altarosa
- Dono
Para Carlos Eduardo Stempniewski, do Curso de Administração das Faculdades Integradas Rio Branco essa decisão acaba com a última alternativa interessante para as aplicações do pequeno e médio investidor. "Com esta proposta, os fundos de investimentos que comercializam os títulos da dívida do governo é que sairiam privilegiados", avalia.
Segundo ele, os grandes poupadores, detentores de R$ 122 bilhões destes recursos, tenderiam a migrar para estes investimentos onde é cobrada uma taxa anual em torno de 4%, contra a poupança onde eles não são remunerados. "O investidor vai receber menos e pagar uma taxa de administração para o banco", observa.
O especialista chama atenção para o fato de a poupança perdendo competitividade frente às outras opções de investimento causa um reflexo negativo para as metas do governo, na medida em que é a partir dela que os planos de ativação do setor da construção civil através de programas como Minha Casa, Minha Vida se sustentam.
Dados divulgados pelo governo sustentam que apenas 91 milhões de contas possuem até R$ 50.000,00. O ideal seria divulgarem quantos CPF's possuem até este valor. Este dado ignora o fato da antiga prática do "aniversário" da caderneta, quando os clientes eram instruídos a abrir várias cadernetas para não perder direito aos seus rendimentos. Isto significa que estes milhões de poupadores não serão pegos na tributação na fonte, porém não escaparão da declaração anual.
"Estima-se que mais da metade vá para a "repescagem". O resultado de tudo será um aumento anual na arrecadação do governo de mais de R$ 1 bilhão para o próximo ano, o que reforça a necessidade do Governo aumentar a arrecadação tributária para cobrir os déficits crescentes de suas contas, juntamente com a tentativa de ressuscitar a CPMF, agora na versão CSS", finaliza.
(Simone e Silva Bernardino - Agência IN)
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