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Economia brasileira tem contração de 1,9% no segundo trimestre e entra em recessão

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Relatório elaborado Flávio Combat, economista-chefe da corretora Concórdia.

Resumo

O Produto Interno Bruto brasileiro caiu 1,9% no segundo trimestre de 2015, na comparação com o trimestre anterior. No primeiro trimestre do ano, a contração da atividade foi de 0,7%. Em doze meses, a economia brasileira registrou contração de 1,2%. Em relação a igual período de 2014, a economia brasileira registrou contração de 2,6%. Pela ótica da oferta, na base de comparação interanual, destaque para a contração da Indústria (-5,2%). Pelo lado da demanda, destaque para a queda de 11,9% na Formação Bruta de Capital Fixo. Para 2015, projetamos uma contração do PIB de 2,20%.

PIB: No segundo trimestre de 2015, o PIB registrou contração de 1,9% na margem e queda de 2,6% na comparação interanual. Em doze meses, a economia teve contração de 1,2%.

Avaliação: Na base de comparação interanual, a contração da economia no segundo trimestre (colocando a economia brasileira formalmente em recessão) refletiu a forte queda da indústria (-5,2%) e dos serviços (-1,8%). A Agropecuária, em contrapartida, cresceu 1,8%. Na abertura pela demanda, a contração de 11,9% na Formação Bruta de Capital Fixo foi o destaque de queda.

OFERTA: No segundo trimestre de 2015, na base de comparação interanual, a Agropecuária cresceu 1,8%; A Indústria teve queda de 5,2%; e os Serviços caíram 1,4%.

Avaliação: O péssimo desempenho da Indústria (contração de 5,2% em relação a igual período de 2014) sintetiza as dificuldades econômicas vividas pelo país. Na abertura do setor, a construção civil registrou a maior queda (-8,4%), seguida pela indústria de transformação (-3,7%) e pela a atividade de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana (-1,5%). O crescimento da Agropecuária, em contrapartida, foi justificado pela colheita de produtos com safra relevante no segundo trimestre, com destaque para soja (11,9%), milho (5,2%), arroz (4,4%), mandioca (2,3%) e cana de açúcar (2,1%). Nos Serviços, destaque para a contração de 7,2% do comércio (atacadista e varejista) e para a queda de 6,0% de transporte, armazenagem e correio.

DEMANDA: No segundo trimestre de 2015, na base de comparação interanual, a Formação Bruta de Capital Fixo caiu 11,9%; o Consumo das famílias caiu 2,7% e o Consumo do governo caiu 1,1%.

Avaliação: A contração na FBCF (-11,9% YoY) foi a maior desde o primeiro trimestre de 1996. Esse resultado refletiu a queda das importações e da produção interna de bens de capital, e também pelo desempenho negativo da construção civil. Já o Consumo das famílias caiu 2,7% na comparação interanual, como resultado de uma confluência de fatores negativos (aumento da inflação, encarecimento do crédito, aumento do desemprego e redução da renda real dos trabalhadores).

OPINIÃO

– O resultado do PIB do segundo trimestre ficou em linha com a projeção da Concórdia (-1,9% QoQ).
– O desempenho da economia brasileira nos dois primeiros trimestres de 2015 refletiu um relativo esgotamento do modelo de crescimento centrado no consumo. As famílias que se endividaram em períodos anteriores ou deixam de consumir agora ou reduziram a parcela da renda destinada a novos empréstimos e consumo. A esse fenômeno, soma-se o aumento da inflação, a redução da renda real e o encarecimento do crédito.
– Em relação aos investimentos, a contração registrada pela FBCF é um reflexo das dúvidas que pesam sobre a economia brasileira. As incertezas relacionadas à política econômica seguida pelo governo, o embate entre o Executivo e o Legislativo, os sinais de deterioração do modelo de crescimento centrado no consumo, o rebatimento dos efeitos adversos da crise internacional e os reflexos desses problemas sobre o mercado de trabalho ensejaram um ambiente adverso para os investimentos, sem perspectiva de reversão dessa tendência no médio prazo.
– Para 2015, projetamos uma contração do PIB de 2,20%.

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