Rio de Janeiro, 27 de Janeiro de 2015 – A inflação do aluguel, medida mensalmente pelo Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), fechou o primeiro mês do ano com 562,482 pontos, após registrar valorização mensal de 0,76%. No mês anterior, o índice oscilou 0,62%. Nos últimos doze meses, o IGP-M acumula alta de 3,98%.
Calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), o IGP-M é um indicador inflacionário de abrangência nacional, que mede a variação dos preços no período compreendido entre os dias 21 (vinte e um) do mês anterior e 20 (vinte) do mês de referência. O indicador é utilizado como referência para a correção de valores de contratos de energia elétrica e aluguel de imóveis.
A leve aceleração IGP-M em janeiro ocorreu mesmo após a retração do Índice de Preços ao Produtor Amplo – Mercado (IPA-M), que tem peso de 60% na composição do indicador e mede a evolução dos preços no setor atacadista brasileiro. Em janeiro, o IPA-M fechou com variação de 0,56%, queda de -0,07 em relação à variação de dezembro (0,63%). O grupo formado por Produtos Agropecuários registrou variação positiva de 1,35% em janeiro e 1,23% em dezembro – leve aceleração de 0,12% na comparação mensal. Já o preço dos itens que compõem o grupo Produtos Industriais oscilou 0,26% em janeiro. No mês anterior, a taxa de variação tinha sido de 0,40%, configurando uma leve desaceleração (-0,14%) na comparação mensal.
As maiores influências positivas para a variação do IPA-M em janeiro foram: batata-inglesa (de 41,43% para 60,43%), feijão em grão (de 11,99% para 23,55%), mandioca (de 0,45% para 12,67%), bovinos (de 3,59% para 1,00%) e óleo combustível (de 1,08% para 4,70%). Já as maiores influências negativas sobre a variação do IPA-M em janeiro foram: minério de ferro (de -5,76% para -5,62%), laranja (de 0,65% para -7,46%), leite in natura (de -5,10% para -2,52%), farelo de soja (de 2,38% para -2,96%) e soja em grão (de 1,69% para -0,74%).
Com peso de 30% na composição do IGP-M, o Índice de Preços ao Consumidor – Mercado (IPC-M) registrou variação de 1,35% em janeiro – alta de 0,59% em relação ao patamar de 0,76% alcançado em dezembro. Das oito classes de despesa que compõem esse índice, seis registraram acréscimo em suas taxas de variação, com destaque para a aceleração dos preços aferidos no grupo Alimentação (0,85% para 1,66%).
As maiores influências positivas para a variação do IPC-M em janeiro foram: tarifa de eletricidade residencial (de 3,33% para 7,29%), tarifa de ônibus urbano (de -0,04% para 5,38%), batata-inglesa (de 21,92% para 44,99%), curso de ensino superior (de 0,00% para 5,06%) e aluguel residencial (de 1,03% para 2,37%). Já as maiores influências negativas sobre a variação do IPC-M em janeiro foram: passagem aérea (de 26,76% para -8,09%), show musical (de 3,12% para -1,95%), leite tipo longa vida (de -5,55% para -1,51%), gasolina (de 1,30% para -0,39%) e perfume (de 0,47% para -0,66%).
Também com aceleração de preços, o Índice Nacional de Custo da Construção – Mercado (INCC-M) registrou alta de 0,70% em janeiro, ante valorização 0,25%, no mês anterior – expansão de 0,45 ponto percentual. O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços acumulou variação de 0,62% em janeiro, contra 0,27% registrado em dezembro. O índice Mão de Obra, por sua vez, registrou variação de 0,77%, ante 0,24% do período anterior.
As maiores influências positivas para a variação do INCC-M em janeiro foram: ajudante especializado (de 0,23% para 0,82%), tubos e conexões de PVC (de -0,35% para 3,94%), servente (de 0,24% para 0,72%), vale transporte (de 0,00% para 5,64%) e carpinteiro (de 0,25% para 0,85%). Já as maiores influências negativas sobre a variação do INCC-M em janeiro foram: aluguel de máquinas e equipamentos (de -0,01% para -0,24%), cimento portland comum (de 0,08% para -0,08%), vergalhões e arames de aço ao carbono (de -0,47% para -0,06%), portas e janelas de madeira (de 0,64% para -0,07%) e rodapé de madeira (de 0,02% para -0,07%).
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