XIIIIII. MERCADO NERVOSO..QUEDA GERAL
Avaliação de decisão do Fed traz manhã de cautela aos mercados externos
Por: Giulia Santos Camillo
17/12/08 - 09h15
InfoMoney
SÃO PAULO - O estímulo gerado no final da última sessão pela decisão do Federal Reserve parece ter dado lugar à cautelosa avaliação não apenas do corte mas também dos passos futuros no combate ao aprofundamento da crise. Depois que a autoridade monetária dos EUA levou o juro básico de 1% ao ano para a faixa entre 0% e 0,25% ao ano, os mercados amanhecem pressionados, em meio à sensação de que as armas do banc...
XIIIIII. MERCADO NERVOSO..QUEDA GERAL
Avaliação de decisão do Fed traz manhã de cautela aos mercados externos
Por: Giulia Santos Camillo
17/12/08 - 09h15
InfoMoney
SÃO PAULO - O estímulo gerado no final da última sessão pela decisão do Federal Reserve parece ter dado lugar à cautelosa avaliação não apenas do corte mas também dos passos futuros no combate ao aprofundamento da crise. Depois que a autoridade monetária dos EUA levou o juro básico de 1% ao ano para a faixa entre 0% e 0,25% ao ano, os mercados amanhecem pressionados, em meio à sensação de que as armas do banco estão acabando.
Enquanto o Banco Central norte-americano surpreende o mercado, o BoE (Banf of England) divulgou a minuta de sua última reunião, mostrando unanimidade em relação ao corte de 2% na taxa básica de juro do Reino Unido e tendo considerado uma redução ainda maior. Já o BCE (Banco Central Europeu) continua sinalizando uma pausa no ciclo de flexibilização monetária na reunião de janeiro.
Um dos segmentos que sofreram maior impacto da medida do Fed foi o câmbio. Somando a redução do juro básico dos EUA com as sinalizações de que o banco irá expandir a compra de títulos de dívida, o dólar começa esta quarta-feira (17) no patamar mais baixo dos últimos 13 anos frente ao iene e das últimas 11 semanas diante do euro. O movimento pressiona empresas européias que possuem parte significativa da receita na moeda norte-americana, como a farmacêutica Novartis.
Em sentido contrário, o petróleo abre a sessão em alta de cerca de 2%, impulsionado pela depreciação do dólar e expectativas de corte expressivo na produção da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo). Segundo o ministro de Petróleo da Arábia Saudita, Ali Al-Naimi, a organização irá reduzir a produção em 2 milhões de barris de petróleo por dia no início do próximo ano, injetando maior otimismo no mercado de commodities.
Noticiário corporativo
Em meio à avaliação das medidas do Fed, fica em destaque também o desempenho do setor bancário. As ações do BNP Paribas despencam 17% em Paris, após o banco anunciar um prejuízo de € 710 milhões no acumulado do ano em sua unidade de banco de investimento. A performance foi prejudicada pela turbulência nos mercados financeiros e pela exposição à fraude de Bernard Madoff.
Já os papéis do Deutsche Bank também registram queda expressiva de mais de 7% na Alemanha, após a instituição decidir não exercer sua opção de resgate de títulos subordinados de no valor de € 1 bilhão (US$ 1,4 bilhão), com vencimento em 2014. Conforme explicado pelo banco, a decisão foi tomada pois o custo de refinanciamento seria maior.
Perspectivas
Pressionadas pelo desempenho do setor bancário, as principais bolsas européias registram queda nesta manhã, movimento compartilhado pelos mercados futuros dos EUA. Já os índices asiáticos fecharam em alta, com rumores de que o Banco Central do Japão irá reduzir os custos de empréstimo ainda nesta semana.
No último pregão, o Ibovespa subiu 4,37%, para 39.993 pontos. Segundo analistas do Citigroup, "a flexibilização do Fed é negativa para o dólar, o que é positivo para as moedas da América Latina, e conseqüentemente oferece sustentação aos mercados acionários". O banco completa afirmando que "um forte rali de fim de ano está a caminho".
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