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Brasil: Déficit da conta externa bate recorde negativo

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Brasília, 23 de Julho de 2013 – De acordo com o Banco Central (BC), o déficit em transações correntes, que é formado pela balança comercial, pelos serviços e pelas rendas, um dos principais indicadores das contas externas brasileiras, quase dobrou no primeiro semestre deste ano ao somar US$ 43,47 bilhões.

Em igual período do ano passado, o resultado negativo havia totalizado US$ 25,24 bilhões. Além de ter crescido fortemente, o valor também representa novo recorde da série histórica da autoridade monetária, que tem início em 1947, para os seis primeiros meses de um ano. O recorde anterior havia ocorrido no primeiro semestre de 2011 (US$ 26,04 bilhões).

Na proporção com o PIB, os números também mostram forte deterioração do resultado em transações correntes. Nos seis primeiros meses deste ano, somou 3,82% do PIB, contra 2,28% do PIB em igual período do ano passado.

Para todo este ano, a expectativa do Banco Central é de que o déficit em conta corrente some US$ 75 bilhões – o equivalente a 3,22% do PIB. Se confirmado, será novo recorde histórico. Até o momento, o maior déficit externo já registrado aconteceu em 2012, no valor de US$ 54 bilhões. Na proporção com o PIB, será o pior resultado desde 2001 (4,19% do PIB), ou seja, em mais de dez anos.

A piora no resultado das contas externas neste ano está relacionada, principalmente, com o fraco desempenho da balança comercial brasileira – que acumulou um déficit de cerca de US$ 3,09 bilhões no primeiro semestre. Em igual período do ano passado, foi computado um superávit de US$ 7 bilhões. Houve, deste modo, uma reversão de US$ 10 bilhões no saldo comercial no primeiro semestre deste ano.

Os outros componentes das contas externas, entretanto, também mostraram deterioração no primeiro semestre deste ano. O resultado negativo da conta de serviços, por exemplo, somou US$ 22,15 bilhões nos seis primeiros deste ano, o que representa um aumento frente ao déficit de US$ 19,57 bilhões registrado em igual período de 2012. Nas rendas, o déficit somou US$ 19,77 bilhões no primeiro semestre deste ano, com alta frente ao mesmo período do ano passado (-US$ 14,17 bilhões).

Investimentos estrangeiros


A autoridade monetária informou que os investimentos estrangeiros diretos somaram US$ 30 bilhões no primeiro semestre deste ano, com pequeno crescimento frente ao mesmo período do ano passado (US$ 29,73 bilhões). A expectativa do Banco Central para este ano é do ingresso de US$ 65 bilhões em investimentos estrangeiros na economia brasileira.

Financiamento do déficit externo


Com isso, o BC confirmou que o resultado negativo da conta corrente não foi integralmente “financiado” pela entrada de investimentos produtivos na economia brasileira – algo que, se confirmado para todo este ano, não acontece desde 2001.

Quando o déficit não é “coberto” pelos investimentos estrangeiros, o país tem de se apoiar em outros fluxos, como ingresso de recursos para aplicações financeiras, ou empréstimos buscados no exterior, para fechar as contas.

Analistas alertam, entretanto, que em um cenário de crescimento menor do PIB e menor disponibilidade de recursos nos mercados (com a sinalização do fim das medidas de estímulo nos Estados Unidos), e com uma confiança menor na economia brasileira, a atratividade do Brasil também é mais baixa – o que pode significar problemas no financiamento do déficit das contas externas.

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