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Brasil registra déficit primário pela primeira vez em agosto desde 2001

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Brasília, 01 de Outubro de 2013 – De acordo com o Banco Central (BC), o setor público brasileiro registrou déficit primário de 432 milhões de reais no mês passado, primeiro resultado negativo para agosto desde o início da série em dezembro de 2001, afetado pelos maiores gastos com a Previdência.

O resultado foi bem pior que o esperado pelos analistas, cuja mediana apontava para saldo positivo de 1,85 bilhão de reais. Em julho, o país havia registrado superávit primário de 2,287 bilhões de reais.

Em 12 meses até agosto, a economia feita para pagamento de juros foi equivalente a 1,82% do Produto Interno Bruto (PIB), longe da meta do governo neste ano de 2,3%.

O BC também informou que o déficit nominal – receitas menos despesas, incluindo pagamento de juros – ficou em 22,303 bilhões de reais no mês passado, enquanto a dívida pública representou 33,8% do PIB.

 

Entenda por que as contas públicas se deterioraram e o Brasil registrou déficit primário inédito em agosto

 

O déficit primário em agosto foi gerado pelo resultado negativo de 55 milhões de reais do governo central, formado pelo governo federal, BC e Previdência Social. Em agosto, as contas públicas foram afetadas pelo início do pagamento do 13º salário a aposentados e pensionistas, aumentando o rombo da Previdência que, segundo o BC, ficou em 5,733 bilhões de reais no mês passado.

Ainda segundo o BC, os Estados e municípios tiveram déficit de 174 milhões de reais no mês passado, enquanto que as empresas estatais tiveram saldo negativo 203 milhões de reais.

Os resultados fracos até agosto vieram também com o baixo dinamismo da receita, afetada pelo mau desempenho da atividade econômica do país, e altos gastos com custeio.

No acumulado do ano, o superávit primário soma 54,013 bilhões de reais, sendo 37,441 bilhões de reais feitos pelo governo central e 16,774 bilhões de reais economizados por Estados e municípios.

A meta cheia de superávit primário para este ano era de 155,9 bilhões de reais, ou cerca de 3,1% do PIB, mas o governo já reduziu a meta a 2,3%.

No primeiro cenário, considerando um superávit primário de 2,3% do PIB, a autoridade monetária prevê que a dívida líquida do setor público fechará o ano a 33,9% do PIB, ante 34,6% previsto em junho. Em agosto, a dívida estava em 33,8% do PIB.

No cenário em que o resultado primário seja equivalente a 1,82% do PIB, a relação dívida líquida frente ao PIB ficaria em 34,3% no fim do ano.

 

Banco Central projeta dívida líquida sobre o PIB em 34,8% em setembro

 

Conforme ocorre uma valorização do real no mês de setembro, o Banco Central (BC) estima uma elevação na relação dívida líquida/Produto Interno Bruto (PIB). De acordo com o BC, a relação deve sair dos 33,8% registrados em agosto para 34,8% do PIB agora em setembro. A taxa de câmbio utilizada na projeção foi de R$ 2,25.

Em agosto, a depreciação cambial de 3,6% vista no mês respondeu por uma diminuição de R$ 26,4 bilhões no estoque da dívida líquida pública. As reservas cambiais do BC são um ativo financeiro que entram no cálculo da dívida líquida abatendo o valor do endividamento bruto. Quando a cotação da moeda estrangeira sobe, esse ativo aumenta, ajudando a reduzir o endividamento em termos líquidos.

Para a dívida bruta do governo, o BC estima que ela fechará setembro em 59,0% do PIB, praticamente na mesma linha dos 59,1% registrados em agosto. O resultado fiscal ruim de agosto combinado com um cenário de risco elevado de descumprimento da meta fiscal levou o BC a apresentar novas projeções fiscais considerando dois cenários distintos para o resultado primário.

 

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