhões. Com isso, a alavancagem apresentou melhora para 2,4x, em função do EBITDA (dívida líquida abrangente/EBITDA LTM).

A Rumo está sujeita a determinadas cláusulas contratuais restritivas referentes ao nível de alavancagem em alguns dos seus contratos. As disposições mais restritivas possuem verificação anual ao fim do exercício e referem-se ao endividamento abrangente líquido. Este inclui as dívidas bancárias, debêntures, arrendamentos mercantis considerados como leasing financeiro, deduzidos de títulos e valores mobiliários, caixa e equivalentes de caixa, caixa restrito de aplicações financeiras vinculado a empréstimos e instrumentos derivativos. Os covenants para dezembro de 2022 são: alavancagem máxima de 3,0x (dívida líquida abrangente/EBITDA LTM) e índice de cobertura de juros mínimo de 2,0x EBITDA/Resultado financeiro.

O Capex recorrente no trimestre foi de R$ 296 milhões, 11,8% acima do 3T21, recuperando o menor nível apresentado no primeiro trimestre em função de phasing e conforme o planejado para o ano. O Capex de expansão alcançou R$ 311 milhões, o que representa uma redução de 39% em relação ao mesmo período de 2021. A queda decorre principalmente dos menores níveis de investimento em locomotivas e terminais na Malha Central, após o início da operação em São Simão e Rio Verde.

Apesar da redução apresentada, a Rumo segue implementando as obras do caderno de investimentos oriundos da renovação da Malha Paulista e da fase operacional da Malha Central, além da aquisição de vagões, obras de modernização na via permanente, duplicações e implantação do Positive Train Control – PTC. Esses projetos, além de aumentar a capacidade e promover maior nível de eficiência, permitem, entre outros ganhos, a redução do consumo de combustível, fundamental para redução de emissões específicas de gases de efeito estufa.

Os resultados da Rumo (BOV:RAIL3) referente suas operações do terceiro trimestre de 2021 foram divulgados no dia 10/11/2022. Confira o Press Release completo!

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão, Reuters

RUMO S.A ON (BOV:RAIL3)
Gráfico Histórico do Ativo
De Mar 2024 até Abr 2024 Click aqui para mais gráficos RUMO S.A ON.
RUMO S.A ON (BOV:RAIL3)
Gráfico Histórico do Ativo
De Abr 2023 até Abr 2024 Click aqui para mais gráficos RUMO S.A ON.