São Paulo, 05 de Julho de 2015 – De acordo com a Pesquisa Industrial Mensal Produção Física (PIM – PF) divulgada mensalmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção da indústria brasileira em maio de 2015 recuou 8,8% na comparação com o mesmo mês do ano anterior. A atividade de veículos automotores, reboques e carrocerias recuou 25,5% na comparação com maio de 2014, exercendo a maior influência negativa na formação do índice médio sobre o desempenho da indústria nacional.

Este foi o décimo quinto resultado anual negativo consecutivo registrado pelo indicador. Também foi a queda mais acentuada entre as perdas anuais observadas em março (-3,4%) e em abril (-7,8%).

Na comparação com maio de 2014, houve queda generalizada nas quatro grandes categorias econômicas, em 23 dos 26 ramos, 64 dos 79 grupos e 72,4% dos 805 produtos pesquisados. Vale citar que maio de 2015 (20 dias) teve um dia útil a menos do que igual mês do ano anterior (21 dias).

Categorias Econômicas

Os setores de bens de capital (-26,3%) e bens de consumo duráveis (-17,8%) assinalaram, em maio de 2015, as reduções mais acentuadas entre as grandes categorias econômicas. Os setores produtores de bens de consumo semi-duráveis e não-duráveis (-10,4%), com queda mais intensa do que a média nacional (-8,8%), e de bens intermediários (-4,9%) também apontaram resultados negativos nesse mês.

Atividades Industriais

Entre as atividades, a de veículos automotores, reboques e carrocerias, que recuou 25,5%, obteve a maior influência negativa na formação da média da indústria, pressionada em grande parte pela redução na produção de automóveis, caminhões, caminhão-trator para reboques e semirreboques, veículos para transporte de mercadorias, reboques e semirreboques e autopeças.

Outras participações negativas importantes sobre o total nacional vieram de produtos alimentícios (-8,7%), de máquinas e equipamentos (-20,8%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-32,4%), de produtos de metal (-14,3%), de metalurgia (-8,0%), de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-16,4%), de produtos de borracha e de material plástico (-10,0%), de bebidas (-10,9%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-11,7%), de produtos têxteis (-17,3%), de confecção de artigos do vestuário e acessórios (-11,9%), de produtos de minerais não-metálicos (-6,9%) e de outros produtos químicos (-4,4%).

Produtos

Em termos de produtos, os impactos negativos mais importantes nesses ramos foram, respectivamente, açúcar cristal, VHP e refinado de cana, carnes de bovinos frescas ou refrigeradas, leite em pó e sucos concentrados de laranja; motoniveladores, tratores agrícolas, brocas para perfuração ou sondagem de poços de petróleo e gás, aparelhos de ar-condicionado de paredes (inclusive tipo slit system ), silos metálicos para cereais, carregadoras-transportadoras, válvulas, torneiras e registros e compactadores e rolos ou cilindros compressores; televisores, telefones celulares, computadores pessoais portáteis (laptops , notebooks, tablete  e semelhantes), gravador ou reprodutor de sinais de áudio e vídeo (DVD, home theater  e semelhantes), monitores de vídeo para computadores, computadores pessoais de mesa (PC desktops ), peças e acessórios para máquinas de processamento de dados, placas de circuito impresso montadas para informática, aparelhos de comutação para telefonia celular, receptordecodificador de sinais de vídeos codificados e rádios para veículos automotores; estruturas de ferro e aço, parafusos, ganchos, pinos ou porcas de ferro e aço, esquadrias de alumínio, construções pré-fabricadas de metal, latas de alumínio para embalagem de produtos diversos, artefatos diversos de serralheria e andaimes tubulares e material para andaimes; vergalhões de aços ao carbono, artefatos e peças diversas de ferro fundido, tubos, canos e perfis ocos de aço, chapas a quente de aços ao carbono não revestidos, barras, perfis e vergalhões de cobre e de ligas de cobre e bobinas a frio de aços ao carbono não revestidos; medicamentos; peças e acessórios de plástico para indústria automobilística, pneus novos para ônibus e caminhões e tubos flexíveis de plásticos; cervejas, chope, refrigerantes e vinhos de uvas; transformadores, refrigeradores ou congeladores (freezers ) para uso doméstico, conversores estáticos elétricos ou eletrônicos, fogões de cozinha para uso doméstico, aparelhos elétricos de alarme para proteção e partes ou peças para transformadores; tecidos de algodão tintos ou estampados, fios de algodão retorcidos, tecidos de algodão crus ou alvejados, roupas de cama de tecidos e tecidos de malha de fibras sintéticas; calças compridas, camisetas de malha, camisas, blusas e semelhantes de uso feminino, meias-calças de fibra sintética e cuecas e semelhantes de malha; cimentos “Portland ” e massa de concreto preparada para construção; e adubos ou fertilizantes com nitrogênio, fósforo e potássio (NPK), inseticidas para uso na agricultura e tintas e vernizes para construção e impressão.

Por outro lado, ainda na comparação com maio de 2014, entre as três atividades que aumentaram a produção, o principal impacto foi observado em indústrias extrativas (7,7%), impulsionado, em grande parte, pelos avanços nos itens minérios de ferro pelotizados e em bruto e óleos brutos de petróleo.

Entenda a Pesquisa Industrial Mensal (PIM)

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), através da Pesquisa Industrial Mensal, produz indicadores de curto prazo relativos ao setor industrial brasileiro.

Iniciada na década de setenta, a pesquisa abrange todo o território nacional e é divulgada mensalmente, em duas versões: PIM-PF e PIMES.

A Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) avalia o comportamento da produção real mensal nas indústrias extrativa e de transformação do país. O IBGE divulga mensalmente dois relatórios sobre a produção física no Brasil: um nacional e outro regional.

A Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário (PIMES) avalia o comportamento do emprego e dos salários nas atividades industriais do país.

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