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Mercado Diário: o fim (agora em definitivo) do amor entre o mercado financeiro e o governo atual

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Rio de Janeiro, 14 de Abril de 2014 – De acordo com a última edição do Boletim Focus publicado nesta segunda-feira, os principais economistas em atuação no país pioraram (e muito) suas projeções para 2014 sobre o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o Índice Geral de Preços ao Mercado (IGP-M), o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), a Produção Industrial, a Conta Corrente e a Balança Comercial.

 

Batendo no teto

 

A aposta na alta dos preços medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor – Amplo) subiu de 6,35% na semana passada, para 6,47% nesta semana.

Com o novo aumento na previsão do IPCA para este ano, a estimativa do mercado financeiro para a inflação de 2014 praticamente atingiu o teto de 6,50% vigente no sistema de metas inflacionárias do Banco Central. Nos últimos quatro anos, a inflação tem oscilado ao redor de 6,00%. Em 2010, somou 5,91%, passando para 6,50% em 2011, para 5,84% em 2012 e para 5,91% no último ano.

 

O pior dos piores

 

A pior projeção desta edição do Boletim Focus refere-se ao crescimento da Produção Industrial em 2014.

Depois de terem melhorado levemente suas projeções para o indicador no último relatório, após uma série de seis estimativas consecutivas apostando na piora da indústria, os analistas reavaliaram suas posições e voltaram a apostar em uma taxa de crescimento industrial ridícula neste ano: 0,70%, uma queda de 0,80% sobre a última medição.

 

Não sobrou nada

 

O resultado do Boletim Focus desta segunda-feira reflete a falta total de fé que o mercado financeiro  brasileiro tem em relação ao atual governo.

Não é mais nem uma questão de acreditar ou não na capacidade administrativa da presidenta, do ministro da fazenda e da diretoria atual do Banco Central. Mas sim, a constatação pura e simples de que há, na verdade, uma total falta de compromisso dos mesmos com a estabilidade econômica do país.

Já virou uma questão de má fé.

Todos os esforços agora concentram-se em como esconder os fatos do povão, pelo menos até as eleições de outubro.

 

Pode passar o rodo

 

Pro IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas), a ordem já foi dada: nada de ficar divulgando resultado ruim, pelo menos até o fim das eleições.

Fico até imaginando o que passa pela cabeça da presidenta ao ler a prévia de cada relatório.

“O que esses estatísticos têm na cabeça? Acham que podem ir à campo e mensurar com exatidão os resultados da política econômica do governo? Na Argentina não é assim!!! Na Venezuela também não!!! Isso aqui não é França!!! Isso aqui é Brasil!!! Tá me entendendo??? BRASIL!!!

O que é que o Lula vai pensar??? Vai começar a pentelhar o Falcão, dizendo que estou colocando tudo a perder… E o Chaves??? Deve estar me achando uma amadora lá de onde quer que ele esteja”.

 

E me mandar embora

 

A suspensão das divulgações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) para “revisão da metodologia” desencadeou uma crise de gestão no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Coordenadores de pesquisas fundamentais conduzidas pelo IBGE, como as que determinam a inflação oficial e a taxa de desemprego do País, assinaram uma carta enviada ao conselho diretor do instituto na qual ameaçam entregar seus cargos caso não seja revista a decisão de suspender a divulgação da Pnad Contínua. O documento foi assinado por 18 coordenadores e gerentes estratégicos da Diretoria de Pesquisas.

A diretora de pesquisas do IBGE, Márcia Quinsler, já tinha pedido exoneração do cargo depois que o instituto decidiu suspender a divulgação dos resultados da Pnad Contínua até janeiro de 2015.

 

Fitch de olho

 

A agência de classificação de risco Fitch Ratings disse nesta segunda-feira que a capacidade das autoridades brasileiras de fazer políticas de ajustes que direcionem a economia e desequilíbrios fiscais serão foco para a análise da nota do pais até as eleições presidenciais de outubro.

Disse, contudo, que a deterioração em alguns dos fundamentos do crédito soberano do Brasil está dentro, até o momento, da tolerância de classificação da nota BBB.

A Fitch Ratings prevê crescimento de 1,9% para o país em 2014, abaixo do de 2,3% de 2013. Prevê também um déficit nas contas do governo de 4,0% do PIB e um déficit nas contas correntes de 3,7%.

 

Recordar é viver

 

No final de março, a agência de classificação de risco Standard & Poor’s rebaixou a nota de crédito soberano do Brasil, que reflete a confiança de investir no país, de BBB para BBB-. A S&P também mudou a perspectiva do rating de negativa para estável.

 

Meu tesouro tesourinho

 

Nesta segunda-feira, o mercado de títulos públicos brasileiro manteve o ritmo da última sexta-feira, operando praticamente estável.

Todas as Notas do Tesouro Nacional registraram leve alta, com os investidores começando a precificar as novas estimativas sobre a economia brasileira divulgadas nesta segunda-feira via Boletim Focus. Depois de muito ensaio, os principais analistas do Brasil passaram a projetar que, em 2014, a inflação brasileira alcançará o teto da meta inflacionária estipulada em 6,50% pelo  Banco Central (BC).

As Letras Financeiras do Tesouro (LFT) mantiveram o ritmo de alta, subindo 0,04% na comparação diária. Os investidores mantém as apostas na continuidade do ciclo de alta da taxa selic após a divulgação dos índices inflacionários referentes à março. Nos últimos doze meses, o IPCA acumula uma alta de 6,15%, cada vez mais próximo do teto da meta de inflação para o ano de 2014 (6,50%). Já o Índice Geral de Preços ao Mercado (IGP-M), acumula variação anual de 7,30%.

Com o preços dos títulos atrelados à taxa selic subindo, é natural que a cotação dos títulos pré-fixados caia. Pois foi o que aconteceu neste pregão: LTN 010117 e LTN 010118 perderam, respectivamente, 0,12% e 0,12%. Já as Notas dos Tesouro Nacional Série F (NTN-F) com vencimento em 01 de Janeiro de 2025 perderam 0,06% no período.

Na semana (07/04/14 – 14/04/14), os títulos que mais se destacaram no Tesouro Direto foram os de longo prazo: o inflacionário NTN-B 150535 (+ 1,39%) e o pré-fixado NTN-F 010125 (+ 1,14%).

 

Cenário externo

 

Lá fora, continua a preocupação dos investidores com a forte correção nos preços das ações negociadas nas bolsas de valores de Nova Iorque. O medo do estouro de uma nova bolha financeira, agora no setor ponto.com, deixa os investidores ligados a qualquer movimento mais agudo no mercado acionário norte-americano.

A infindável Crise na Ucrânia também preocupa, ampliando o sentimento dos investidores de aversão ao risco. O prazo estabelecido pelo governo ucraniano para que os estados separatistas pró-Rússia abaixassem suas armas venceu na manhã desta segunda-feira. Caso contrário, teriam que enfrentar uma operação antiterrorista de grande escala das Forças Armadas da Ucrânia, aumentando assim, o risco de um confronto militar contra a Rússia.

De positivo, tivemos a divulgação de novos dados sobre as vendas no varejo dos EUA, que registraram a maior alta dos últimos dezoito meses em março, no mais recente sinal de que a economia norte-americana está se livrando de sua fraqueza induzida pelo clima e caminhando à aceleração no segundo trimestre.

 

Ventando pouco

 

Os principais índices de ações das bolsas de valores asiáticas fecharam sem direção definida nesta segunda-feira.

Em Tóquio, o índice Nikkei 225 fechou em baixa de -0,36%, cotado a 13.910 pontos. Em Hong Kong, o índice Hang Seng subiu +0,19%, para 23.053 pontos. Em Xangai, o índice SSE Composite ganhou módicos +0,05%, cotado a 2.132 pontos. Já em Mumbai, o índice Sensex fechou cotado em 22.629 pontos, com perda diária de -0,38%.

O índice de ações japonês atingiu o menor patamar de fechamento dos últimos seis meses. Na semana passada, o Nikkei 225 chegou a perder 7,30% de seu valor, a maior queda semanal desde os devastadores terremoto e tsunami de março de 2011.

 

Upward, Nach Oben, Vers Le Haut, Verso L’alto

 

Os dados econômicos positivos sobre a economia dos Estados Unidos ajudaram os principais índices acionários europeus a interromperem a seqüência de três dias de queda no pregão desta segunda-feira, mas o apetite por risco permaneceu contido diante da ameaça de violência entre forças ucranianas e separatistas pró-Rússia.

Em Londres, o índice FTSE 100 fechou em alta de +0,34%, a 6.583 pontos. Em Frankfurt, o índice DAX 30 subiu +0,26%, para 9.339 pontos. Em Paris, o índice CAC 40 ganhou +0,43%, alcançando à marca de 4.384 pontos. Já em Milão, o índice FTSE MIB teve valorização de +0,55%, para 21.314 pontos.

Ações cíclicas tiveram desempenho pior do que o dos demais setores, uma vez que as tensões na Ucrânia e a volatilidade nos mercados globais levaram os investidores a adotarem postura mais cautelosa e embolsarem os lucros sobre os papéis que mais subiram nos últimos nove meses. Setores que mais dependem da atividade econômica, como viagem e lazer, tecnologia e serviços financeiros também tombaram. Os três setores acumularam alta de entre 15 e 30% no ano passado.

As bolsas da valores foram impulsionadas pelo avanço de setores cujos resultados têm menos exposição às flutuações do ciclo econômico, como alimentos e bebidas, que subiu cerca de um por cento.

 

Vai pra cima deles Tio Sam

 

Os principais índices de ações dos Estados Unidos fecharam em alta nesta segunda-feira, em um pregão volátil, com investidores repercutindo temores geopolíticos, alguns balanços corporativos positivos e o dado de vendas no varejo no país.

O índice Dow Jones Industrial Average avançou 0,91%, para 16.173 pontos. O índice  Standard & Poor’s 500 teve valorização de 0,82%, para 1.830 pontos. O termômetro de tecnologia Nasdaq Composite subiu 0,57%, para 4.022 pontos.

As ações abriram em alta graças ao maior otimismo gerado com os resultados do Citigroup e das vendas no varejo, mas perderam terreno na última hora do pregão.

Os temores geopolíticos voltaram à tona depois que separatistas pró-Rússia que ocupavam prédios do governo em cidades no leste do país ignoraram um ultimato para deixar os locais e outro grupo atacou um quartel da polícia. Rebeldes na cidade de Slaviansk fizeram um apelo pedindo que o presidente da Rússia Vladimir Putin os ajude.

A ação do Citigroup liderou a alta do setor financeiro após o banco anunciar que seu lucro líquido trimestral superou as expectativas. As ações do banco subiram 4,4%, para US$ 47,67.

As ações de biotecnologia mantiveram-se voláteis, encerrando estáveis após subirem 2,7% e caírem 1,9%. Esse grupo de papéis entrou em território deprimido, definido como uma queda de 20% após atingir o pico, na sexta-feira à medida que investidores embolsaram os lucros e empurraram o Nasdaq para baixo de 4 mil pontos pela primeira vez em dois meses.

 

Cenário Interno

 

Além do Boletim Focus, também tivemos nesta segunda-feira a divulgação do resultado parcial da balança comercial brasileira para o mês de abril.

Na segunda semana do mês, as exportações superaram as importações, resultando em superávit de US$ 522 milhões da balança comercial. Com o resultado da última semana, o movimento parcial de abril, que estava negativo, também passou a apresentar superávit. Do início de abril até o o último domingo (13/04/14), foi registrado um saldo positivo de US$ 52 milhões nas transações comerciais do Brasil com o exterior.

Em abril, as exportações somam US$ 8,53 bilhões, com média diária de US$ 948 milhões, e aumento de 1,1% sobre o mesmo mês do ano passado, ao mesmo tempo em que as importações somaram US$ 8,48 bihões – média diária de US$ 942 milhões – e queda de 4,1% sobre abril de 2013.

Na parcial deste ano, até 13 de abril, a balança comercial brasileira registra um déficit (importações maiores do que vendas externas) de US$ 6,02 bilhões. Em igual período do ano passado, o saldo estava deficitário em menor tamanho: US$ 4,21 bilhões. Deste modo, o déficit cresceu 43% no acumulado deste ano.

Na parcial de 2014, as exportações somam US$ 58,12 bilhões, com média diária de US$ 830 milhões, uma queda de 3,7% na comparação com o mesmo período do ano passado. As importações, por sua vez, totalizam US$ 64,14 bilhões, o equivalente a US$ 916 milhões em média por dia útil, com recuo de 0,7% sobre o mesmo período de 2013.

 

Na contra-mão

 

Indo na contramão dos principais mercados internacionais, o índice Ibovespa registrou queda de 0,52% nesta segunda-feira, fechando cotado aos 51.596 pontos. O pregão também apresentou volatilidade, com o índice registrando ganhos e perdas durante o dia.

Para alguns analistas, o Ibovespa entrou em uma zona de resistência ao chegar aos 52 mil pontos, um nível de preço importante para o mercado. Para eles, seria importante uma quebra consistente deste nível para se avaliar o início de uma nova tendência de alta.

No mês, o Ibovespa registra alta de 2,34%. Em 2014, a alta acumulada é de 0,17%.

 

R$ 2,20

 

O dólar fechou em queda de 0,30% nesta segunda-feira, cotado a R$ 2,2134 na compra e R$ 2,2147 na venda. Em um pregão sem muitas novidades, o resultado acabou sendo, em parte, um movimento de ajuste após as altas das últimas sessões. A moeda norte-americana acumulou ganhos de pouco mais de um por cento nos dois pregões anteriores.

Na quarta-feira passada (09 de abril de 2014), o dólar fechou abaixo de R$ 2,20 pela primeira vez desde outubro do ano passado, mas voltou acima desse nível no dia seguinte.

Segundo especialistas, a expectativa de entrada de dólares no país e a constante atuação do Banco Central no mercado de câmbio podem levar a moeda dos Estados Unidos a cair ainda mais nas próximas sessões.

O dólar mais barato ajuda a conter a inflação, já que os produtos importados ficam mais baratos; no entanto, as exportações podem ser prejudicadas, pois os produtos brasileiros ficam mais caros lá fora e podem perder mercados para as empresas estrangeiras.

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