Tóquio, 19 de Agosto de 2013 – De acordo com os dados divulgados nesta segunda-feira pelo Ministério das Finanças do Japão, a balança comercial do país registrou déficit pelo 13º mês consecutivo. Em julho, o saldo negativo correspondeu a 1,024 trilhão de ienes, cerca de US$ 10,5 bilhões.
O resultado de julho representa quase o dobro do registrado no mesmo período de 2012 (528,5 bilhões de ienes). É o resultado mais expressivo para o mês desde 1979.
O déficit comercial japonês foi muito maior que o esperado porque a depreciação do iene encarece as importações de energia. As importações registraram avanço pelo nono mês seguido. Em relação a um ano antes, a alta foi de 19,6%, com os preços mais elevado do petróleo puxando a compra de produtos energéticos.
A moeda japonesa vem sendo desvalorizada desde novembro, quando os mercados começaram a esperar o agressivo afrouxamento na política monetária pelo Banco Central do Japão adotada em abril, que ampliou a competitividade da economia do país. O iene desvalorizado contribui para aumentar o valor das exportações em moeda estrangeira, o que favorece grandes empresas exportadoras como Toyota e Sony.
Diante disso, o déficit comercial japonês tende a diminuir com o aumento das exportações, que devem superar as importações graças, justamente, ao impacto do iene.
Em julho, as exportações japonesas subiram 12,2% perante o sétimo mês de 2012, refletindo a demanda americana por veículos japoneses. Foi o quinto aumento consecutivo. O valor das exportações ao mercado americano aumentou 18,4% na comparação com o ano passado.
As exportações para a China cresceram 9,5% após a disputa territorial entre Tóquio e Pequim, que retornou ano passado e afetou os laços comerciais dos dois gigantes asiáticos.