Rio de Janeiro, 06 de Fevereiro de 2015 – A inflação medida mensalmente pelo Índice Geral de Preços Disponibilidade Interna (IGP-DI) fechou o primeiro mês do ano com 554,835 pontos, após registrar valorização mensal de 0,67%. No mês anterior, o índice oscilou 0,38%. Nos últimos doze meses, o IGP-DI acumula alta de 4,06%.
Calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), o IGP-DI é um indicador inflacionário de abrangência nacional, que mede a variação dos preços no período compreendido entre os dias 01 (um) e 31 (trinta e um) do mês de referência.
A aceleração IGP-DI em janeiro ocorreu mesmo após a retração do Índice de Preços ao Produtor Amplo – Disponibilidade Interna (IPA-DI), que tem peso de 60% na composição do indicador e mede a evolução dos preços no setor atacadista brasileiro. Em janeiro, o IPA-DI fechou com variação de 0,23%, queda de -0,07 em relação à variação de dezembro (0,30%). O grupo formado por Produtos Agropecuários registrou variação positiva de 0,70% em janeiro e 0,72% em dezembro – leve desaceleração de -0,02% na comparação mensal. Já o preço dos itens que compõem o grupo Produtos Industriais oscilou 0,04% em janeiro. No mês anterior, a taxa de variação tinha sido de 0,13%, também configurando desaceleração (-0,09%) na comparação mensal.
As maiores influências positivas para a variação do IPA-DI em janeiro foram: batata-inglesa (de 54,14% para 34,40%), feijão em grão (de 20,19% para 15,33%), mandioca (de 1,19% para 21,54%), bovinos (de 1,82% para 1,40%) e óleo de soja refinado (de -0,49% para 5,67%). Já as maiores influências negativas sobre a variação do IPA-DI em janeiro foram: minério de ferro (de -5,82% para -5,33%), laranja (de -6,44% para -9,71%), querosene de aviação (de -1,86% para -12,61%), farelo de soja (de 3,89% para -3,32%) e soja em grão (de 0,91% para -4,99%).
Com peso de 30% na composição do IGP-DI, o Índice de Preços ao Consumidor – Disponibilidade Interna (IPC-DI) registrou variação de 1,73% em janeiro – alta de 0,98% em relação ao patamar de 0,75% alcançado em dezembro. Das oito classes de despesa que compõem esse índice, seis registraram acréscimo em suas taxas de variação, com destaque para a aceleração dos preços aferidos no grupo Habitação (0,70% para 2,01%).
As maiores influências positivas para a variação do IPC-DI em janeiro foram: tarifa de eletricidade residencial (de 2,65% para 9,41%), tarifa de ônibus urbano (de 0,43% para 9,18%), batata-inglesa (de 19,44% para 36,79%), curso de ensino superior (de 0,00% para 8,30%) e curso de ensino fundamental (de 0,00% para 10,07%). Já as maiores influências negativas sobre a variação do IPC-DI em janeiro foram: passagem aérea (de 14,70% para -11,12%), tarifa de táxi (de 8,67% para -5,04%), leite tipo longa vida (de -4,08% para -1,58%), blusa feminina (de 1,33% para -2,15%) e perfume (de 0,37% para -1,47%).
Também com aceleração de preços, o Índice Nacional de Custo da Construção – Disponibilidade Interna (INCC-DI) registrou alta de 0,92% em janeiro, ante valorização 0,08%, no mês anterior – expansão de 0,84 ponto percentual. O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços acumulou variação de 0,97% em janeiro, contra 0,18% registrado em dezembro. O índice Mão de Obra, por sua vez, registrou variação de 0,87%, ante 0,00% do período anterior.
As maiores influências positivas para a variação do INCC-DI em janeiro foram: ajudante especializado (de 0,00% para 0,83%), tubos e conexões de PVC (de -0,18% para 3,74%), servente (de 0,00% para 0,86%), vale transporte (de 0,13% para 9,20%) e carpinteiro (de 0,00% para 0,96%). Já as maiores influências negativas sobre a variação do INCC-DI em janeiro foram: pedra britada (de 0,02% para -0,22%), cimento portland comum (de -0,09% para -0,06%) e rodapé de madeira (de -0,29% para -0,17%).
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