São Paulo, 27 de Setembro de 2013 – O principal índice de ações da bolsa de valores brasileira fechou o pregão desta sexta-feira praticamente estável, refletindo o embate entre a expressiva valorização das ações do Santander Brasil, que ajudou a levantar o setor financeiro como um todo, e a queda das ações da OGX e Vale.
O Ibovespa (IBOV) fechou a sessão de negociação desta sexta-feira em queda de 0,08%, cotado em 53.738 pontos. O giro financeiro do pregão foi de R$ 6,1 bilhões. Nesta sexta, o setor bancário foi o principal responsável pelos ganhos entre as ações do Ibovespa. As ações do Santander (SANB11) subiram 7,63% depois que o banco anunciou, na noite anterior, mudanças para otimizar sua estrutura de capital que permitirão remunerar os acionistas em R$ 6 bilhões.
A forte e inesperada valorização do Santander puxou os demais papéis do setor. Também tiveram fortes ganhos as ações da Cielo (3,47%), Itaúsa (2,9%), Banco do Brasil (2,84%) e Bradesco (2,62%).
Na outra ponta do índice, a ação da petroleira OGX voltou a registrar a maior pressão negativa, com queda de 9,68%, ainda na inércia do tombo de 16,22% sofrido na véspera. A OGXP3 fechou cotada em R$ 0,28, o menor valor já registrado pela ação da empresa de Eike Batista na bolsa de valores.
Em outubro de 2010, quando atingiu seu maior patamar, os papéis da OGX chegaram a ser avaliados em R$ 23,27. A queda acumulada no período é de 98,8%.
A OGX pode ser a primeira empresa do Ibovespa a quebrar. Rumores de mercado apontam que credores da OGX podem pedir a falência da empresa na próxima semana. A petrolífera pode não ter dinheiro para pagar uma dívida de US$ 45 milhões que vence na próxima terça-feira, 1º de outubro de 2013. A OGX tem afirmado repetidamente que não tem intenção de reestruturar sua dívida, mas está em um processo de reavaliação de sua estrutura de capital.