Mercado Bovespa - 18/02/14
Na esteira das notícias ruins, a Bolsa de Valores de São Paulo amargou uma terça-feira de queda generalizada no valor de mercado de suas empresas. Apenas sete das setenta e três ações que compõem o Ibovespa fecharam no azul. O principal índice da Bovespa encerrou a sessão em forte queda de 2,05%, cotado a 46.599 pontos.
O pior é que desta vez não há nem o que ou quem culpar. Ao que parece, o índice apenas seguiu sua inexorável marcha.
Ibovespa (IBOV) | FEC | ABE | VAR | MAX | MIN |
18/02/14 | 46.599,76 | 47.575,30 | -2,05% | 47.712,25 | 46.599,76 |
Panorama do Mercado Bovespa
O principal índice da Bovespa caiu com força nesta terça-feira, pressionado por ações da Petrobras e dos setores de siderurgia, de construção e elétrico em meio a contínuas preocupações com a economia doméstica e com investidores vendendo para tentar evitar maiores perdas.
O Ibovespa encerrou a sessão em queda de 2,05%, fechando cotado a 46.599 pontos. O giro financeiro do pregão foi de R$ 6,9 bilhões.
O índice firmou-se no campo negativo durante a tarde após operar sem tendência definida pela manhã, mantendo-se acima dos 47.100 pontos até pouco antes das 16h30. Depois, passou a despencar, descolado das bolsas norte-americanas – um sintoma de venda de carteiras de índice e saída capital externo, uma vez que todos os setores sofreram.
Apenas 7 das 73 ações que compõem Ibovespa (IBOV) fecharam no azul.
Entre as principais pressões de baixa sobre o índice se destacaram as ações das siderúrgicas Usiminas (USIM5) e Gerdau (GGBR4). As ações da construtora PDG Realty (PDGR3), da empresa de educação Anhanguera (AEDU3), da companhia de alimentos Marfrig (MRFG3) e da Rumo Logística caíram mais de 8%.
As ações preferenciais da Petrobras (PETR4) fecharam em queda de quase 2%.
Agentes financeiros estão cada dia mais temerosos quanto a um possível rebaixamento da nota da dívida soberana brasileira, em meio à expectativa quanto à divulgação da meta do superávit primário pelo governo nesta semana.
Além da baixa generalizada da bolsa, afetaram o papel da Anhanguera temores entre investidores de que sua fusão com a Kroton (KROT3) não seja aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
Ainda no fronte corporativo, a companhia de investimento em imóveis comerciais BR Properties (BRPR3) e a empresa de insumos para a construção civil e de produtos para a construção civil Duratex (DTEX3) fecharam no vermelho, depois de divulgarem resultados do quarto trimestre na véspera.
O setor elétrico continuou sofrendo com incertezas sobre o repasse aos consumidores dos maiores custos da energia decorrente do acionamento das usinas termelétricas. Tal valor vai depender da contribuição que o governo vai dar à Conta do Desenvolvimento Energético (CDE).