Washington, 30 de Julho de 2013 – Pela segunda vez neste mês, o Fundo Monetário Internacional (FMI) recomendou que o Brasil continue elevando sua taxa básica de juros para domar a inflação, insistentemente acima do teto superior da meta oficial estabelecida pelo governo. A recomendação foi feita na reunião de ministros de finanças e presidentes de bancos centrais do G-20 (grupo das vinte maiores economias do mundo) semana passada, em Moscou.
“O Brasil continua a enfrentar um desafio considerável em relação à inflação, que está acima da banda superior da meta, o que requer aperto monetário adicional”.
O FMI reforçou ainda sua avaliação de que o crescimento brasileiro – estimado em 2,5% em 2013 e 3,20% em 2014 – “continua desapontador“.
Em todos os encontros do G-20, a equipe do FMI apresenta um diagnóstico para os países que compõem o grupo. Esse diagnóstico é elaborado a partir de avaliações de seus relatórios periódicos.
Evolução da taxa básica de juros brasileira
Após meses de críticas de que estava sendo passivo no combate à inflação, o Banco Central do Brasil iniciou um novo ciclo da taxa básica de juros a partir de abril deste ano, elevando a taxa SELIC de 7,00% para 7,50%. Nos dois meses seguintes, o BACEN executou mais dois aumentos da mesma magnitude, fazendo com que os juros brasileiros atingissem o patamar atual de 8,50% ao ano. Especialistas acreditam que a taxa básica de juros brasileira encerrará 2013 em 9,25% ao ano.