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Crise Americana: Impasse sobre aumento do teto da dívida do país continua

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Washington, 07 de Outubro de 2013 – Nesta segunda-feira, o governo norte-americano entrou na segunda semana consecutiva de paralisação, com nenhum retorno em vista, após o Congresso e o Senado do país não chegarem a um acordo quanto ao aumento do teto da dívida norte-americana. Sem dinheiro até o final do ano, os Estados Unidos correm o risco de protagonizarem um calote histórico na próxima semana, caso o impasse político continue. O prazo final para o pagamento dos juros incidentes sobre os títulos do governo federal encerra-se em 17 de outubro de 2013.

 

Calote dos Estados Unidos provocaria graves prejuízos a longo prazo

 

A Casa Branca advertiu nesta segunda-feira que um eventual default da dívida dos Estados Unidos provocaria um “cenário terrível”, com consequências de longo prazo, no sétimo dia de paralisia parcial do Estado.

O Departamento do Tesouro avalia que, em 17 de outubro, já terá esgotado o leque de medidas paliativas caso não seja votado no Congresso o aumento do teto da dívida.

No domingo, o presidente da Câmara de Representantes, o republicano John Boehner, descartou que seus companheiros de bancada aprovem tal aumento sem concessões políticas do presidente democrata Barack Obama, particularmente no que diz respeito à reforma da saúde.

Muitos ficaram decepcionados com as declarações de John Boehner“, afirmou Gene Sperling, assessor de Obama, que considera inaceitável condicionar o tema da dívida ao da reforma do sistema de saúde.

O presidente disse claramente que a época das ameaças de default deveria terminar“, disse Gene Sperling. “Se permitirmos que se instale um processo deste tipo serão provocados grandes danos a nossa democracia, a nossa economia, à confiança na confiabilidade dos Estados Unidos“, insistiu.

Uma interrupção de pagamentos da dívida, algo sem precedentes na história dos Estados Unidos, poderia levar a principal economia mundial à recessão, com consequências mundiais, advertiu o Tesouro.

Outro assessor econômico de Barack Obama, Jason Furman, destacou que a única saída possível para a crise seria um aumento do teto da dívida, atualmente fixado em 16,7 trilhões de dólares.

Um default teria consequências tão terríveis que não quero sequer falar a respeito“, disse.

A disputa sobre o teto da dívida acontece no momento em que o Estado federal está parcialmente paralisado desde 1º de outubro. O problema é provocado pela falta de acordo sobre a lei de orçamento entre republicanos, majoritários na Câmara de Representantes, e democratas, que controlam o Senado e a Casa Branca.

Centenas de milhares de funcionários foram obrigados a tirar licença sem receber salário, o que não acontecia desde 1996.

 

China pede aos Estados Unidos tomarem medidas para evitar crise da dívida

 

Nesta segunda-feira, o governo chinês pediu aos Estados Unidos tomarem medidas decisivas a fim de evitar a crise de dívida e garantir a segurança dos investimentos chineses. A China, maior credor do governo dos EUA, está “naturalmente preocupada com os avanços em direção ao abismo fiscal norte-americano“, disse o vice-ministro das Finanças chinês, Zhu Guangyao, na primeira resposta pública do governo da China ao prazo nos EUA que se encerra em 17 de outubro para a elevação do teto da dívida.

Os Estados Unidos estão totalmente cientes das preocupações da China com o precipício fiscal“, disse o vice-mistro a repórteres em Pequim, acrescentando que Washington e Pequim entraram em contato sobre o assunto.

Nós pedimos que os Estados Unidos seriamente tomem medidas para resolver a tempo (as questões) acerca do teto da dívida antes de 17 de outubro e que evite um default de dívida para garantir os investimentos chineses no país e a recuperação econômica global“, disse Zhu Guangyao. “Essa é a responsabilidade dos Estados Unidos“.

O governo norte-americano entrou na segunda semana de paralisação nessa segunda-feira com nenhum retorno em vista, enquanto o Congresso também enfrenta um prazo até 17 de outubro para elevar o teto da dívida.

Esperamos que os Estados Unidos entendam inteiramente as lições da História“, disse Zhu Guangyao, referindo-se ao impasse em 2011 que levou ao rebaixamento do rating de crédito dos Estados Unidos de “AAA” para “AA+” pela agência Standard & Poors.

 

Americanos desaprovam atitude de políticos  republicanos na condução da lei orçamentária

 

Na queda de braço travada entre os parlamentares republicanos e o governo de Barack Obama, o presidente americano está levando a melhor, pelo menos junto à opinião pública. Foi o que conclui uma pesquisa encomendada pelo jornal Washington Post em parceria com a rede de TV americana ABC News.

Segundo a amostragem, 70% dos entrevistados desaprovam a atitude dos parlamentares republicanos de só liberarem o orçamento para o ano fiscal de 2014, iniciado em 1º de outubro, após adiamento da validade do novo sistema de saúde, apelido de ObamaCare, em vigor também desde a terça-feira passada.

Tal decisão, tomada principalmente pela maioria republicana da Câmara dos Representantes, levou à paralisação parcial do governo que, sem recursos para pagar seus funcionários, teve que fechar várias agências federais, parques e museus. Cerca de 800 mil funcionários federais estão de licença temporária não remunerada. A paralisação parcial da administração federal completa, amanhã, uma semana.

Em contrapartida, a popularidade do mandatário americano aumentou. A pesquisa apontou que 45% dos americanos entrevistados aprovam a maneira como Barack Obama tem conduzido a questão do orçamento, ante 41% que aprovavam o presidente na questão, há cerca de uma semana.

A pesquisa anotou, ainda, que a desaprovação dos americanos em relação à conduta dos parlamentares democratas cresceu de 56% para 61%.

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