Os ministros das finanças dos países membros da zona do euro concordaram na última segunda-feira, 08 de julho de 2013, em liberar mais uma parcela do acordo de resgate à Grécia.
Em contrapartida, as autoridades européias exigem que o governo grego execute uma reforma estatal e administrativa, que prevê a demissão de milhares de funcionários públicos e sua mobilidade.
A Grécia se comprometeu em suprimir 4.000 empregos públicos antes do fim do ano e a impor mudanças a cerca de outros 25.000. Contudo, o novo ministro encarregado destas reformas, Kyriakos Mitsotakis, já alertou que precisa de mais tempo para os cortes.
Se não receber o dinheiro antes de setembro, a Grécia terá que emitir letras do Tesouro para se financiar.
Zona do euro aprova liberação de € 3 bilhões para a Grécia.
A solução encontrada pelos ministros das finanças da zona do euro foi a liberação parcelada dos fundos, com o intuito de avaliarem se as condições impostas estão realmente sendo cumpridas.
Os países da zona do euro liberarão € 3 bilhões do fundo de ajuda europeu (EFSF), criado para lidar com a crise econômica na região. O montante será desembolsado em duas parcelas. A primeira de € 2,5 mil bilhões será liberada ainda em julho. A segunda parte do dinheiro, € 0,5 bilhão, será liberada em outubro de 2013, vinculada à implementação dos marcos do memorando de entendimento acordado entre a Grécia e as autoridades européias.
Bancos centrais da zona do euro contribuirão com mais € 2 bilhões.
Os bancos centrais da zona do euro contribuirão com € 1,5 bilhão em julho e € 500 milhões em outubro. O montante será destinado a uma conta vinculada à Grécia. A primeira parcela de € 1,5 bilhão será repassada para a conta juntamente com o desembolso da primeira parcela do fundo. Os restantes € 0,5 bilhão serão repassados com o desembolso da segunda parcela do fundo.
O Fundo Monetário Internacional contribuirá € 1,8 bilhão de euros.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) também comprometeu-se em contribuir com a Grécia, liberando € 1,8 bilhão em agosto.
A nova missão da Grécia
Os membros da Comissão Europeia (CE), Banco Central Europeu (BCE) e Fundo Monetário Internacional (FMI) concluíram sua missão na Grécia. As perspectivas econômicas estão de acordo com as projeções, que preveem um retorno gradual do crescimento em 2014. O futuro, contudo, continua sendo incerto, uma vez que existem atrasos na implementação de certas políticas para diminuir os gastos públicos.
A zona do euro aponta a necessidade do governo grego realizar as reformas necessárias na administração pública para aumentar a eficiência do setor e melhorar a arrecadação de impostos. Também exige a aplicação rápida e completa de todas as medidas de reforma restantes para minimizar os riscos para o programa e para trazer o crescimento sustentado do emprego, além de garantir a sustentabilidade das finanças públicas.