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IPP: inflação mensal medida na porta das fábricas acelera em fevereiro e acumula alta de 0,28% no ano

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Rio de Janeiro, 15 de Abril de 2015 – Em fevereiro de 2015, os preços coletados nas indústrias de transformação variaram, em média, 0,26% quando comparados a janeiro de 2015, número superior ao observado na comparação entre janeiro de 2015 e dezembro de 2014 (0,02%). Com isso, o acumulado no ano fica em 0,28% e, nos últimos 12 meses, 2,74%, abaixo dos 3,01% verificados em janeiro.

Entre os dois primeiros meses do ano, dezessete das vinte e três atividades pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apresentaram variações positivas de preços, contra dezesseis do mês anterior. As quatro maiores variações observadas em fevereiro se deram entre os produtos compreendidos nas seguintes atividades industriais: fumo (4,92%), outros equipamentos de transporte (4,43%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (4,11%) e calçados e artigos de couro (3,91%).

Confira a performance mensal de todos os grupos de indústria avaliados pelo IBGE em fevereiro de 2015 para elaboração do IPP

Em termos de influência, na comparação entre fevereiro e janeiro de 2015, alguns itens sobressaíram: outros produtos químicos (-0,33%), refino de petróleo e produtos de álcool (-0,27%), alimentos (0,20%) e papel e celulose (0,10%).

A seguir são analisados com mais detalhes cinco setores, que, no mês de janeiro, encontravam-se entre os principais destaques do Índice de Preços ao Produtor.

Alimentos

Em fevereiro, os preços do setor variaram em média 1,00%, chegando a 0,72% no acumulado no ano. Esta é a segunda maior taxa observada para um mês de fevereiro em toda a série (a maior é a de 2010, 2,06%).

Na comparação contra mesmo mês de 2014, a variação de preços foi de 2,68%, a menor observada nos meses de fevereiro da série iniciada em fevereiro de 2011.

As maiores variações se deram em produtos de menor peso no cálculo, enquanto, entre os de maior influência, dois – resíduos da extração de soja e carnes de bovinos frescas ou refrigeradas – estão também entre os de maior contribuição. A influência dos quatro produtos (além dos já citados, carnes e miudezas de aves congeladas e óleo de soja refinado) soma 0,31 ponto percentual, com variação negativa apenas em resíduos da extração de soja.

Em relação aos produtos destacados em termos de influência, a desvalorização cambial (quase 7,0%) afetou os produtos exportados, entre eles as carnes de aves e bovinas já citadas. No caso dos derivados de soja, o preço do óleo de soja refinado, além da desvalorização cambial, esteve em sintonia com a maior demanda externa pelo produto usado como insumo de biocombustíveis. No caso de resíduos da extração de soja, mesmo com a desvalorização do real, o preço recuou no mês, o que é coerente com o preço de curto e médio prazo na Bolsa de Chicago.

Papel e celulose

O setor de papel e celulose apresentou uma variação média de preços de 2,84% no mês de fevereiro, valor superior ao observado no mês anterior, que foi de 0,90%.

Com aumento generalizado nos preços dos produtos pesquisados no setor, são destacados em termos de variação e influência: caixas e cartonagens dobráveis de papel-cartão ou cartolina, celulose, papel para escrita, impressão e outros usos gráficos, não revestidos de matéria inorgânica e papel kraft para embalagem não revestido. Somente estes quatro produtos foram responsáveis por 2,60 pontos percentuais da variação total do setor. Os três primeiros produtos também se destacam como maiores influências nos indicadores acumulado no ano e em 12 meses.

No índice acumulado no ano, a variação média de preços foi de 3,76%. Já os aumentos seguidos de preço apresentados desde julho de 2014 (última variação negativa foi em junho de 2014) se refletem no resultado do indicador acumulado em 12 meses, que foi de 10,36%. Em comparação com os outros 22 setores analisados pelo IPP, este resultado é o quarto maior. A maior influência foi do produto celulose, devido à valorização do dólar observada nos últimos meses, já que seu preço é fortemente influenciado pelo mercado externo.

Refino de petróleo e produtos de álcool

Na comparação com janeiro, os preços do setor tiveram a maior taxa negativa da série (-2,41%). Com isso, o acumulado no ano alcançou -3,77%, taxa que nunca ocorreu anteriormente. Igualmente, o resultado obtido no indicador acumulado em 12 meses (-2,26%) é a maior taxa negativa da série, na qual só houve outro ponto negativo, em abril de 2012 (- 0,39%).

Ao dar destaque aos produtos que tiveram maiores variações de preços e os que mais influenciaram o resultado do indicador mensal, três são comuns nas duas listas: naftas, querosenes de aviação e álcool etílico (anidro ou hidratado). No caso da influência, o quarto produto é óleo diesel e outros óleos combustíveis. A soma da influência desses produtos é de -2,36 pontos percentuais. O panorama de preços da atividade de refino de petróleo e produtos de álcool expressa, por um lado, a queda internacional do preço do petróleo e, por outro, o período de entressafra da cana.

Outros produtos químicos

A indústria química registrou no segundo mês de 2015 uma variação negativa de preços (-3,17%), a maior variação deste tipo na atividade desde o início da pesquisa, acumulando no ano uma variação negativa de 4,91% e, nos últimos 12 meses, de -6,67%, os menores valores obtidos do setor neste tipo de medição no IPP.

Todos os produtos em destaque na variação de preços do mês em relação ao mês anterior tiveram valores negativos (amoníaco, estireno, etileno (eteno) não-saturado e fenol (hidroxibenzeno) e seus sais). Em contrapartida, no caso dos produtos químicos inorgânicos (adubos, fosfatos, entre outros), as pressões observadas são de alta de preços, destacando-se, em termos de influência, adubos ou fertilizantes à base de NPK nos três índices analisados (mês contra mês anterior, acumulado no ano e acumulado nos últimos 12 meses) com valores positivos.

Metalurgia

Ao comparar os preços do setor em fevereiro contra janeiro de 2015, houve uma variação positiva de 0,65%, representando a sexta variação positiva nos últimos sete meses. Com isso, o setor acumulou nos últimos 12 meses uma variação de preços de 6,17% e, no acumulado do ano, de 1,32%.

A maioria dos destaques, tanto na variação de preços quanto em influência, na comparação mês contra mês imediatamente anterior, foram os produtos do grupo de metalurgia dos materiais não ferrosos: chapas e tiras de alumínio, em outras formas, com variação negativa de preços; lingotes, blocos, tarugos ou placas de aços ao carbono, com variação e influência negativas de preços; alumínio não ligado em formas brutas, com influência positiva; e ligas de alumínio em formas brutas, com variação e influência positivas. Ainda com relação às variações no mês contra o mês imediatamente anterior, aparece um único produto do grupo siderúrgico, bobinas ou chapas de aços inoxidáveis, inclusive tiras, que também é destaque na influência com sua variação positiva de preços. Os quatro produtos com destaque na análise de influências no indicador mensal representam 0,18 ponto percentual da variação no mês positiva de 0,65%.

Em relação às principais influências no acumulado em 12 meses, todos os produtos em destaque apresentaram resultados positivos: alumínio não ligado em formas brutas, bobinas ou chapas de aços inoxidáveis, inclusive tiras, barras de outras ligas de aços, exceto inoxidáveis e ligas de alumínio em formas brutas.

Os resultados globais deste setor foram fortemente influenciados pelas variações do real em relação ao dólar (desvalorização em 18,2% nos últimos 12 meses e de 7,0% no último mês) e dos gastos referentes ao consumo energético para produção que fizeram um contraponto às fortes flutuações de preços internacionais dos metais não ferroso.

Veículos automotores

Na comparação entre fevereiro e janeiro de 2015, os preços dos produtos do setor variaram em média 0,79%. Com isso, o setor acumulou aumento de 2,14% em fevereiro, taxa sem precedentes em fevereiros anteriores. A taxa acumulada em janeiro (1,33%) havia sido também a maior entre o mesmo mês em toda a série. Em setembro de 2014, houve a maior taxa mensal do índice (1,69%), e, a partir daí, a série acumulou as seis maiores taxas na comparação mês contra mesmo mês do ano anterior, partindo de 4.78% em setembro de 2014 até alcançar 7,25% em fevereiro agora.

Nos produtos em destaque no indicador mensal, quer seja em termos de variação, quer seja em termos de influência, houve apenas uma variação negativa de preços, observada em bombas injetoras para veículos automotores, que figura em destaque em termos de variação. Dos quatro produtos destacados em termos de influência – automóveis para passageiros, a gasolina, álcool ou bicombustível, de qualquer potência, peças para motor de veículos automotores, caminhão-trator para reboques e semi-reboques e chassis com motor para ônibus ou para caminhões – peças e caminhão-trator também figuram como destaque em termos de variação. Os quatro produtos em destaque em influência somaram 0,67 ponto percentual.

IPP

Produzido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice de Preços ao Produtor (IPP) tem como principal objetivo medir a variação média dos preços de venda recebidos pelos produtores domésticos de bens e serviços, sinalizando as tendências inflacionárias de curto prazo no Brasil.

O IPP mensura a evolução dos preços de produtos de vinte e três setores da indústria de transformação. Cerca de mil e quatrocentas empresas são visitadas pelo IBGE para a pesquisa.

Os preços coletados ainda não apresentam a incorporação de impostos tarifas e fretes, sendo definidos apenas pelas práticas comerciais usuais. O instituto coleta, aproximadamente, cinco mil preços por mês.

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