São Paulo, 08 de Agosto de 2013 – O mercado de ações brasileiro amanheceu bastante animado com os resultados do comércio exterior chinês. Na comparação anual, as exportações da China subiram 5,1% em junho, enquanto que as importações aumentaram 10,9%. Sinal de economia aquecida.

Além disso, a produção de aço do país asiático também registrou forte avanço. Daí foi só fazer conta: maior importação com maior produção de aço é igual a aumento de encomendas para a brasileira Vale (VALE3 e VALE5). Ao longo do dia, as ações da mineradora dispararam e concentraram cerca de 17% de todo o movimento do Mercado Bovespa.

E isso por que ontem a empresa divulgou seu balanço dos segundo trimestre, registrando um lucro líquido de “apenas” R$ 832 milhões – uma queda vertiginosa frente aos R$ 5,32 bilhões do mesmo período de 2012. Segundo nota da própria empresa, a culpa foi da volatilidade do dólar.

No entanto, segundo especialistas, o mercado já tinha precificado o impacto de tais perdas ao longo do ano, uma vez que a China já vinha demonstrando sinais de desaceleração e o dólar já ensaiava essa disparada desde o ano passado.

Outro motivo de celebração para o mercado foi exatamente a falta de notas publicadas pelo Federal Reserve, o banco central americano. Em meio à expectativa pelo início da remoção dos estímulos econômicos por parte da instituição americana, qualquer ausência de novidade já pode ser considerada uma boa nova. Não custa lembrar que nos últimos oito pregões, seis foram de queda – quase todas atribuídas ao nervosismo do mercado mundial frente à já bastante avisada diminuição de liquidez que está por vir.

No pregão desta quinta-feira, o Ibovespa fechou bem valorizado (3,12%), cotado a 48.928 pontos – ainda abaixo da resistência dos 49.000 pontos, testada pela última vez em julho. Das 71 ações que compõem o índice, apenas quatro registraram baixa.