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Boletim Focus: Análise semanal pela corretora Concórdia

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Resumo semanal elaborado Flávio Combat, economista-chefe da corretora Concórdia.

A pesquisa Focus do Banco Central apontou uma projeção mediana de IPCA para 2015 de 9,23%, contra 9,15% na semana anterior. Para 2016, a expectativa de inflação está em 5,40%. A projeção de PIB para 2015 recuou para -1,76%. A projeção de crescimento para 2016 recuou de 0,33% para 0,20%. A Selic (fim de período) projetada para 2015 recuou para 14,25% aa. Para 2016, a projeção para os juros permaneceu em 12,00% aa. A taxa de câmbio (fim de período) projetada para 2015 subiu para R$/US$ 3,25. O câmbio projetado para 2016 continuou em R$/US$ 3,40.

– Inflação 2015: A projeção mediana de IPCA passou de 9,15% para 9,23%.
– Inflação 2016: Para 2016, a projeção de IPCA permaneceu em 5,40%.
– Avaliação: O indicador de inflação mais recente, o IPCA-15 registrou desaceleração na margem, ao passar de 0,99% para 0,59% entre junho e julho. Em doze meses, a inflação acumulou uma variação de 9,25%. Em julho, destaque para a desaceleração de Alimentação e bebidas (de 1,21% para 0,64%) e para os Transportes (de 0,85% para 0,14%%). Dentre os fatores que pesaram na trajetória inflacionária ao longo dos últimos meses, a correção dos preços administrados contingenciados em 2014 (eletricidade, combustíveis, água, tarifas de transporte público) é um dos elementos centrais. As projeções de inflação incorporam também o impacto do câmbio mais desvalorizado sobre a inflação (o chamado repasse cambial): diversos segmentos da indústria dependem de insumos importados, que ficaram mais caros em dólar, com o inevitável aumento de custos de produção e repasse para o consumidor final. Os preços de bens de consumo importados também estão sendo reajustados, como reflexo da desvalorização cambial corrente e da própria expectativa de um câmbio ainda mais desvalorizado em 2015 e 2016. Considerando esse conjunto de pressões, projetamos um IPCA de 9,10% em 2015 e de 5,70% em 2016.

– PIB 2015: O crescimento esperado para 2015 recuou de -1,70% para -1,76%.
– PIB 2016: A projeção do PIB para 2016 recuou de 0,33% para 0,20%.
– Avaliação: O Produto Interno Bruto brasileiro caiu 0,2% no primeiro trimestre de 2015, contra expansão de 0,3% no trimestre anterior. Em doze meses, a economia brasileira registrou contração de 0,9%. Na comparação com igual período de 2014, a economia teve contração de 1,6%. Pela ótica da oferta, o principal destaque de crescimento veio da Agropecuária, com expansão de 4,7%. A Indústria (-0,3%) e os Serviços (-0,7%) registraram contração. Pela ótica da demanda, a FBCF caiu 1,3% e o Consumo das Famílias teve queda de 1,5%. Para 2015, projetamos uma contração do PIB de 1,50%, sob influência: do impacto recessivo do ajuste fiscal em curso; do encarecimento do crédito, como resultado do aumento da taxa Selic; do menor crescimento dos investimentos; e da desaceleração do consumo das famílias (já refletindo o aumento do desemprego, a redução da renda real disponível e o encarecimento do crédito).

– Juros 2015: Para 2015, a projeção para a Selic recuou para 14,25% aa.
– Juros 2016: A projeção de juros para 2016 permaneceu em 12,00% aa.
– Avaliação: O Copom decidiu, em junho, promover um aumento de 50 bps na Selic, elevando a taxa de juros a 13,75% aa. Essa decisão confirmou a nossa projeção. A ata da reunião justificou a decisão de elevar os juros tendo em vista: (i) a pressão inflacionária persistente; (ii) o repasse cambial para a inflação; (iii) a expectativa de valorização do dólar ao longo de 2015 (como reflexo das mudanças esperadas na política monetária dos EUA e das incertezas sobre a economia brasileira); (iv) e o reajuste dos preços administrados (como já confirmado para os combustíveis, água, eletricidade e transporte urbano). O BC sinalizou em sua ata disposição para dar continuidade ao ajuste dos juros, de tal forma que projetamos mais um aumento de 50 bps em julho, elevando a Selic a 14,25% aa. Para 2016, projetamos uma Selic, fim de período, de 12,00% aa.

– Câmbio 2015: Para 2015, a projeção de câmbio subiu de R$/US$ 3,23 para R$/US$ 3,25.
– Câmbio 2016: Para 2016, o câmbio projetado permaneceu em R$/US$ 3,40.
– Avaliação: Na primeira quinzena de julho, observamos o aumento da pressão por desvalorização do Real em relação ao dólar, com a taxa atingindo uma máxima de R$/US$ 3,22, contra R$/US$ 3,11 no começo do mês. A principal fonte de pressão cambial nesse período foi o risco de default da Grécia e a possibilidade de que o país deixasse a Zona do Euro. Diante das dúvidas sobre a economia grega, aumentou a aversão mundial ao risco e, como consequência, observamos uma preferência pela liquidez em dólar, valorizando a moeda norte-americana contra um conjunto de divisas. Paralelamente, as sucessivas quedas da bolsa de valores na China também elevaram a percepção de risco dos investidores, que voltaram a buscar refúgio no dólar. Pesa ainda sobre a taxa de câmbio a incerteza sobre o momento em que o Fed iniciará o aumento da taxa de juros nos EUA. As sinalizações mais recentes dão conta de que o Fed pretende iniciar o ciclo de aperto monetário ainda em 2015, possivelmente entre o final do terceiro e o começo do quarto trimestre. No Brasil, o acirramento dos empasses políticos entre o Executivo e o Legislativo também contribuem para o aumento da percepção de risco em relação à nossa economia. Considerando esse conjunto de fatores, projetamos uma taxa de câmbio, fim de período, de R$/US$ 3,20 em 2015.

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