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Mercado de Câmbio Brasileiro em 11 de Abril de 2014

O dólar fechou em alta ante o real nesta sexta-feira, acompanhando a cena externa e dando continuidade ao movimento da véspera, quando interrompeu série de quatro quedas seguidas que o levaram abaixo do patamar de R$ 2,20. A moeda norte-americana encerrou o dia com avanço de 0,78%, cotado a R$ 2,2213 na venda. O volume financeiro ficou em torno de US$ 1,1 bilhão.

O mercado ainda absorvia nesta sexta-feira tanto o tom da ata do Copom e das declarações do presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, quanto aos riscos elevados no cenário de inflação. As constantes injeções de liquidez pelo Banco Central (BC) e a percepção de que a autoridade monetária não trabalhará contra novas quedas do dólar também ajudam a reduzir o apetite comprador.

Na semana, entretanto, o dólar acumulou queda de um por cento. No mês, a divisa tem desvalorização de 2,12% e, no ano, de 5,78%.

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Mercado de Câmbio Internacional

No mercado internacional, o dólar subiu frente a diversas moedas após a forte queda nas bolsas de valores norte-americanas no dia anterior e nesta sessão, levando os investidores a buscarem mais proteção.

Ata do Copom

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central suavizou um pouco o discurso contido na ata de sua última reunião, realizada no início de abril, quando a taxa básica da economia brasileira avançou de 10,75% para 11,00% ao ano.

No documento divulgado ontem, o BC retirou uma frase que aparecia na ata da reunião anterior. A autoridade monetária retirou a análise de que o BC "entende ser apropriada a continuidade do ajuste das condições monetárias ora em curso", feita em fevereiro. Em seu lugar, afirmou apenas que o "Copom entende ser apropriado ajustar as condições monetárias".

O entendimento de que o BC está adotando um discurso menos duro também já havia sido feito pelos analistas do mercado financeiro, com base na frase divulgada pelo BC logo após a última reunião do Copom, na semana passada.

Ao anunciar a elevação dos juros para 11,00% ao ano, no início de abril, o BC informou que "irá monitorar a evolução do cenário macroeconômico até sua próxima reunião, para então definir os próximos passos na sua estratégia de política monetária".

Nos comunicado da reunião anterior, de fevereiro, o recado do BC era um pouco mais forte. A instituição informava que estava "dando prosseguimento" ao processo de ajuste da taxa básica de juros, iniciado na reunião de abril de 2013 e que, por isso, havia decidido elevar os juros para 10,75% ao ano em fevereiro.

Alexandre Tombini

Em entrevista ao The Wall Street Journal, Alexandre Tombini disse que a depreciação do real no ano passado atrapalhou a estratégia de reduzir a inflação, apesar do aperto monetário já em curso na ocasião.

O presidente do BC afirmou ainda que parte do movimento de alta da taxa selic desde o ano passado esteve relacionado à tentativa de conter os efeitos secundários da depreciação cambial e reconheceu que os movimentos da taxa de câmbio influenciam, sim, a trajetória da inflação.

A leitura do mercado é que o BC não fará grandes esforços para impedir uma valorização adicional do real, o que traria um alívio à inflação. Essa ideia ganhou força depois que o BC anunciou que faria leilões de rolagem de swap cambial tradicional mesmo com o dólar oscilando em torno de R$ 2,20.

Banco Central (BC)

O BC novamente vendeu hoje todos os quatro mil contratos de swap cambial tradicional, em operação que funcionou como uma injeção de US$ 198,2 milhões no mercado futuro.

Além da venda líquida de papéis, o BC fez a rolagem de mais 10 mil contratos de swap cambial tradicional ofe rtados em leilão, postergando o vencimento do equivalente a US$ 494,0 milhões nesses contratos. Com a operação de hoje, o BC elevou a US$ 2,9638 bilhões o montante rolado referente aos swaps com vencimento em maio, de um total de US$ 8,733 bilhões.

O fato de o BC continuar fazendo rolagens de swap a despeito do nível mais baixo do dólar é um indicativo de que a taxa de câmbio é o instrumento que provavelmente servirá para amortecer pressões de preços. O BC tem colaborado com a ideia de que um real mais forte é bem-vindo, conforme continua ofertando US$ 200 milhões em swaps cambiais por dia e rolando papéis com vencimento no próximo mês. No atual ritmo, o BC deve rolar a maior parte dos US$ 8,7 bilhões em swaps com vencimento em maio.

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