goncalves62
- Dono
- 5021
- 25/08/2009
Gráfico Intraday: Fundo Invest Amazonia Finam | Gráfico Longo-Prazo: Fundo Invest Amazonia Finam |
Em 2001, após a ocorrência de denúncias de irregularidades, a SUDAM e o FINAM foram extintos - sendo que este último, um fundo de captação de recursos para investimento na Amazônia, deixou de apoiar novos projetos, mantendo-se apenas o apoio àqueles que já existiam.
No entanto, em 2006, o Governo Lula aprovou a recriação da SUDAM, e junto com ela, o FDA (Fundo de Desenvolvimento da Amazônia) - que veio com o objetivo de substituir o FINAM.
No entanto, conforme o texto que posto abaixo, já é de longas datas que especialistas e membros do Governo Lula defendem a reativação do FINAM, para que este atue como fomentador de investimentos em conjunto com o FDA.
Sendo assim, senhores, pode ser esta possibilidade o motivo de euforia com os papéis FNAM11...
Acredito que se isto ocorrer (a reativação do FINAM), teremos um fenômeno semelhante ao da Telebrás...
A única coisa que estranho é o fato de mesmo parecendo estar desativado, o Banco da Amazônia mantém em seu site informações sobre o FINAM. Estranha esta visão do Banco da Amazônia, não!?
Ahhhh...e antes que me esqueça, segundo os textos que li, o Banco da Amazônia tem grande interesse de reativar o FINAM, pois este banco recebia $$ para gerenciar o fundo. E adivinhem de onde vem este dinheiro???? Do Governo Federal...
---------------------------------------------
Sudam ressurgirá com novas missões - 18/08/2003
Local: Cuiabá - MT
Fonte: Diário de Cuiabá
Link: www.diariodecuiaba.com.br
Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia será recriada pelo Governo Lula, ainda este mês
O modelo da nova Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) será apresentado oficialmente nessa quinta-feira, dia 21, em Belém, capital do Pará, em cerimônia presidencial. A proposta prevê uma megaestrutura organizacional, com atribuições e uma fonte a mais de recursos do que a antecessora, a Agência de Desenvolvimento da Amazônia (ADA).
De acordo com o Projeto de Lei Complementar que será assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante o evento, a nova Sudam não se resumirá a uma financiadora de projetos. A Superintendência deverá atuar como agência de pesquisas, central de planejamento e de financiamento.
A proposta é de que a Sudam coordene ainda todos os projetos de investimentos públicos nos Estados da Amazônia Legal. Para cumprir tantas atribuições, propõe-se a criação de mais 16 gerências executivas, que somadas às quatro existentes, chegaria a 20 gerências.
Segundo o presidente da Agência de Desenvolvimento da Amazônia (ADA), Pepeu Garcia, outro avanço do novo modelo é a garantia de duas fontes de recursos. A extinta Sudam financiava os projetos com verba proveniente do Fundo de Investimento da Amazônia (Finam), que centralizava as contribuições das empresas.
Com a criação da ADA, em 2002, extinguiu-se o Finam e os recursos passaram a advir do Fundo de Desenvolvimento da Amazônia (FDA), mais dotações consignadas junto ao Orçamento Geral da União. O grupo interministerial que coordena o projeto atual requer a volta do Finam, mais recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Econômico (FNDE).
Segundo Pepeu Garcia, a discussão que se trava agora é se as duas fontes de recursos serão unificadas não. “O importante é que se tenha a garantia de duas fontes de recursos, de dois pontos de origem dos recursos", considerou. A intenção é de que a parcela proveniente do Governo Federal seja constitucionalizada, a fim de evitar perdas à Superintendência.
O maior avanço no novo projeto apontado pelo ministro da Integração Nacional, Ciro Gomes, a cuja pasta o órgão estará vinculado, é o sistema de “blindagem”. Conforme Garcia, a proposta dificulta ao máximo o desvio de recursos. Ele explicou que o banco operador a ser escolhido para trabalhar com a Sudam terá que atuar conjuntamente no controle da aplicação dos recursos.
Antes, a Sudam operava exclusivamente com o Basa – Banco da Amazônia, ao qual competia cumprir as ordens de pagamento emitidas pela Superintendência. Nesse momento, estuda-se qual será o banco federal a atuar em parceria com a Sudam e com um leque ampliado de responsabilidades.
ONU e Equador criam fundo para proteger a Amazônia contra exploração de petróleo
Previsão é de que em 18 meses o valor chegue a US$ 100 milhões.
País está disposto a renunciar a 850 milhões de barris de óleo.
O Equador definiu nesta terça-feira (6) a criação de um fundo administrado pela Organização das Nações Unidas (ONU) para receber doações que compensem o país por uma futura suspensão da exploração de seu maior campo petrolífero, situado no coração da selva amazônica, para proteger os recursos naturais.
O fundo será administrado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), mas o Equador decidirá em quais projetos serão investidos os recursos doados. A previsão é de que nos primeiros 18 meses o valor chegue a US$ 100 milhões (cerca de R$ 174,8 milhões).
O governo equatoriano está disposto a renunciar a cerca de 850 milhões de barris de petróleo do campo de Ihspingo-Tambococha-Tiputini (ITT), a "joia da coroa" do petróleo do país, mas em troca espera a compensação de pelo menos metade dos US$ 7 bilhões (cerca de R$ 12,2 bilhões) que deixaria de receber.
O ITT fica no centro do Parque Nacional Yasuní, uma das reservas com maior biodiversidade do planeta, com cerca de 982 mil hectares. "A assinatura do instrumento financeiro é parte desse esforço permanente para nos aproximarmos da utopia de ter um planeta que respeite os direitos dos seres vivos", disse a ministra do Patrimônio, María Fernanda Espinosa, durante a cerimônia.
"A iniciativa Yasuní-ITT faz do Equador um país líder da conservação da biodiversidade, mitigação das mudanças climáticas e desenvolvimento social com justiça ambiental em nível mundial", acrescentou.
O campo ITT representa 20% das reservas petrolíferas do país, menor integrante da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).Os recursos arrecadados serão destinados ao desenvolvimento de energias alternativas.
O Parque Yasuní foi declarado pela Unesco Reserva Mundial da Biosfera em 1989. (Foto: Arte G1)
As autoridades garantiram que o país recebeu o apoio formal de Alemanha, Bélgica, União Europeia, Itália e Espanha. A Alemanha se comprometeu a entregar 50 milhões de euros (cerca de R$ 115,1 milhões) por ano.
Nas próximas semanas, representantes do governo equatoriano viajam por vários países, incluindo nações árabes, para obter aportes individuais e de empresas privadas.
O argumento do Equador para promover esse fundo é de que, ao deixar de explorar o campo ITT, o país evitará a emissão de 407 milhões de toneladas de carbono na atmosfera, quantidade equivalente às emissões de países como Brasil e França em um ano.
Em troca dos recursos, serão emitidos certificados de garantia em favor dos doadores, o que permitirá que os recursos lhe sejam devolvidos no caso de o Equador decidir explorar o campo. Se num determinado período o país não conseguir arrecadar os recursos, poderá explorar o ITT.
O Parque Yasuní foi declarado pela Unesco Reserva Mundial da Biosfera em 1989. Segundo estudos científicos, em apenas um hectare o parque abriga cerca de 655 espécies de árvores e arbustos, cerca de 590 espécies de aves e 80 tipos de morcegos, entre outras classes de flora e fauna.