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- 07/06/2007
CSN prevê alta superior a 50% no preço do minério
|Por Natalia Gómez
Agência Estado A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) informou hoje que espera um reajuste superior a 50% no preço do minério de ferro para 2008. O diretor-executivo financeiro da companhia, Otávio Lazcano, afirmou hoje, em teleconferência com a imprensa, que o mercado está aquecido. Ele destacou que a CSN não participa das negociações internacionais de preço, que estão sendo lideradas pela Vale do Rio Doce, maior produtora de minério de ferro do mundo.
Para aproveitar o bom momento, a CSN está investindo pesado para aumentar sua produção. Em 2008, a empresa espera vender 30 milhões de toneladas de minério, o que pode trazer uma receita de US$ 1,5 bilhão. Segundo Lazcano, a operação vai gerar um lucro antes de impostos e amortizações de US$ 800 milhões no ano que vem. Outras 8,5 milhões de toneladas de minério produzidas pelo grupo serão utilizadas no processo produtivo da própria CSN em Volta Redonda (RJ) em 2008. Em 2009, a empresa pretende produzir 38 milhões de toneladas.
Até o final do terceiro trimestre de 2007, a CSN produziu 7 milhões de toneladas de minério. O executivo afirmou que a mina de Casa de Pedra vai produzir 17 milhões de toneladas em 2008, 30 milhões em 2009, 40 milhões em 2010 e 65 milhões de toneladas a partir de 2011. A companhia de Fomento Mineral (CFM), adquirida em julho de 2007 pela CSN, por meio da sua subsidiária integral Namisa, deve agregar ao grupo 13,5 milhões de toneladas em 2008, 14,5 milhões em 2009, 15,5 milhões em 2010 e 12 milhões a partir de 2011.
Os investimentos para Casa de Pedra somam US$ 2,7 bilhões, dos quais US$ 621 milhões já foram realizados até setembro. Além da ampliação da mina, o projeto prevê investimentos no porto e em usinas de pelotização.
Segundo Lazcano, todo o volume de 2008 e 2009 já foi comercializado no mercado. A Vale do Rio Doce, com quem a CSN enfrenta uma disputa judicial em torno do direito de preferência sobre o excedente da produção da mina, comprará 8 milhões de toneladas de minério da siderúrgica em 2008, 11 milhões em 2009 e 6 milhões ao ano entre 2010 e 2015. "A questão do excedente não atrapalha nossa relação com a Vale. O dinheiro da empresa é tão bom quanto o de qualquer outro cliente", afirmou Lazcano.