Rio de Janeiro, 15 de Janeiro de 2015 – O Índice Geral de Preços 10 (IGP-10) fechou o primeiro mês do ano com 570,125 pontos, após registrar valorização mensal de 0,42%. No mês anterior, o índice oscilou 0,98%. Nos últimos doze meses, o IGP-10 acumula alta de 3,72%.
Calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), o IGP-10 é um indicador inflacionário de abrangência nacional, que mede a variação dos preços no período compreendido entre os dias 11 (onze) do mês anterior e 10 (dez) do mês de referência.
A desaceleração IGP-10 em janeiro foi determinada pela retração do Índice de Preços ao Produtor Amplo 10 (IPA-10), que tem peso de 60% na composição do indicador e mede a evolução dos preços no setor atacadista brasileiro. Em janeiro, o IPA-10 fechou com variação de 0,21%, queda de 0,96 em relação à variação de dezembro (1,17%). O grupo formado por Produtos Agropecuários registrou variação positiva de 0,76% em janeiro e 2,20% em dezembro – forte desaceleração de 1,44% na comparação mensal. Já o preço dos itens que compõem o grupo Produtos Industriais não oscilou em janeiro. No mês anterior, a taxa de variação tinha sido de 0,78%.
As maiores influências positivas para a variação do IPA-10 em janeiro foram: batata-inglesa (de 44,77% para 61,60%), feijão em grão (de 8,72% para 22,99%), soja em grão (de 3,87% para 1,05%), óleo combustível (de 1,08% para 4,70%) e bovinos (de 5,43% para 0,74%). Já as maiores influências negativas sobre a variação do IPA-10 em janeiro foram: minério de ferro (de -5,46% para -5,86%), leite in natura (de -4,42% para -4,97%), laranja (de 5,65% para -9,84%), farelo de soja (de 6,26% para -4,13%) e aves (de -2,94% para -2,32%).
Com peso de 30% na composição do IGP-10, o Índice de Preços ao Consumidor 10 (IPC-10) registrou variação de 1,05% em janeiro – alta de 0,33% em relação ao patamar de 0,72% alcançado em dezembro. Das oito classes de despesa que compõem esse índice, seis registraram acréscimo em suas taxas de variação, com destaque para a aceleração dos preços aferidos no grupo Alimentação (0,70% para 1,48%).
As maiores influências positivas para a variação do IPC-10 em janeiro foram: tarifa de eletricidade residencial (de 3,93% para 6,25%), batata-inglesa (de 41,09% para 34,83%), tarifa de ônibus urbano (de 0,27% para 2,38%), refeições em bares e restaurantes (de 0,44% para 0,73%) e aluguel residencial (de 0,92% para 0,87%). Já as maiores influências negativas sobre a variação do IPC-10 em janeiro foram: leite tipo longa vida (de -5,49% para -2,71%), tomate (de -2,03% para -5,40%), gasolina (de 2,20% para -0,49%), geladeira e freezer (de -0,01% para -1,63%) e banana nanica (de 0,93% para -7,00%).
Também com desaceleração de preços, o Índice Nacional de Custo da Construção 10 (INCC-10) registrou alta de 0,35% em janeiro, ante valorização 0,42%, no mês anterior – retração de 0,07 ponto percentual. O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços acumulou variação de 0,38% em janeiro, contra 0,37% registrado em dezembro. O índice Mão de Obra, por sua vez, registrou variação de 0,35%, ante 0,42% do período anterior.
As maiores influências positivas para a variação do INCC-10 em janeiro foram: ajudante especializado (de 0,50% para 0,32%), tubos e conexões de PVC (de 0,03% para 2,00%), servente (de 0,51% para 0,31%), vale transporte (de 0,00% para 2,19%) e engenheiro (de 0,41% para 0,52%). Já as maiores influências negativas sobre a variação do INCC-10 em janeiro foram: massa de concreto (de 0,16% para -0,11%), cimento portland comum (de 0,09% para -0,02%), rodapé de madeira (de 0,37% para -0,22%), mármore e granito trabalhados (de 0,28% para -0,10%) e tábua corrida para assoalho (de 0,60% para -0,17%).
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