A equipe de analistas da corretora Concórdia, formada por Karina Freitas, Daniela Martins e Danilo de Julio, fez uma análise do resultado do segundo trimestre de 2015 (2T15).

Os números da companhia ficaram em linha com as expectativas do mercado, com cenário recessivo e aumento de tarifas impactando negativamente o volume faturado em sua área de concessão. A receita líquida mostrou avanço de 14,7% na comparação anual, influenciada, principalmente, pelos reajustes e revisão tarifária extraordinária, aplicados às tarifas. Energia comprada para revenda e encargos, aliados ao maior reconhecimento de provisões e desembolso com gás – proveniente da consolidação da Gasmig –, pressionaram o resultado operacional e lucro líquido ante o 2T14. Assim como outras empresas do setor, os números da Cemig refletiram a conjunção de fatores negativos, com retração da atividade e preços elevados de energia afetando o consumo, não só do mercado industrial, como também do residencial e comercial. Isto, combinado ao contexto hídrico ainda desfavorável e a pendência referente às concessões de suas usinas hidrelétricas – vencida e a vencer – nos mantém com postura cautelosa em relação às ações CMIG4.