São Paulo, 25 de Outubro de 2013 – Em uma semana marcada pelo leilão da camada de Libra e por notícias controversas sobre a economia chinesa, a bolsa de valores brasileira fechou cotada em 54.145 pontos, amargando uma perda de 2,21% em relação à última semana.
No mês, no entanto, o indicador ainda acumula uma valorização de 3,47%. Já no ano, o Ibovespa registra perdas de 11,15%.
Segunda-Feira (21/10/2013) – Ibovespa fecha em forte alta impulsionado por ações da Petrobras
O Ibovespa iniciou a quarta semana de outubro com alta de 1,26%, descolando-se da trajetória dos principais índices de ações dos Estados Unidos. O bom desempenho do Ibovespa deve-se ao impulso das ações da Petrobras, cujo consórcio foi vitorioso no leilão pelo direito de exploração da área de Libra – maior reserva de petróleo já descoberta no Brasil – com lance mínimo.
No pregão desta segunda-feira, o Ibovespa fechou cotado em 56.077 pontos, com volume financeiro negociado de R$ 8,431 bilhões. Cerca de R$ 2,6 bilhões desse volume foram referentes ao exercício de opções. As ações preferenciais da Petrobras ganharam 5,30%, fechando cotadas em R$ 18,88 e com forte giro de R$ 951 milhões. Já as ações ordinárias da estatal avançaram 4,92%, para R$ 17,69.
A falta de concorrência no leilão de Libra agradou aos investidores da Petrobras. A principal preocupação do mercado em relação ao leilão era que uma grande concorrência pudesse elevar muito o lance pelo leilão, colocando em risco o volume de óleo que sobraria para a estatal obter retorno dos pesados investimentos no campo. A estatal participou em consórcio com as chinesas CNOOC e CNPC, além da francesa Total e da britânica Shell, arrematando o campo pelo lance mínimo de 41,65% de oferta de óleo à União.
Terça-Feira (22/10/2013) – Ibovespa sobe forte novamente, desta vez impulsionado por ações da Vale
O Ibovespa, principal indicador do mercado de ações da bolsa de valores brasileira, fechou em alta impulsionado pelo bom desempenho das ações preferenciais e ordinárias da mineradora brasileira Vale.
O índice de referência da BM&FBovespa fechou o pregão desta terça-feira com alta de 0,68%, cotado em 46.460 pontos – o maior patamar desde 18 de março de 2013. O volume total negociado foi de R$ 6,4 bilhões.
A alta do Ibovespa foi ajudada pelos dados sobre a situação do emprego nos Estados Unidos: resultados mais fracos reforçaram a expectativa de que o Federal Reserve (banco central norte-americano) mantenha seu programa de estímulo econômico sem alteração até 2014.
Quarta-Feira (23/10/2013) – Risco de diminuição de ritmo da economia na China derrubam Ibovespa
Em um dia marcado por notícias ruins vindas do oriente, o principal índice de ações da BM&FBovespa fechou o pregão em forte desvalorização. A alta acumulada nos últimos três pregões também não ajudou, uma vez que os investidores aproveitaram para realizarem seus lucros.
Nesta quarta-feira, o Ibovespa fechou cotado em 55.440 pontos – desvalorização de 1,81%. O volume financeiro negociado ao longo da sessão girou em torno de R$ 5 bilhões.
O índice foi bastante influenciado pela notícia de que a política de estímulo ao crédito na China pode ser reduzida. O Banco do Povo da China, banco central do país, anunciou que pode vir a apertar as condições de crédito no sistema financeiro para lidar com os riscos de inflação no país.
Quinta-Feira (24/10/2013) – Ibovespa registra nova baixa em dia de pouco movimento
Os investidores do mercado de ações brasileiro aproveitaram o dia com poucos dados relevantes e com as bolsas de valores estrangeiras em tendência de alta para realizarem seus lucros.
No pregão desta quinta-feira, o Ibovespa – principal índice da bolsa de valores brasileira – fechou em baixa de 1,02%, a 54.877 pontos.
Depois de o índice ter avançado 5,9% no mês outubro até o fechamento do pregão da espera, a grande maioria das ações que compõem o Ibovespa recuava, com destaque para ações de empresas ligadas a metais, construtoras, companhias do setor elétrico e do setor financeiro.
Sexta-Feira (25/10/2013) – Ibovespa registra terceira queda consecutiva puxado por ações da OGX
De nada adiantou o bom humor que predominou no mercado de ações brasileiro no início da semana. Nesta sexta-feira, o Ibovespa amargou o terceiro pregão consecutivo de baixa, fortemente pressionado pela forte perda de valor das ações da OGX e da MMX, empresas do grupo EBX de Eike Batista.
As ações da empresa de extração de petróleo OGX (OGXP3) lideraram as perdas do Ibovespa e despencaram 19,44%, fechando cotadas a R$ 0,29, com notícias de que a empresa pode dar calote na próxima semana. Há rumores de que a OGX esteja preparando seu pedido de recuperação judicial, a qualquer momento, ao longo da próxima semana; principalmente depois do fracasso de mais uma rodada de negociação entre a empresa e seus credores no exterior.
O principal índice de ações da bolsa de valores de São Paulo fechou o pregão desta sexta-feira em baixa de 1,32%, cotado aos 54.154 pontos. A perda só não foi maior por que as ações da Petrobras e do Banco do Brasil tiveram um bom desempenho ao longo do dia.