Bruxelas, 12 de Setembro de 2013 – A produção industrial da zona do euro teve um desempenho muito pior que o esperado em julho, em um sinal da demanda fraca das famílias europeias e da instabilidade da recuperação econômica do bloco.
Segundo a agência de estatísticas Eurostat, a produção industrial da zona do euro caiu 1,5% em julho, invertendo a direção tomada um mês antes, quando avançou 0,6%. O resultado frustrou o mercado financeiro, que apostava em crescimento no período. Em relação a julho de 2012, houve queda de 2,1%.
Após um ano e meio em recessão, a zona do euro voltou a crescer no período entre abril e junho, e muitos economistas dizem que a recuperação continuará no terceiro trimestre.
Mas o desafio para a região é transformar o crescimento bastante modesto, contando principalmente com as exportações para o resto do mundo, em uma retomada sustentada que reduza o desemprego e ajude as famílias a retomarem os gastos.
Os sinais de uma recuperação na demanda doméstica, no entanto, não são encorajadores.
Na União Européia (UE), a indústria registrou baixa de 1,0% em julho, depois de elevação de 0,9% em junho e recuou 1,7% no confronto com o sétimo mês de 2012.
Entre junho e julho, a produção de bens de capital encolheu 2,6% na área da moeda comum e em 1,6% no bloco europeu: bens duráveis cederam 2,2% e 0,5%, nesta ordem, assim como energia teve declínio de 1,6% e 1,2%; bens de consumo não duráveis recuaram 0,9% na zona do euro e 0,5% na União Europeia; bens intermediários caíram 0,7% e 0,6%, respectivamente.