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Notícia: Cade Decide Futuro Da Brasil Foods

ebigatan
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Da redação InvestMais – www.revistainvestmais.com.br .


Órgão de defesa econômica pode desfazer compra da Sadia pela Perdigão e jogar muita confusão no mercado


O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) julga hoje uma de suas ações mais importantes: a compra da Sadia pela Perdigão (desculpem-me os que acham que foi uma fusão, mas não foi, a Sadia estava quebrada por conta de operações com derivativos e a Perdigão simplesmente assumiu o negócio). A ação é tão ou mais importante que a compra da Brasil Telecom pela Oi pois ela afeta a vida de milhões de brasileiros e o bolso de milhares de investidores. No caso da BrT e da Oi, ambas tinham um quase monopólio em suas áreas de atuação, ou seja, o consumidor continuava preso a uma delas. No caso da Sadia e da Perdigão, a concorrência em muitos setores simplesmente desaparece.


O que o investidor deve acompanhar atentamente para saber se as ações da BRFS continuarão atrativas após o resultado final do julgamento? Em primeiro lugar, será necessário ver se o CADE manterá o voto do relator, que é pela anulação completa da fusão entre as duas empresas. Se isso acontecer, a Brasil Foods terá que separar tudo o que já foi unido após esses dois anos de fusão: distribuição, relacionamento com produtores e fornecedores, logística, comércio exterior, recursos humanos e relações com investidores. Nesse caso, o cenário é bem ruim para o investidor, pois além de todos os detalhes técnicos operacionais, a BRFS assumiu dívidas para concretizar a fusão e ninguém sabe com quem ficará esse ônus.


Há uma esperança, porém, de que o voto final não seja tão contundente. Logo após a declaração do voto do relator, a BRFS finalmente desceu de seu pedestal e foi conversar com o CADE. Sim, apesar de parecer insano, até o dia do início do julgamento a BRFS, através de seus executivos, se recusava a cogitar a hipótese de diálogo com o órgão regulador, talvez amparada na decisão anterior que permitiu outra barbaridade em termos de concentração de poder, a que gerou a AmBev. Dessa vez parece que o CADE pensou no consumidor e nos fornecedores (e também na empáfia da BRFS) e vetou tudo.


A esperança é de que a BRFS ofereça alguns anéis, inclusive alguns preciosos, para manter os dedos. Uma oferta radical que teria grandes chances de ser aceita pelo CADE seria a empresa abrir mão de uma das duas principais marcas, Sadia ou Perdigão, e manter todo o resto integrado. A oferta é radical pois há alguns setores em que a Sadia é líder de mercado e outros em que a Perdigão é líder, logo, oferecer qualquer marca para manter a fusão significaria abrir mão da liderança de algum setor. Mas seria menos pior perder isso que perder toda a fusão.


Outra possibilidade seria desfazer-se de algumas marcas menores adquiridas ao longo do tempo, como Batavo, Elegê, Doriana, Cotochés etc. Resta saber se o CADE aceitaria isso como aceitou a cessão da marca Bavaria no caso da AmBev. Nesse caso, os prejuízos em termos de receita para a BRFS seriam mínimos e a história da AmBev se repetiria: uma empresa concorrente compraria a marca menor, faria um estardalhaço de saída e depois sumiria. A BRFS poderia melhorar essa oferta incluindo algumas fábricas na negociação, o que seria ainda mais bem apreciado pelo CADE.


De certo é que a BRFS pediu ao CADE para adiar o julgamento de hoje para ela poder elaborar ofertas mais vantajosas com o objetivo de preservar a fusão. Vender marcas menores poderá ter um efeito financeiro imediato sobre o balanço da BRFS, mas poderá impedir um crescimento mais duradouro, pois a empresa usava as marcas menores para penetrar em nichos de mercado mais lucrativos e regionalizados. Ceder uma das duas marcas principais seria muito ruim, pois um novo player no mercado (um estrangeiro capitalizado, por exemplo, não uma JBS ou Marfrig, que já estão endividadas) poderia assumir rapidamente uma posição relevante e pressionar as margens da BRFS. Não oferecer nada pode significar o fim da fusão, e isso é ruim pra todo mundo. Por tudo isso, recomenda-se moderar o apetite antes de apostar em qualquer coisa vinda da BRFS.


Em tempo: Sim, investidor, você pode e deve reclamar da demora do CADE em julgar fusões e aquisições, mas isso só vai mudar se você acompanhar o governo que você elegeu e pedir mudanças. A hora é agora.


Bons Investimentos!


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  • 15 Jun 2011, 15:51
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