Nova Iorque, 19 de Março de 2014 – Na primeira reunião comandada pela nova presidente Janet Yellen, o Comitê de Política Monetária (FOMC) dos Estados Unidos optou pela manutenção do ritmo de retirada dos estímulos à economia americana, com corte adicional de US$ 10 bilhões por mês no programa de recompra de títulos públicos executado pelo banco central do país.

A instituição também descartou a taxa de desemprego como termômetro definitivo para avaliar a força da economia e deixou claro que vai depender de série mais ampla de medidas para decidir quando elevar os juros.

Segundo o Fed, os cortes graduais devem continuar caso o mercado de trabalho norte-americano e a inflação mantenham-se dentro do esperado.

A intensificação da retirada dos estímulos tem como consequência um enxugamento adicional da liquidez dos mercados, que por sua vez, gera sérias consequências sobre os ativos de países emergentes.

Com menos dólares em circulação, os investidores tendem a optar por aplicações de baixo risco, sacando recursos investidos em ativos de mercados emergentes, como o Brasil. Com a maior saída de dólares, a cotação da moeda norte-americana ante o real tende a subir, pressionando ainda mais a inflação.