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PIB: Agropecuária salva crescimento econômico do Brasil em 2013

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A composição do resultado do PIB, no entanto, revela que a economia brasileira cresceu porque a agropecuária sobressaiu, com 7% de alta em 2013. O problema é que o setor responde apenas por 5% de tudo que o país produz. A indústria, que tem peso de 26%, aproximadamente, cresceu apenas 1,3%. Os serviços, que têm o peso mais relevante na economia, com quase 70% do PIB, avançaram parcos 2%. Para facilitar a comparação e entender o papel do setor agrícola no PIB deste ano, os resultados de 2012 foram: serviços com alta de 1,7%, a indústria caiu 0,8% e a agropecuária, subiu 2,3%. O Brasil em 2013 ratificou sua condição de celeiro do mundo, não conseguindo avançar fora do campo.

A indústria, que emprega e adiciona muito mais valor aos produtos, está praticamente estagnada nos últimos anos, entre poucas altas e muitas baixas. Os serviços tiveram até um desempenho melhor do que em 2012, mas sem fôlego necessário para melhorar a distribuição das riquezas produzidas no Brasil. Até porque, como o próprio nome diz, o valor dos serviços está no custo do trabalho, não de alguma mercadoria.

Para sair dessa dinâmica não há outra alternativa senão investir. Até para ver se repetimos o bom desempenho da agropecuária. O tema em debate sobre o setor atualmente é a dificuldade de escoamento da produção. Sem avanços na infraestrutura e recuperação da competitividade da indústria, vai ficar difícil ir mais longe.

Rio de Janeiro, 27 de Fevereiro de 2014 – A economia brasileira cresceu 2,3% em 2013, acima da alta de 1% no ano anterior. A alta teve  forte influência do desempenho da agropecuária, que teve expansão de 7% – a maior desde 1996. Em valores correntes (em reais), a soma das riquezas produzidas em 2013 chegou a R$ 4,84 trilhões e o PIB per capita (por pessoa) atingiu R$ 24.065.

Nos últimos três meses de 2013, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 0,7%, depois de uma contração de 0,5% no terceiro trimestre.

Os números foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira.

O dado veio em linha com as projeções do governo e dos analistas. A previsão dos economistas do mercado financeiro era de um crescimento de 2,28% em 2013, segundo o boletim Focus, bem próximo ao projetado pelo Banco Central, que, depois de seguidas reduções ao longo do ano, a manteve em 2,3%. Já a estimativa do IBC-Br, que pretende ser uma “prévia” do PIB, mostrou uma alta de 2,52% na atividade em 2013, parecida com a do ministro da Fazenda, Guido Mantega, de 2,5%.

Entre uma lista de países selecionados e apresentados pelo IBGE, o crescimento da economia brasileira em 2013 aparece como o terceiro maior, atrás apenas da expansão de 7,7% da China e de 2,8% da Coreia do Sul.

Atrás do Brasil, aparecem os Estados Unidos, Reino Unido e África do Sul (todos com expansão de 1,9%), Japão (1,6%), México (1,1%), Alemanha (0,4%), França (0,3%) e Bélgica (0,2%).

Dados do FMI, no entanto, apontam que outros países tiveram crescimento superior ao brasileiro: a Índia, por exemplo, cresceu 3,8%; Bolívia, 5,4% e Costa Rica, 3,5%.

 

Setores


Os três setores analisados pelo IBGE para o cálculo do PIB mostraram avanço, com destaque para a agropecuária, que cresceu 7%, influenciada pela safra recorde de grãos. Segundo o IBGE, é a maior taxa desde o inicio da série, em 1996.

Na sequência, aparecem os serviços, com alta de 2%, e a indústria, que cresceu 1,3%. Em 2012, o avanço do PIB havia sido puxado pelo desempenho do setor de serviços, o único que, na ocasião, mostrou taxa positiva.

Na agricultura, o destaque partiu da produção de soja (24,3%), de cana de açúcar (10%), de milho (13%) e de trigo (30,4%). Já o crescimento da indústria foi puxado pela atividade de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana (2,9%).

Dentro do setor de serviços, o maior avanço foi verificado no setor de serviços de informação (5,3%), seguido por transporte, armazenagem e correio (2,9%) e comércio (2,5%).

 

Investimentos e gastos do governo


Em 2013, na análise pela demanda, a formação bruta de capital fixo (investimentos) foi o que mais cresceu, 6,3%, influenciada pelo aumento da produção de máquinas e equipamentos.

Dentro dessa mesma avaliação, o consumo das famílias, que por muito tempo puxou o crescimento da economia brasileira, mostrou taxa positiva pelo 10º ano seguido. No entanto, o aumento foi menos expressivo, 2,3% – em 2012, a alta foi de 3,2%.

“Tal comportamento foi favorecido pela elevação da massa salarial e pelo acréscimo do saldo de operações de crédito do sistema financeiro com recursos livres para as pessoas físicas”, afirmou o IBGE em nota.

A despesa do consumo da administração pública (gastos do governo) foi o item que menos subiu dentro da análise da demanda, 1,9%.

Em 2013, a taxa de investimento foi de 18,4% do PIB, um pouco acima do registrado em 2012, de 18,2%. Já a taxa de poupança foi de 13,9% em 2013, valor abaixo do visto no ano anterior, de 14,6%.

Quanto ao setor externo, as exportações cresceram 2,5%, puxadas pelos produtos agropecuários. O percentual foi inferior ao das importações de bens e serviços, cujo avanço foi de 8,4%, influenciado pela indústria petroleira.

Na comparação com o 3º trimestre do ano, os serviços apresentaram expansão de 0,7%, a agropecuária teve variação nula e a indústria variação negativa de 0,2%.

Nos serviços, todas as atividades apresentaram resultados positivos, com destaque para serviços de informação (4,8%). Intermediação financeira e seguros cresceu 2,0%, seguida por outros serviços (1,2%), comércio (0,8%), transporte, armazenagem e correio (0,4%), administração, saúde e educação pública (0,4%) e atividades imobiliárias e aluguel (0,2%).

 

Análises trimestrais

 

De acordo com o IBGE, todos os componentes da demanda interna registraram alta. Os gastos do governo tiveram a maior aumento, de 0,8%, seguidos pelas despesas das famílias (0,7%) e pelos investimentos (0,3%). Ao contrário do que ocorreu no ano fechado, as exportações de bens e serviços cresceram, 4,1%, e as importações tiveram queda de 0,1%.

Já na comparação com o quarto trimestre de 2012, o PIB, que cresceu 1,9%, foi a agropecuária quem puxou o crescimento, com uma taxa positiva de 2,4%. Na sequência, aparece a indústria, com avanço de 1,5%, influenciada pela produção de máquinas e equipamentos.

O avanço do setor de serviços foi menor, de 1,8%, com destaque para os serviços de informação (7,6%) e para o comércio (atacadista e varejista), com alta de 2,9%.

Nessa base de comparação, os investimentos cresceram 5,5%; o consumo das famílias teve avanço de1,9% – a 41ª variação positiva seguida, e os gastos do governo cresceram 2%.  As exportações cresceram mais que as importações: 5,6% contra 4,8%.
Na comparação com o terceiro trimestre de 2013, os resultados do quarto ficaram descolados dos observados no ano. O setor de serviços foi o único que mostrou taxa positiva, de 0,7%, influenciado pelos serviços de informação. A agricultura, por sua vez, não teve variação e a indústria recuou 0,2%.

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