A atividade econômica brasileira cresceu 0,03% em maio com relação ao mês imediatamente anterior, de acordo com informações divulgadas através do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br). Esse índice é uma forma de avaliar a evolução da atividade econômica do país e é um dos indicadores utilizados pelo Banco Central (BC) para definir a taxa básica de juros, a Taxa Selic. Teoricamente, com leve crescimento da economia, a pressão inflacionária atual seria mantida, fazendo com que o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) optasse pela manutenção ou pelo aumento da taxa de juros atual.
São Paulo, 21 de Julho de 2015 – Com leve expansão mensal, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) atingiu em maio o seu segundo nível mais baixo desde maio de 2012 na série com ajustes sazonais. Até então, o nível mais baixo neste período fora atingido no mês anterior: 142,51 pontos. De acordo com a série histórica do Banco Central para o indicador, o IBC passou de 142,51 pontos em abril (dado já revisado) para 142,55 pontos em maio. Há três anos, o Índice de Atividade do BC estava em 142,24 pontos.
Na série observada, houve forte queda de 1,27% na passagem de abril para maio – passou de 142,63 pontos (dado revisado) para 140,82 pontos no período. Mesmo assim, já havia sido verificado um patamar baixo nessa série mais recentemente. Em fevereiro deste ano, o IBC estava em 137,89 pontos, também de acordo com dados do BC.
O IBC-Br é uma das ferramentas utilizadas pelo BC para definir a taxa básica de juros da economia brasileira, a Taxa Selic. Em tese, com o menor crescimento da economia, haveria uma menor pressão inflacionária, fazendo com que o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) optasse pela manutenção ou pela diminuição da taxa de juros. Atualmente, os juros básicos da economia estão em 13,75% ao ano – o maior patamar em quase nove anos. A expectativa do mercado, no entanto, é por uma nova elevação da Taxa Selic na próxima reunião do Copom, marcada para os dias 28 e 29 de julho. O mercado financeiro brasileiro estima que a taxa de juros anual será aumentada em 0,25% na próxima reunião, atingindo o patamar de 14,0% ao ano.
Pelo sistema de metas de inflação que vigora no Brasil, o BC precisa calibrar os juros para atingir as metas inflacionárias estabelecidas previamente. Quanto maiores os juros, haverá menos pessoas e empresas dispostas a consumir, o que tende a fazer com que os preços tendam a diminuir ou permaneçam estáveis.
Para 2015 e 2016, a meta central de inflação é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Desse modo, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerada a inflação oficial do país e medida pelo IBGE, pode ficar entre 2,5% e 6,5%, sem que a meta seja formalmente descumprida.
Neste ano, tanto o mercado financeiro quanto o governo, e até mesmo o Banco Central, acreditam que inflação oficial ficará acima do teto de 6,5% do sistema de metas. O mercado estima um IPCA de 9,10% para 2015. O governo, por sua vez, prevê que a inflação deste ano atingirá 8,20%. Já o Banco Central trabalha com uma previsão inflacionária de 7,90% até o final do ano. A autoridade monetária tem afirmado que trabalha para trazer a inflação para o centro da meta, de 4,5%, até o final de 2016.
Notícias Relacionadas
– IBC-Br volta a subir, fechando Maio de 2015 com variação mensal de 0,03%
– PIB: Banco Central estima que economia brasileira fechou o quinto mês de 2015 com leve expansão
– PIB: Economia brasileira fecha Maio de 2015 com queda de 1,68% acumulada nos últimos doze meses