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Mercado Diário: velhas novas preocupações com S&P e China

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Quinta-feira cheia de velhas novidades pairando sobre o mercado financeiro do Brasil e do Mundo. Novas notícias sobre a conflito na Ucrânia e a crise na China sacudiram as bolsas de valores internacionais.

Por aqui, a presença da comitiva da agência de classificação de risco já está dando o que falar. Muita especulação sobre um possível rebaixamento da nota de crédito brasileira. No campo positivo, tivemos a divulgação de um bom desempenho do comércio varejista brasileiro e muitas novidades no setor elétrico.

O governo finalmente decidiu quem vai pagar a conta pela falta de investimentos no setor, que tornou-se bastante clara a partir do momento que São Pedro decidiu parar de cooperar: nós, é claro!

A viúva promete cooperar com R$ 4 bilhões e empurrar o aumento na tarifa de luz para 2015, convenientemente para depois das eleições presidenciais.

 

Meu tesouro tesourinho

 

Reviravolta no mercado de títulos públicos brasileiro. Tão logo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) anunciou uma nova alta (forte) da inflação mensal brasileira, os papéis emitidos pelo Tesouro Nacional indexados pelo IPCA passaram a subir forte no Tesouro Direto. Mais uma vez, as Notas do Tesouro Nacional de longo prazo se destacaram. Na manhã desta quinta-feira, o NTN-B Principal 150535 registrava a maior alta entre seus pares (0,85%).

Os títulos pré-fixados também abriram a sessão em alta, com destaque para o NTN-F 010125 que abriu a quinta-feira em alta de 0,44%. O investidor que comprar hoje esse título garante uma remuneração anual de 13,01% sobre o seu preço unitário (R$ 855,77).

 

Depressão chinesa

 

Nesta quinta-feira, as principais bolsas de valores asiáticas se recuperaram de maneira singela das fortes desvalorizações registradas nas últimas duas semanas, mas os ganhos foram limitados uma vez que novos dados decepcionantes sobre a segunda maior economia mundial foram divulgados.

A economia chinesa teve uma forte desaceleração nos dois primeiros meses do ano, com o crescimento do investimento, das vendas no varejo e da produção industrial quebrando recordes negativos que já duravam muitos anos – uma performance surpreendentemente fraca que aumenta ainda mais a desconfiança do investidor sobre o futuro do gigante asiático.

O impasse na Ucrânia e uma forte queda nos preços do cobre nas últimas semanas também assustaram os investidores.

O índice Nikkei 225, principal referência da Bolsa de Valores de Tóquio, fechou em vele baixa de -0,10%, cotado em 14.816 pontos.

O índice SSE Composite, principal referência da Bolsa de Valores de Xangai, fechou em alta de +1,07%, cotado em 2.019 pontos.

O índice Hang Seng, principal referência da Bolsa de Valores de Hong Kong, em baixa de -0,56%, cotado em 21.776 pontos.

O índice Sensex (BSE 30), principal referência da Bolsa de Valores de Mumbai, fechou em baixa de -0,37%, cotado em 21.775 pontos.

O índice ASX 200, principal referência da Bolsa de Valores de Sidnei, fechou em alta de +0,53%, cotado em 3.391 pontos.

 

Catástrofe mundial

 

A economia chinesa parece estar desacelerando em um ritmo mais forte do que o mais pessimista dos investidores poderia imaginar.

Além dos péssimos indicadores econômicos divulgados nos últimos dias, algumas situações práticas têm chamado bastante a atenção dos investidores, como o primeiro calote corporativo de uma empresa chinesa e o cancelamento de inúmeras encomendas realizadas com considerável antecedência.

Quer um exemplo que nos afeta diretamente?

Importadores chineses de soja cancelaram até 600 mil toneladas em carregamentos de soja do Brasil e Argentina para envio entre março e maio. Ontem, os contratos futuros da soja negociados na bolsa de mercadorias de Chicago caíram à menor cotação desde 24 de fevereiro devido às preocupações sobre uma redução de demanda na China, maior comprador mundial da oleaginosa.

Os compradores estão negociando com fornecedores para atrasar ou cancelar mais carregamentos. Os contratos futuros da soja já caíram quase 5% nas últimas quatro sessões, com safras abundantes no Brasil e na Argentina aumentando o sentimento baixista provocado pela desaceleração na demanda chinesa.

O cancelamento das compras pela China ocorre depois que o país rejeitou quase 1 milhão de toneladas de milho dos Estados Unidos devido à descoberta de grãos de uma variedade transgênica não autorizada no país.

O que está acontecendo com as commodities agrícolas, também está ocorrendo com os metais, vide o preço do cobre e do minério de ferro nos mercados internacionais.

 

Falta dinheiro

 

Qual a resposta do governo chinês para tudo o que vem acontecendo?

O premiê chinês Li Keqiang afirmou nesta manhã que novos calotes serão inevitáveis.

Falta dinheiro para o governo chinês estimular sozinho o crescimento de sua economia e manter em fogo brando a economia mundal.

E agora, quem vai manter a chama acesa?

 

A volta do Tio Sam

 

Seria a volta dos Estados Unidos ao posto de principal carregador de piano mundial?

Até que seria justo, afinal foram eles que iniciaram toda essa confusão com o estouro da crise imobiliária entre 2007 e 2008.

Desde então, cinco anos já se passaram – tempo suficiente para a principal economia do planeta mostrar que suas feridas finalmente começaram a cicatrizar.

Veja, por exemplo, o dinamismo do mercado de trabalho do país. O número de norte-americanos que tem solicitado auxílo-desemprego vem diminuindo consistentemente, atingindo o menor nível desde novembro. Na última semana, os pedidos de auxílio-desemprego caíram para 315 mil. Economistas projetavam que o número subisse para 330 mil. Muito provavelmente, se não fosse a intensa onda de frio que assolou o país durante praticamente dois meses neste inverno, o mercado de trabalho do país estaria ainda muito melhor.

Outro indicador que se recuperou após um longo e tenebroso inverno foram as vendas no mercado varejista dos Estados Unidos, que cresceram 0,3% em fevereiro e encerraram dois meses consecutivos de queda, num momento que a população preferia manter-se aquecida dentro de casa. As previsões mais otimistas apostavam num crescimento de até 0,2%.

 

E não foi só lá

 

Outro mercado consumidor que também mostrou uma performance acima das expectativas no início de 2014 foi o brasileiro.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as vendas do varejo no Brasil subiram 0,4% em janeiro em relação a dezembro, e 6,2% na comparação com janeiro do ano passado. A maioria dos analistas esperava que as vendas tivessem caído 0,3% em janeiro na comparação com dezembro, e subido 4,5% na comparação com janeiro do ano passado. No acumulado em 12 meses até janeiro, as vendas avançaram 4,3%.

 

Europa derrete

 

As principais bolsas de valores da Europa fecharam no menor nível em cinco semanas nesta quinta-feira,  deprimidas por temores sobre o crescimento econômico na China e as tensões na Ucrânia.

Em Londres, o índice FTSE 100 fechou em baixa de -1,01%, a 6.554 pontos.

Em Frankfurt, o índice DAX 30 caiu -1,86%, para 9.018 pontos.

Em Paris, o índice CAC 40 perdeu -1,29%, para 4.251 pontos. A agência de estatísticas francesa Insee informou nesta quinta-feira que o índice de preços ao consumidor do país registrou alta de 0,6% em fevereiro, após queda da mesma ordem no início de 2014.

Em Milão, o índice FTSE MIB teve desvalorização de -0,91%, para 20.592 pontos. O índice de preços ao consumidor italiano caiu 0,1% em fevereiro, perante o mês anterior, e teve alta de 0,5% ante o segundo mês de 2013. Os dados finais confirmam aqueles anunciados preliminarmente.

Os temores sobre a China se intensificaram depois de dados mostrarem que a economia desacelerou de forma significativa nos dois primeiros meses do ano. O ritmo de crescimento  do investimento, das vendas no varejo e da produção industrial caiu para o menor nível em anos.

A situação na Ucrânia, antes do referendo de domingo na Crimeia também provocou vendas por parte de muitos investidores. Alguns temem que a votação possa motivar duras sanções do Ocidente contra a Rússia.

A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, advertiu nesta quinta-feira a Rússia sobre as consequências extremamente negativas para seu próprios interesses do apoio que o país dá aos planos de adesão à Federação Russa da região ucraniana da Crimeia.

“Se a Rússia prosseguir no mesmo caminho das últimas semanas, não será apenas uma catástrofe para a Ucrânia. Também prejudicará muito a própria Rússia, tanto política como economicamente”, declarou Angela Merkel no Parlamento alemão.

As bolsas de valores ampliaram as perdas na reta final do pregão após o presidente em exercício da Ucrânia, Oleksander Turchinov, dizer que as forças da Rússia estavam concentradas na  fronteira “prontas para invadir”. Apesar disso, ele acredita que os esforços internacionais podem fazer com que Moscou encerre a “agressão”, evitando a guerra.

 

 S&P na área

 

Por aqui, as atenções estiveram voltadas à visita dos técnicos da agência Standard & Poor’s (S&P) em Brasília para avaliar a situação do país e decidir se mantêm ou rebaixam a nota de risco de crédito (rating) soberano, que está em perspectiva negativa desde junho do ano passado.

A expectativa é que o governo esteja reforçando junto à agência a boa recepção do mercado à divulgação das metas fiscais no mês passado e o comprometimento em alcançar o superávit primário de 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano.

A probabilidade de um rebaixamento do rating brasileiro refletida no preço dos ativos hoje é bem menor , principalmente depois do anúncio das metas fiscais, destacando que o CDS (Credit Default Swap) do Brasil recuou para um nível abaixo de 200 pontos-base – um sinal de que o mercado deu um voto de confiança pelo fato de o governo reconhecer certas dificuldades e sinalizar que não fará mais o uso de manobras fiscais para atingir a meta de superávit.

O CDS é um indicador que mede o risco de calote da dívida soberana dos países.

 

A bolsas tupiniquim não aguentou

 

A bolsa de valores brasileira devolveu os ganhos dos últimos dois pregões e renovou sua mínima do ano nesta quinta-feira, pressionada pelo mau humor externo. Dados fracos da China e preocupações com o agravamento das tensões entre Estados Unidos e Rússia por causa da crise geopolítica na Ucrânia afetaram os mercados em Wall Street, que caíram mais de 1%.

Por aqui, as atenções estiveram voltadas à visita dos técnicos da agência S&P em Brasília para avaliar a situação do país e decidir se mantêm ou rebaixam a nota de risco de crédito (rating) soberano. As empresas do setor elétrico lideraram os ganhos no Mercado Bovespa à espera de socorro do governo para compensar os gastos com o uso de geração térmica, impedindo um recuo maior do Ibovespa. O índice fechou em baixa de 0,91%, aos 45.444 pontos, com volume de R$ 5,743 bilhões.

 

O dólar pegou tudo de volta e ficou com o troco

 

O dólar fechou em alta nesta quinta-feira, influenciado por dados positivos norte-americanos no varejo e no mercado de trabalho (pedidos de auxílio-desemprego foram menores que os esperados). A crise na Ucrânia e o crescimento econômico da China também impactaram no preço da moeda após declarações duras do secretário de Estado norte-americano, John Kerry.

A moeda dos EUA subiu 0,1%, para R$ 2,3615 na venda e R$ 2,3600 na compra. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de US$ 1,5 bilhão.

 

Tio Sam também sentiu o golpe

 

As ações dos Estados Unidos caíram nesta quinta-feira, com os índices Dow Jones e S&P 500 registrando seu pior dia desde o início de fevereiro, por maiores preocupações com Ucrânia e Rússia e com a desaceleração da economia chinesa.

O índice Dow Jones recuou 1,41 por cento, para 16.108 pontos. O índice Standard & Poor’s 500 teve desvalorização de 1,17 por cento, a 1.846 pontos. O termômetro de tecnologia Nasdaq Composite caiu 1,46 por cento, a 4.260 pontos.

 

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