Mercado de Câmbio Brasileiro em 10 de Abril de 2014

O dólar interrompeu uma sequência de quatro quedas seguidas nesta quinta-feira, ao fechar com leve alta e voltando ao patamar de R$ 2,20. Os investidores parecem estar cautelosos sobre o quão mais a moeda norte-americana pode cair.

A divisa dos Estados Unidos teve ganho de 0,30%, fechando cotada a R$ 2,2040 na venda e a R$ 2,2025 na compra, depois de acumular perda de 3,72% nos quatro pregões anteriores. O giro financeiro ficou em torno de R$ 2 bilhões.

Abertura do Mercado de Câmbio

O dólar abriu a sessão de negociação desta quinta-feira em baixa de -0,22%, cotado a R$ 2,1926 para venda e R$ 2,1921 para compra.

No pregão anterior, a divisa dos Estados Unidos fechou com queda de -0,25%, cotada a R$ 2,1975 na venda e a R$ 2,1965 na compra.

Especulação

Alguns investidores acreditam que o dólar mais barato, apesar de ajudar no combate à inflação, desagradaria o governo, pois prejudica as exportações. Com o dólar mais barato, os preços dos produtos brasileiros ficam mais caros no exterior, perdendo mercado para empresas estrangeiras.

Deste modo, é natural que o mercado recue um pouco de sua posição vendedora, aguardando os próximos passos do governo.

O dólar recuou fortemente ante o real nas últimas semanas, refletindo as expectativas de entradas de recursos no país diante dos juros elevados e de série de captações corporativas no exterior. Além disso, o humor também melhorou no mercado internacional.

Isso levou a moeda norte-americana a testar nas últimas sessões o nível de R$ 2,20, inédito desde outubro passado. Após fechar a véspera abaixo desse patamar de suporte, a divisa norte-americana oscilou em torno dessa cotação durante todo o pregão desta quinta-feira. Na mínima, atingiu R$ 2,1825 e na máxima, R$ 2,2076.

Taxa Selic

O Banco Central pode interromper o ciclo de altas da taxa básica de juros (taxa selic) já em maio, apesar da aceleração da inflação de alimentos, afirmou nesta quinta-feira o presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini

Questionado se o BC estaria no ponto de interromper o aumento do juros, iniciado em abril do ano passado, Alexandre Tombini respondeu: "É uma possibilidade. As pessoas ainda estão lendo a ata do Comitê de Política Monetária (Copom). Vamos ver, temos quase dois meses entre agora e a próxima reunião, que será no fim de maio.

Na última reunião do Copom, o BC elevou a taxa básica de juros de 10,75% para 11,00% ao ano.

Ata do Copom

Pela ata, o BC defendeu que a política econômica deve permanecer "vigilante", retirando a expressão "especialmente" usada até então. A próxima reunião do Copom ocorre em 27 e 28 de maio.

Uma taxa de juros mais alta significa maiores rendimentos. Isso tende a atrair investidores estrangeiros para o país e, com isso, há mais entrada de dólar. Se o BC parar de subir a Selic, menos dólares entrariam no Brasil e, assim, ele tende a ficar mais caro.

Banco Central (BC)

Pela manhã, a autoridade monetária deu continuidade às atuações diárias, vendendo a oferta total de até 4 mil swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares. Foram 3 mil contratos para 01 de dezembro deste ano e 1 mil para 02 de março do próximo, com volume equivalente a 198,5 milhões de dólares.

Em seguida, também vendeu a oferta total de até 10 mil swaps em leilão para rolagem dos vencimentos em 2 de maio. No total, a autoridade monetária já rolou cerca de 28% do lote total que vence no próximo mês, correspondente a 8,733 bilhões de dólares.

Fechamento do Mercado de Câmbio

O dólar comercial fechou em alta de 0,30% nesta quinta-feira, a R$ 2,2040 na venda e R$ 2,2025 na compra. Nas últimas quatro sessões, a moeda norte-americana havia fechado em queda, acumulando perdas de 3,72%.

Lista Completa de Cotações Intraday