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Brasil perdeu 3,67% de seu PIB para o exterior nos últimos doze meses

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Déficit da conta externa brasileira subiu setenta por cento de janeiro a outubro de 2013 e já atingiu US$ 67,5 bilhões.

São Paulo, 22 de Novembro de 2013 – O déficit em transações correntes do Brasil, um dos principais indicadores das contas externas do país, atingiu a marca inédita US$ 67,54 bilhões de janeiro a outubro deste ano. Com isso, o déficit parcial deste ano já superou o resultado negativo registrado em todo ano de 2012 (-US$ 54,23 bilhões, recorde histórico para um ano fechado) e teve alta de 70% sobre os dez primeiros meses de 2012 – resultado negativo de US$ 39,56 bilhões.

Para todo este ano, o Banco Central manteve em US$ 75 bilhões sua estimativa para o resultado negativo da conta de transações correntes. O mercado financeiro, porém, acredita em um déficit maior neste ano: de US$ 79,5 bilhões. Até o momento, o maior déficit externo já registrado aconteceu em 2012, no valor de US$ 54 bilhões.

 

Resultado corrente das transações do Brasil com o exterior nos últimos 12 meses

 

Em doze meses até outubro, o déficit na conta corrente brasileira somou US$ 82 bilhões. De acordo com o Banco Central do Brasil, a piora do resultado da conta de transações correntes neste ano está relacionada principalmente com a deterioração da balança comercial – o que se deve ao atraso na contabilização de exportação de combustíveis e à manutenção de plataformas de petróleo, entre outros.

 

Resultado corrente das transações do Brasil com o exterior e a proporção com o PIB

 

O resultado em 12 meses na proporção com o PIB também mostrou forte deterioração do resultado em transações correntes. Em doze meses até outubro, o déficit de US$ 82 bilhões representou 3,67% do PIB. Na comparação com o PIB, trata-se do maior patamar desde março de 2002 (3,68% do PIB), ou seja, em mais de dez anos.

 

Investimentos estrangeiros

 

A autoridade monetária informou que os investimentos estrangeiros diretos somaram US$ 49,14 bilhões de janeiro a outubro deste ano, com queda frente a  igual período do ano passado (US$ 55,3 bilhões). A expectativa do Banco Central para este ano é do ingresso de US$ 60 bilhões em investimento direto. Com isso, o BC espera queda frente ao patamar registrado no ano passado (US$ 65,2 bilhões).

 

Financiamento do déficit externo

 

O BC confirmou, deste modo, que o resultado negativo da conta corrente (US$ 67,5 bilhões) não foi integralmente “financiado” pela entrada de investimentos produtivos na economia brasileira até outubro e avaliou que o mesmo fenômeno deve acontecer em 2013 fechado – algo que não é registrado desde 2001.

Quando o déficit não é coberto pelos investimentos estrangeiros, o país tem de se apoiar em outros fluxos, como ingresso de recursos para aplicações financeiras, ou empréstimos buscados no exterior, para fechar as contas.

Analistas alertam, entretanto, que em um cenário de crescimento menor do PIB e menor disponibilidade de recursos nos mercados (com a sinalização do fim das medidas de estímulo nos Estados Unidos), e com uma confiança menor na economia brasileira, a atratividade do Brasil também é mais baixa – o que pode significar mais dificuldades no financiamento do déficit das contas externas.

 

Gasto no exterior em outubro de 2013

 

O gasto dos brasileiros no exterior bateram recorde em outubro. Segundo números divulgados pelo Banco Central nesta sexta-feira (22), as despesas lá fora somaram US$ 2,31 bilhões, o maior valor já registrado em um mês fechado.

O recorde anterior havia sido registrado em janeiro deste ano (US$ 2,29 bilhões). A série histórica do Banco Central para este indicador tem início em 1947.

A marca atingida no mês passado superou, inclusive, meses tradicionais de férias, como janeiro deste ano e julho de 2013, por exemplo – quando US$ 2,21 bilhões foram deixados no exterior.

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