MISTER_ SHARK
- Dono
- 16930
- 08/07/2010
vamos observar o fechamento acima dos 43 para possivel especuleta.
Natura se nega a comentar interesse por Avon
SÃO PAULO - A Natura voltou a dizer que não comenta rumores de mercado envolvendo uma possível proposta de aquisição da concorrente americana Avon, que recentemente recebeu uma oferta de compra da Coty, também dos Estados unidos, no valor de US$ 10 bilhões. “Não vamos fazer nenhum comentário”, afirmou Alessandro Carlucci, diretor-presidente da companhia, quando questionado na manhã de hoje sobre o assunto.
Perguntado então se a negativa se referia a rumores de forma geral ou ao negócio específico, o executivo disse que a empresa não comenta “sobre possíveis parcerias ou aquisições”. “Achamos que é o certo do ponto de vista de governança corporativa”, afirmou ele, que participou de evento com acionistas após a realização da assembleia geral da companhia.
Depois de a Avon ter rejeitado a oferta de compra feita pela Coty, na semana passada, surgiram comentários no mercado de que a empresa americana poderia interessar à Natura.
O presidente da fabricante de cosméticos também reforçou a confiança da Natura no modelo de venda direta, e descartou qualquer iniciativa envolvendo a abertura de redes de lojas. “A estratégia continua a mesma. Abrimos uma lojas na rua Oscar Freire (na região dos Jardins, em São Paulo), mas só para construir marca”, garantiu o executivo, acrescentando que a loja é temporária.
“Com o modelo de venda direta estamos mais perto do consumidor do que o varejo com a loja”, reforçou Pedro Passos, co-presidente do conselho de administração e um dos fundadores da Natura.
Carlucci lembrou ainda que no segundo semestre a companhia inicia um projeto piloto que prevê o uso de redes de tecnologia para realização dos pedidos e a possibilidade de entrega direta dos produtos aos clientes. “Mas essa possibilidade não retira o papel da consultora”, que vai continuar a participar do processo de venda, segundo ele.
BTG comenta rumor de que Natura pode fazer oferta pela Avon
Por Ana Paula Ragazzi | São Paulo| Valor Econômico
SÃO PAULO – Os analistas do BTG Pactual divulgaram relatório a clientes comentando rumores no mercado de que a Natura poderia estar preparando uma oferta para comprar a concorrente Avon.
Procurada pelo Valor, a Natura informa que “tem como política não comentar questões relacionadas a este tema”.
Na avaliação dos analistas do BTG, uma eventual oferta não é impossível, embora eles não apostem que ela de fato irá acontecer. Para eles, um negócio deste tamanho não parece combinar com o perfil da Natura, já que a empresa sempre privilegiou crescimento orgânico em vez de grandes aquisições.
Além disso, um negócio com a Avon parece a eles muito ambicioso. E, embora a companhia seja desalavancada e haja espaço para endividamento, uma oferta de ações para levantar recursos seria inevitável.
Os rumores apareceram no mercado também em função de algumas propostas de alteração de suas estruturas, que a Natura examina em assembleia dia 13.
Entre as propostas, a possibilidade de aumentar o capital total de 431 milhões de ações para 441,3 milhões de ações. Elevar o número máximo de conselheiros de 7 para 9. Eliminar a necessidade de a companhia operar com três co-presidentes. Permitir a emissão de debêntures conversíveis em ações e uma série de modificações no estatuto relativas a uma eventual mudança no controle para cumprir as novas regras do Novo Mercado.
O BTG afirma que conversou com a Natura e que os administradores informaram que as propostas são um passo para a perpetuação da empresa, com estatuto mais flexível. Eles também informaram que os acionistas controladores permanecerão na companhia.
Depois de subir 3,8% ontem, as ações da Natura, há pouco, avançavam 1,6% há pouco.
O BTG destaca também que na semana passada a Coty fez uma oferta amigável de compra para a Avon, oferecendo US$ 10 bilhões. A Avon rejeitou a oferta, afirmando que a venda seria contrária aos interesses dos acionistas. A oferta foi a US$ 23,25 por ação, com prêmio de 20% sobre a cotação de mercado.