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Focus projeta taxa de câmbio de R$ 3,40 em 2015

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Relatório elaborado Flávio Combat, economista-chefe da corretora Concórdia.

Resumo
A pesquisa Focus do Banco Central apontou uma projeção mediana de IPCA para 2015 de 9,32%, contra 9,25% na semana anterior. Para 2016, a expectativa de inflação está em 5,43%. A projeção de PIB para 2015 recuou para -1,97%. A projeção de crescimento para 2016 recuou para 0,0%. A Selic (fim de período) projetada para 2015 continuou em 14,25% aa. Para 2016, a projeção para os juros permaneceu em 12,00% aa. A taxa de câmbio (fim de período) projetada para 2015 subiu para R$/US$ 3,40. O câmbio projetado para 2016 subiu para R$/US$ 3,50.

Inflação 2015: A projeção mediana de IPCA passou de 9,25% para 9,32%.
Inflação 2016: Para 2016, a projeção de IPCA passou 5,40% para 5,43%.

Avaliação: O indicador de inflação mais recente, o IPCA registrou desaceleração na margem, ao passar de 0,79% para 0,62% entre junho e julho. Em doze meses, a inflação acumulou uma variação de 9,56%. A desaceleração da inflação entre junho e julho decorreu, em grande medida, da descompressão dos Transportes (de 0,70% para 0,15%) e da deflação do Vestuário (de 0,58% para -0,31%). Em sentido oposto, destaque para a pressão exercida pela Habitação (de 0,86% para 1,52%). Dentre os fatores que pesaram na trajetória inflacionária ao longo dos últimos meses, a correção dos preços administrados contingenciados em 2014 (eletricidade, combustíveis, água, tarifas de transporte público) é um dos elementos centrais. As projeções de inflação incorporam também o impacto do câmbio mais desvalorizado sobre a inflação (o chamado repasse cambial): diversos segmentos da indústria dependem de insumos importados, que ficaram mais caros em dólar, com o inevitável aumento de custos de produção e repasse para o consumidor final. Os preços de bens de consumo importados também estão sendo reajustados, como reflexo da desvalorização cambial corrente e da própria expectativa de um câmbio ainda mais desvalorizado em 2015 e 2016. Considerando esse conjunto de pressões, projetamos um IPCA de 9,30% em 2015 e de 5,70% em 2016.

PIB 2015: O crescimento esperado para 2015 recuou de -1,80% para -1,97%.
PIB 2016: A projeção do PIB para 2016 recuou de 0,20% para 0,0%.

Avaliação: O Produto Interno Bruto brasileiro caiu 0,2% no primeiro trimestre de 2015, contra expansão de 0,3% no trimestre anterior. Em doze meses, a economia brasileira registrou contração de 0,9%. Na comparação com igual período de 2014, a economia teve contração de 1,6%. Pela ótica da oferta, o principal destaque de crescimento veio da Agropecuária, com expansão de 4,7%. A Indústria (-0,3%) e os Serviços (-0,7%) registraram contração. Pela ótica da demanda, a FBCF caiu 1,3% e o Consumo das Famílias teve queda de 1,5%. Para 2015, projetamos uma contração do PIB de 1,80%, sob influência: do impacto recessivo do ajuste fiscal em curso; do encarecimento do crédito, como resultado do aumento da taxa Selic; do menor crescimento dos investimentos; e da desaceleração do consumo das famílias (já refletindo o aumento do desemprego, a redução da renda real disponível e o encarecimento do crédito).

Juros 2015: Para 2015, a projeção para a Selic permaneceu em 14,25% aa.
Juros 2016: A projeção de juros para 2016 permaneceu em 12,00% aa.

Avaliação: O Copom decidiu, em julho, promover um aumento de 50 bps na Selic, elevando a taxa de juros a 14,25% aa. A ata da reunião sinalizou de forma clara que o Copom encerrou, em julho, o ciclo de aperto monetário. Para o BC, o nível elevado da inflação atualmente é consequência do realinhamento dos preços domésticos em relação aos internacionais (em referência à desvalorização cambial) e do realinhamento dos preços administrados em relação aos livres (em referência ao aumento das tarifas de energia elétrica, combustíveis e água). Diante dessas pressões, o Copom afirmou que “entende que a manutenção desse patamar da taxa básica de juros, por período suficientemente prolongado, é necessária para a convergência da inflação para a meta no final de 2016”. Projetamos que o BC deverá manter os juros inalterados, em 14,25% à, até o final de 2015. Para 2016, projetamos uma Selic, fim de período, de 13,00% aa.

Câmbio 2015: Para 2015, a projeção de câmbio subiu de R$/US$ 3,35 para R$/US$ 3,40.
Câmbio 2016: Para 2016, o câmbio projetado subiu de R$/US$ 3,49 para R$/US$ 3,50.

Avaliação: Em julho, observamos um forte aumento da pressão por desvalorização do Real em relação ao dólar, com a taxa atingindo uma máxima de R$/US$ 3,39, contra R$/US$ 3,11 no começo do mês. A principal fonte de pressão cambial nesse período foi o risco de default da Grécia e a possibilidade de que o país deixasse a Zona do Euro. Diante das dúvidas sobre a economia grega, aumentou a aversão mundial ao risco e, como consequência, observamos uma preferência pela liquidez em dólar, valorizando a moeda norte-americana contra um conjunto de divisas. Paralelamente, as sucessivas quedas da bolsa de valores na China também elevaram a percepção de risco dos investidores, que voltaram a buscar refúgio no dólar. Pesou ainda contra a taxa de câmbio a revisão do rating soberano do Brasil pela S&P, que colocou a classificação e risco em perspectiva negativa, diante do quadro de deterioração fiscal e de aumento do risco político. Considerando esse conjunto de fatores, projetamos uma taxa de câmbio, fim de período, de R$/US$ 3,30 em 2015.

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