Washington, 20 de Novembro de 2013 – A política de estimulo à economia patrocinada pelo banco central norte-americano deve continuar por tempo indeterminado, pelo menos é o que indicou o último discurso do atual presidente da entidade, Ben Bernanke, e a provável futura presidente, Janet Yellen.

 

Ben Bernanke afirma que “economia dos Estados Unidos ainda está longe da onde gostaria que estivesse”

 

O presidente do Banco Central dos Estados Unidos, Ben Bernanke, disse na última terça-feira que o país ainda está longe de onde gostaria e que ainda vai levar algum tempo até a polícia monetária voltar ao normal. Com isso, o presidente do Fed sinalizou que os programas de estímulo devem continuar.

“Ainda estamos longe de onde gostaríamos de estar e, consequentemente, é preciso algum tempo antes de a política monetária voltar à configuração normal”, disse ele em discurso, que impactou os mercado antes mesmo de pronunciado. Havia grande expectativa em relação aos sinais dados por Bernanke sobre a continuidade dos estímulos monetários, que injetam US$ 85 bilhões por mês na economia, por meio da compra de títulos.

O presidente do Fed disse ainda que o comitê de política monetária do Fed está comprometido com a manutenção de políticas “altamente acomodativas pelo tempo que for preciso”.

Bernanke assinalou que a economia fez “progressos significativos” desde o pico da recessão e disse estar de acordo com a futura presidente do Fed, Janet Yellen, de que o melhor caminho para uma readequação da poltíica monetrária “é fazer tudo o que estiver ao alcance para promover uma forte recuperação”.

 

Janet Yellen diz que “política monetária continuará expansionista por muito tempo”

 

A fala de Ben Bernanke se alinhou a da indicada para substituí-lo, a vice-presidente do Fed Janet Yellen, que disse que a política monetária dos Estados Unidos provavelmente continuará expansionista por muito tempo  mesmo depois que for atingido o patamar de desemprego ou inflação usado como referência para elevação dos juros pelo Federal Reserve (Fed).

Em carta a uma parlamentar dos EUA, Yellen afirmou que o patamar de desemprego não é um gatilho para a política monetária do Fed. As declarações vieram em resposta a uma questão escrita da senadora democrata de Massachusetts Elizabeth Warren, feita após a sabatina de Yellen, indicada para comandar o Fed, no Comitê Bancário do Senado na semana passada.

 

Ata do Fed, no entanto, aponta que entidade pode reduzir estímulos nos próximos meses

 

Os demais membros do Federal Reserve, no entanto, sentiram que podem decidir sobre o início da redução do programa de compra massiva em uma das poucas próximas reuniões, desde que isso se justifique pelo crescimento econômico, segundo ata da reunião de outubro.

“Muitos membros destacaram a natureza dependente dos dados do atual programa de compra”, disse a ata da reunião de 29 e 30 de outubro divulgada nesta quarta-feira.

“Alguns indicaram que, se as condições econômicas justificarem, o Comitê pode decidir sobre reduzir o ritmo de compras em uma das próximas reuniões”.

O programa de compras mensais de ativos somam hoje US$ 85 bilhões.

A próxima reunião está prevista para 17 e 18 de dezembro.