Brasília, 27 de Dezembro de 2013 – O novo salário mínimo de R$ 724,00, que passa a vigorar a partir de 1º de janeiro de 2014, irá gerar um incremento de R$ 28,4 bilhões na economia brasileira, mas também gerará um forte impacto sobre as contas da já combalida Previdência Social.
Cerca de 48,2 milhões de brasileiros têm rendimento referenciado no salário mínimo, sendo 21,4 bilhões beneficiários do INSS e 4,2 bihões empregados domésticos.
Se o novo mínimo elevará as despesas com Previdência Social em cerca de R$ 12,8 bilhões ao ano, por outro lado aumentará a arrecadação tributária em cerca de R$ 13,9 bilhões.
O peso relativo da massa de benefícios equivalentes a 1 salário mínimo é de 48,7% e corresponde a 69,5% do total de beneficiários.
O déficit da Previdência Social continua a registrar crescimento no acumulado do ano. De janeiro a novembro, o resultado negativo somou R$ 56,3 bilhões, com alta 9,9% em relação ao mesmo período do ano passado.
O déficit é resultado de uma arrecadação acumulada de R$ 270 bilhões e despesas com benefícios de R$ 326 bilhões.
Em novembro, o INSS pagou 31,053 milhões de benefícios, sendo 26,880 milhões previdenciários e acidentários e, os demais, assistenciais. As aposentadorias somaram 17,5 milhões de benefícios. A maior parte dos benefícios (69,3%) tinham valor de até um salário mínimo, contingente de 21,5 milhões de beneficiários.