Ao revisar as suas estimativas para as economias avançadas, o Fundo Monetário Internacional (FMI) diminuiu suas projeções de crescimento para a zona do euro em 2013.
De acordo com o FMI, a zona do euro deverá continuar em recessão em 2013, com a economia encolhendo 0,6% – a previsão anterior era de uma queda de 0,4%.
A previsão de encolhimento do Produto Interno Bruto (PIB) deve ser um pouco maior do que o esperado anteriormente, em parte devido aos efeitos persistentes de fatores como a demanda fraca, a falta de confiança e a condições fiscais e financeiras ainda apertadas. Os atrasos esperados na implementação de políticas em áreas essenciais também vão atrapalhar, embora o FMI não detalhe quais são essas reformas.
No entanto, o FMI também ressalta a importância de se fazer uma distinção entre os países centrais e os países da periferia da zona do euro.
Nos países centrais, como Alemanha, França e Holanda, há algum progresso, com o avanço de algumas reformas estruturais e uma consolidação fiscal muito forte. Os bancos também encontram-se em um estado decente, o que também ajuda. Considerando apenas esses países, a zona do euro deve passar de uma variação negativa do PIB (-0,6%) para uma taxa de crescimento de 0,9% em 2013.
No caso dos países da periferia, como Espanha, Portugal, Grécia e Itália, porém, a situação é muito mais delicada. Esses países passam por um ajuste de competitividade muito duro. As exportações estão indo relativamente bem, mas a demanda interna está muito fraca e os juros estão muito altos. Desse modo, ainda é difícil saber quando será o ponto de virada dessas economias. O FMI espera que o PIB da Espanha caia 1,6% neste ano, registrando crescimento zero em 2014. Em abril, projetava uma expansão de 0,7% para o ano que vem.