Variação Mensal da Dívida Pública Federal

A Dívida Pública Federal (DPF) apresentou crescimento, em termos nominais, de 4,79%, passando de R$ 2.213,35 bilhões, em fevereiro de 2015, para R$ 2.441,20 bilhões, em março de 2015. O aumento da dívida brasileira ocorreu, principalmente, pela emissão líquida de R$ 103,13 bilhões da Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) e de R$ 8,46 bilhões da Dívida Pública Federal externa (DPFe).

Brasil: dívida pública federal subiu 4,79% no terceiro mês de 2015

A tabela acima descreve a movimentação financeira (em R$ Milhões) relacionada à dívida pública federal durante o mês anterior e o mês atual.

De acordo com o Plano Anual de Financiamento (PAF) divulgado pelo Tesouro Nacional, a dívida pública brasileira deverá encerrar o ano entre R$ 2.450,00 bilhões e R$ 2.600,00 bilhões. 

Composição da Dívida Pública Federal

A DPMFi teve seu estoque elevado em 4,66%, ao passar de R$ 2.213,35 bilhões para R$ 2.316,49 bilhões, devido principalmente à emissão líquida, no valor de R$ 73,63 bilhões, acrescida pela apropriação positiva de juros, no valor de R$ 29,50 bilhões. Com relação ao estoque da DPFe, houve elevação de 7,27% sobre o estoque apurado no mês de fevereiro, encerrando março em R$ 124,72 bilhões (US$ 39,25 bilhões), sendo R$ 113,24 bilhões (US$ 35,67 bilhões) referentes à dívida mobiliária e R$ 11,48 bilhões (US$ 3,58 bilhões), à dívida contratual. A variação deveu-se principalmente pela desvalorização do Real frente às moedas que compõem o estoque da dívida externa.

A tabela acima classifica a dívida pública federal brasileira por tipo de título ou contrato. Verifique qual o valor (em R$ Bilhões) do estoque da dívida para cada tipo de ativo financeiro, tanto no mês atual quanto no mês anterior. Confira também a variação percentual mensal e a participação percentual do valor da dívida de cada componente.

Dívida Pública Federal por Tipo de Indexador

As participações da DPMFi e da DPFe sobre o montante total da dívida pública brasileira variaram em relação ao mês anterior, fechando o terceiro mês do ano em 94,89% e 5,11%, respectivamente. Os títulos públicos prefixados, que registraram redução mensal de 8,39% entre os dois meses, passaram a responder por 41,08% do total da dívida. Os títulos públicos remunerados por índices de preços tiveram crescimento mensal de 2,90% e passaram a compor 34,62% da DPF. Os estoques de títulos públicos indexados por taxa flutuante também cresceram entre os dois períodos (0,16%) e passaram a responder por 19,13% da dívida total. A dívida cambial subiu 8,04% entre fevereiro e março de 2015, respondendo por 5,18% do valor total da DPF.  

A tabela acima classifica a dívida pública federal brasileira por tipo de indexador dos 'titulos ou contratos. Verifique qual o valor (em R$ Bilhões) do estoque da dívida para cada tipo de remunerador, tanto no mês atual quanto no mês anterior. Confira também a variação percentual mensal e a participação percentual do valor da dívida de cada indexador.

Investidores aumentam exposição aos títulos da dívida brasileira em março de 2015

De acordo com o PAF do Tesouro Nacional previsto para 2015, a dívida pública federal do Brasil será composta por: títulos prefixados (entre 40% e 44% do valor total da dívida), títulos remunerados por índice de preços (entre 33% e 37% do valor total da dívida), títulos remunerados por taxa flutuante (entre 17% e 22% do valor total da dívida) e títulos ou contratos cambiais (entre 4% e 6% do valor total da dívida).

Dívida Pública Federal por Tipo de Detentor

Todas as classes de detentores de títulos públicos emitidos pelo governo federal aumentaram seus estoques no terceiro mês do ano. A categoria Instituições Financeiras apresentou crescimento no seu estoque, passando de R$ 614,19 bilhões para R$ 634,40 bilhões, entre fevereiro e março. Sua participação relativa diminuiu de 27,75% para 27,39%. Os Fundos de Investimento apresentaram acréscimo em seu estoque de R$ 450,85 bilhões para R$ 458,75 bilhões. Sua participação relativa diminuiu de 20,37% para 19,80%. A participação dos Não-residentes na DPMFi baixou de 20,28% para 20,27%, tendo seu estoque apresentado um acréscimo de R$ 20,65 bilhões. O grupo Previdência também apresentou variação positiva em seu estoque, passando de R$ 384,52 bilhões para R$ 425,09 bilhões. O grupo Governo apresentou decréscimo na participação relativa, atingindo 5,68%. O estoque das Seguradoras apresentou variação positiva, passando para R$ 91,90 bilhões em março. Observa-se que os Não-residentes possuem 82,2% de sua carteira em títulos prefixados, enquanto a carteira da Previdência é composta de 66,3% de títulos vinculados a índices de preços.

A tabela acima classifica a dívida pública federal brasileira por tipo de detentor. Verifique qual o valor (em R$ Bilhões) do estoque da dívida nas mãos de cada tipo de detentor, tanto no mês atual quanto no mês anterior. Confira também a variação percentual mensal e a participação percentual do valor da dívida de cada detentor.

Prazo de Vencimento da Dívida Pública Federal

De acordo com o Tesouro Nacional, o percentual de títulos e contratos da Dívida Pública Federal (DFP) a vencer nos próximos doze meses registrou redução, passando de 25,36% em fevereiro de 2015, para 23,10% em março de 2015. Chama bastante atenção o fato dessa taxa deixar de extrapolar o percentual máximo vincendo em 12 meses estipulado pelo Tesouro Nacional, tal qual havia ocorrendo nos últimos dois meses. De acordo com seu Plano Anual de Financiamento, os limites mínimo e máximo de títulos e contratos vencendo a curtíssimo prazo são, respectivamente, 21% e 25%.

A maior parte das obrigações da DPF tem prazo de vencimento acima de cinco anos (30,38%). A parcela de títulos e contratos restantes têm prazo de vencimento de: 1 a 2 anos (18,39%), 2 a 3 anos (10,75%), 3 a 4 anos (11,62%) e 4 a 5 anos (5,75%).

A tabela acima classifica a dívida pública federal brasileira por prazo de vencimento. Verifique qual o valor (em R$ Bilhões) do estoque da dívida em cada período de vencimento, tanto no mês atual quanto no mês anterior. Confira também a variação percentual mensal e a participação percentual do valor da dívida em cada prazo.

Parcela da Dívida Pública Federal com Vencimento em até 12 Meses

O volume de títulos da DPMFi a vencer em até 12 meses passou de 26,00%, em fevereiro, para 23,78%, em março. Os títulos prefixados correspondem a 69,73% deste montante, seguidos pelos títulos indexados a índice de preços, os quais apresentam participação de 19,57% desse total. Em relação à DPFe, observou-se que o percentual vincendo em 12 meses passou de 13,01%, em fevereiro, para 10,48%, em março, sendo os títulos e contratos denominados em dólar responsáveis por 54,81% desse montante. Destaca-se que os vencimentos acima de 5 anos respondem por 55,76% do estoque da DPFe.

Brasil: perfil de vencimento dos títulos da dívida pública federal em março de 2015

A tabela acima demonstra o valor total do estoque (em R$ Bilhões) da dívida pública federal com vencimento em até doze meses. Confira o valor total em estoque da dívida de curtíssimo prazo no mês anterior e no mês atual, assim como a variação percentual mensal e a participação percentual dos componentes da dívida pública brasileira. 

Prazo Médio de Vencimento da Dívida Pública Federal

O prazo de vencimento médio da DPF aumentou, passando de 4,54 anos, em fevereiro, para 4,59 anos, em março. Mesmo com o aumento registrado no terceiro mês do ano, o prazo médio permanece dentro do limite estabelecido pelo Plano de Financiamento Anual, entre 4,40 e 4,60 anos.

A tabela acima descreve o prazo médio de vencimento (em anos) de cada um dos componentes da dívida pública federal brasileira, tanto no mês anterior quanto no mês atual.

Vida Média da Dívida Pública Federal

De acordo com o Tesouro Nacional, a vida média da DPF brasileira em março de 2015 é de 6,72 anos. A vida média é calculada por meio da média ponderada do tempo restante até o vencimento de cada um do títulos que compõem a DPF, considerando apenas o principal. A ponderação ocorre pelo valor de cada título, utilizando-se o seu valor de face.

A tabela acima descreve a vida média (em anos) de cada um dos componentes da dívida pública federal brasileira, tanto no mês anterior quanto no mês atual.

Custo Médio da Dívida Pública Federal

O custo médio acumulado nos últimos doze meses da Dívida Pública Federal aumentou de 12,62% ao ano, em fevereiro de 2015, para 13,82% ao ano, em março de 2015. O aumento de 1,20% foi causado, principalmente, pelo aumento no custo médio do estoque da dívida externa e da dívida interna que cresceram, respectivamente, 15,98% e 0,41% entre os períodos. A valorização da cotação do dólar frente o real foi o principal responsável pela queda no custo médio da dívida exterior. O dólar subiu 11,46% em março de 2015, contra uma desvalorização de 3,02% ocorrida no mesmo período do ano anterior.

Brasil: custo médio da dívida pública federal em março de 2015

A tabela acima descreve o custo médio percentual anualizado (acumulado em doze meses) de cada um dos componentes da dívida pública federal brasileira, tanto no mês anterior quanto no mês atual.

Últimas Notícias sobre a Dívida Pública Federal

Títulos Públicos Federais Negociados no Tesouro Direto

O estoque de títulos no programa Tesouro Direto alcançou o valor de R$ 16.274,93 milhões em março de 2015 – um acréscimo de 2,08% em relação ao mês anterior. As Notas do Tesouro Nacional Série B Principal (NTN-B Principal), títulos cuja rentabilidade está atrelada à variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), respondem pela maior parcela do estoque de títulos do Tesouro Direto (45,55%). No terceiro mês do ano, 12.570 novos investidores se cadastraram no programa de títulos públicos do Governo Federal.

Estoque de títulos públicos no Tesouro Direto sobe 2,08% no terceiro mês de 2015

A tabela acima demonstra a movimentação de compra e venda de títulos públicos federais através do Tesouro Direto. Confira o valor total (em R$ Milhões) dos títulos públicos federais emitidos, resgatados (recomprados e vencidos) e em estoque no mês atual, assim como a participação percentual de cada um deles.

Volume Financeiro dos Títulos Públicos Federais Negociados no Tesouro Direto

De acordo com o Tesouro Nacional, o volume financeiro médio diário gerado pelos títulos negociados no mercado secundário aumentou de R$ 18,16 bilhões, em fevereiro de 2015, para R$ 27,98 bilhões, em março de 2015.

Tesouro Direto: volume negociado pelos títulos públicos federais em março de 2015

A tabela acima compara o volume financeiro gerado pela negociação de títulos públicos federais através do Tesouro Direto entre o mês anterior e o mês atual. Demonstra também a participação percentual de cada um dos títulos no mês atual.

Rentabilidade dos Títulos Públicos Federais Negociados no Tesouro Direto

Com relação à rentabilidade dos títulos públicos federais negociados no Tesouro Direto, a maior variação da taxa de retorno foi registrada pelos títulos indexados pela taxa básica de juros – a Taxa SELIC. A rentabilidade desses títulos aumentou 0,26 ponto percentual em março de 2015. Os títulos prefixados, por sua vez, tiveram uma redução de 0,40 ponto percentual. Já os títulos indexados pelo Índice Geral de Preços Mercado (IGP-M), apresentaram uma retração mensal de 1,18% à sua taxa de remuneração. Por fim, os títulos públicos indexados pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registraram uma redução de 0,42 ponto percentual.

Tesouro Direto: rentabilidade dos títulos públicos federais em março de 2015

A tabela acima compara a rentabilidade anualizada dos títulos públicos federais negociados no Tesouro Direto entre o mês anterior e o mês atual.