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Santander revisa estimativas e projeta câmbio em R$ 1,75 em 2011
Por Thais Folego | Valor
SÃO PAULO – O Santander revisou suas projeções para o câmbio diante da recente queda do real que, segundo o banco, tem sido impulsionada por fundamentos e por ruídos de mercado. A projeção para a taxa de câmbio subiu de R$ 1,55 para 2011 e 2012 para R$ 1,75 este ano e R$ 1,65 para o ano que vem.
Sob o ponto de vista dos fundamentos, o Santander destaca a queda dos preços das commodities, a redução do diferencial da taxa de juros e o aumento da demanda por dólares em um ...
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Santander revisa estimativas e projeta câmbio em R$ 1,75 em 2011
Por Thais Folego | Valor
SÃO PAULO – O Santander revisou suas projeções para o câmbio diante da recente queda do real que, segundo o banco, tem sido impulsionada por fundamentos e por ruídos de mercado. A projeção para a taxa de câmbio subiu de R$ 1,55 para 2011 e 2012 para R$ 1,75 este ano e R$ 1,65 para o ano que vem.
Sob o ponto de vista dos fundamentos, o Santander destaca a queda dos preços das commodities, a redução do diferencial da taxa de juros e o aumento da demanda por dólares em um ambiente de maior aversão ao risco. “Estimamos que esses fatores explicam cerca de 45% do movimento recente da moeda, passando de R$ 1,55/US$ no final de julho de 2011 para R$ 1,90/US$ em 22 de setembro”, avalia o banco em relatório.
A outra parte da valorização o Santander atribuiu às ações do governo no mercado de câmbio, com compra direta de moeda estrangeira, tributação sobre investimentos estrangeiros e derivados, além de operações técnicas de desalavancagem e fatores de mercado, como o nervosismo exacerbado, que alimenta um “overshooting” (disparada) da taxa de câmbio em um ambiente de baixa liquidez.
“Como não esperamos que os fundamentos ou as distorções de mercado possam ser revertidas em breve (em 2011), a desvalorização do real atual e a alta volatilidade podem persistir por algum tempo”, projeta. Para a equipe econômica do banco, as autoridades monetárias devem agir para tentar suavizar os movimentos do real, seja por intervenção direta ou abrandamento das restrições à entrada de capital estrangeiro.
Para 2012, as projeções têm como cenário base uma recuperação dos preços das commodities e uma normalização de aversão ao risco global, o que pode valorizar o real em 2012. “Olhando para frente, os fundamentos podem prevalecer sobre os ruídos”, acredita o banco.
(Thais Folego | Valor)
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